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Dilma e o desserviço da imprensa internacional

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golpe dilma

Dilma insiste. Não conta com a confiança do mercado. Não conta com o respeito da sociedade. Não conta com o apoio do parlamento.

Dilma insiste em se manter no poder porque conta com a fidelidade da militância socialista que repete sistematicamente tudo o que a marquetagem do PT manda. A crise econômica foi causada pela oposição. É golpe o processo de impeachment descrito em lei, avalizado pelo STF, apoiado pela OAB, que tramitou por meses no congresso e que foi votado por deputados eleitos democraticamente em sessão transmitida pela televisão. Nem Dilma, nem o PT, nem sua militância têm vergonha na cara. Na guerra contra a verdade, Dilma ganha nova aliada: A imprensa internacional.

Até duas semanas atrás, o governo ignorava os prognósticos pessimistas que os principais jornais do mundo vinham fazendo sobre o Brasil enquanto a militância petista acusando-os de fazer parte de uma conspiração capitalista. No entanto, a grande mídia estrangeira parece ter se dado conta de que um governo de esquerda está prestes a cair. “Não pode! Precisamos fazer alguma coisa para impedir isso!”, consigo ouvir. O foco e a conotação das reportagens mudaram drasticamente. Agora, só se fala na imoralidade do congresso que julga a presidente. Dilma é apresentada como vítima.

Como já escrevi noutro artigo, uma das maiores e mais cretinas falácias é a que diz que a imprensa é de direita. Aos que dizem que a grande mídia é conservadora, pergunto: Qual grande jornal apoia, em editoriais, o porte de armas e se posiciona contra a liberdade sexual, contra o aborto e a imigração? Nenhum. Aos que dizem que a imprensa é liberal, faço outra pergunta: Qual grande jornal apoia a plena liberdade econômica, a privatização dos serviços públicos, o fim dos programas de cotas, de subsídios e de bem-estar social? Nenhum.

No Brasil, a Rede Globo é o mais escrachado exemplo com seus principais programas, as novelas, defendendo todos os dias a diversidade cultural, religiosa e sexual, romantizando a pobreza e vitimizando o criminoso pobre. No telejornalismo, a maior rede de comunicação do Brasil toma extremo cuidado ao tratar de partidos, movimentos e governos comunistas. Ninguém questiona o apoio do PT e do PSOL a Cuba. Sequer referem-se ao regime dos Castros como ditadura. Ninguém questiona o PCdoB por ele apoiar o governo genocida da Coreia do Norte.

A formação dos jornalistas embasa os fatos. O perfil dos professores, as bibliografias recomendadas, o viés das disciplinas, a abordagem dos temas e os engajamentos dos centros acadêmicos não deixam dúvidas de que todo jornalista é formado, sobre tudo, para ser um militante socialista.

Sendo assim, por qual razão acusam a imprensa de ser de direita?  Porque o socialismo acredita que a imprensa deve ser um órgão de publicidade do governo. Não admite críticas. Basta um jornal criticar a política econômica para ser taxado de derrotista. Basta um jornal denunciar um caso de corrupção para ser taxado de golpista. Basta ter um ou outro colunista conservador para um jornal ser taxado de fascista.

Isso demonstra a razão da imprensa internacional se esforçar em reconstruir a imagem de Dilma, a mulher que lutou pela democracia e hoje é vítima de um congresso corrupto e hipócrita. Tadinha!

Blogs e páginas financiadas pelo governo estão despejando nas redes sociais uma série de recortes da imprensa estrangeira na tentativa de fazer a sociedade brasileira se sentir culpada por pedir a queda de Dilma. Devemos ter pena de uma presidente mentirosa, arrogante, incompetente e conivente com a roubalheira. A corrupção de Eduardo Cunha é imposta como justificativa para que absolvição de Dilma.

Nenhum grande jornal estrangeiro afirma que está em curso um golpe contra a democracia brasileira, como diz o governo. Julgam e condenam apenas a imoralidade dos parlamentares que aprovaram o impeachment de Dilma. Mas isso não importa. O foco na imoralidade dos deputados é o bastante para o PT sustentar a narrativa de que a imprensa internacional reconhece o golpe. Para dar uma forcinha a mais, a mídia brasileira repercute as publicações estrangeiras fazendo seus próprios recortes e interpretações tendenciosas.

O que nenhum desses jornais faz é mostrar aos seus leitores que o congresso corrupto brasileiro é o mesmo que o governo tentou e ainda tenta seduzir com dinheiro e cargos, é o mesmo que o sustentou durante 13 anos e que grande parte dele está sendo processada justamente por causa dos esquemas de corrupção organizados para bancar as campanhas eleitorais da presidente que se diz injustiçada.

O que tudo isso esconde?

O PT sabe que já perdeu o jogo, mas sabe também que cada minuto a mais na presidência lhe ajuda a construir a narrativa vitimista que será usada pela extrema-esquerda brasileira pelos próximos cinquenta anos.

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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