De médicos e hospitais
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
A rede pública de Saúde no País, afirma a Federação Nacional dos Médicos, é deprimente. A associação médica classifica os hospitais públicos como “pocilgas humanas“. O tempo para o atendimento de urgências e emergências caracteriza-se, segundo a Federação, como verdadeira “violação dos direitos humanos”. Há, ademais, carência de médicos e, incompreensivelmente, restrições a entradas de médicos estrangeiros no Brasil, mesmo que qualificados.
Médicos que trabalham em consultórios ou hospitais privados, em razão da carência e ineficiência dos hospitais públicos, buscam compensações de honorários em nível superior a de outros países de renda per capita semelhante.
O verdadeiro caos dos hospitais públicos resulta de uma equação sinistra. Os orçamentos federal e estadual são insuficientes para atender as demandas (justas) dos médicos e o reequipamento e manutenção dos hospitais. Se faltam médicos, cumpre facilitar e não, impedir a entrada de profissionais estrangeiros. E retirar o governo de áreas em que sua presença não é necessária para aumentar os investimentos em saúde.
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL