fbpx

A culpa é do mercado?

Print Friendly, PDF & Email

roseana-sarneyPara tentar justificar a situação de seu Estado, a Governadora Roseana Sarney afirmou, em alto e bom som, que: “O Maranhão está atraindo empresas e investimentos. Um dos problemas que está piorando a segurança é que o Estado está mais rico, o que aumenta o número de habitantes.” Noutros termos, a culpa é do mercado e de sua capacidade em gerar desenvolvimento e riquezas. Talvez fosse melhor, na visão da Governadora, que os investimentos não estivessem fluindo e que o povo continuasse pobre.

Culpar o mercado pela violência é um contrassenso gritante. Qualquer um sabe que o mercado prospera com segurança, estabilidade e liberdade. Ora bolas, não cabe ao mercado promover a segurança isso é uma função essencial do Estado. Aliás, se o Maranhão está mais rico em razão das empresas e dos investimentos, cabia ao Estado utilizar corretamente os recursos provenientes dos impostos, para garantir o crescimento sustentável. Era fundamental, por exemplo, o investimento em saúde, educação e segurança.

O pensamento esquerdista automático de culpar o mercado e os empreendedores por todos os males é facilmente absorvido como verdade absoluta pelo brasileiro médio. Ou seja, o mercado é o “pato sentado” (sitting duck) – alvo fácil – no palco do debate político brasileiro. Em nosso país, se algo deu certo é graças ao governo, se deu errado a culpa é do mercado. Infelizmente, o brasileiro tem o fetiche do “salvador da pátria” e não acredita na cooperação voluntária livre.

Mas, venhamos e convenhamos, por mais arraigado que esse raciocínio esteja, é intolerável e indesculpável aceitá-lo no caso em questão. Se o mercado gerou riquezas para o Estado, isso não pode ser justificativa para o aumento da violência. A situação chega a ser patética. Agora passamos a lamentar as benesses do desenvolvimento em razão da incompetência da gestão estatal!

Percebe-se que a história brasileira torna cada vez mais verdadeira a afirmação de Roberto Campos: “Se o Estado tivesse recursos financeiros sobrantes e capacidade gerencial sobrante, podia considerar excursões em outras áreas. O problema é que o cobertor é curto, e o talento ainda mais curto. O governo, querendo ser, ao mesmo tempo, assistente social, reitor, diretor e empresário acaba fazendo mal todas as tarefas.”

Ao invés de resmungar contra o desenvolvimento resultante do mercado, a Ilustre Governadora deveria ter feito o dever de casa. Cabia ao Estado, portanto, usar os recursos provenientes da tributação das riquezas em, repita-se, educação, saúde e segurança. Mas, essa parece não ser a prioridade.

Recentemente, publicou-se amplamente na imprensa acerca da concorrência para a compra de caviar, lagosta, camarão, champanhe e por aí vai… destinados ao Governo do Maranhão. Segundo os relatos, o gasto com tal banquete – digno da realeza – giraria na casa de R$ 1.000.000,00. Com essa verba, o Estado poderia ter investido, e.g., em segurança, incentivando mais investimentos, e, por via de consequência, fazendo os maranhenses mais ricos.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Leonardo Correa

Leonardo Correa

Advogado e LLM pela University of Pennsylvania, articulista no Instituto Liberal.

Pular para o conteúdo