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Comunistas e nazistas são farinha do mesmo saco

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Na semana passada, o esdrúxulo episódio envolvendo Roberto Alvim monopolizou o debate nas redes. Compreensível, afinal citações e quaisquer outras reminiscências simpáticas a nazistas vindas de agentes públicos só podem encontrar o repúdio como resposta.

Não é preciso dizer que o episódio foi um trunfo dado de bandeja para a oposição, especialmente para aqueles mais histéricos que sempre tentam associar Bolsonaro ao nazismo. Trata-se de uma mácula irreparável na história de seu governo. O que é irônico é que, poucos dias após o referido episódio, parte da mesma esquerda que se fez de escandalizada com a fala de Alvim também veio a público mais uma vez mostrar sua verdadeira face autoritária. Falo das homenagens feitas a Lênin pela deputada federal Talíria Petrone, bem como pelo seu próprio partido, PSOL, por ocasião do aniversário do genocida soviético.

A homenagem a ditadores vermelhos não é novidade dentro da esquerda brasileira, mas a proximidade do evento com o caso Alvim é uma ironia que serve para expor a hipocrisia dessa turma, que se diz democrática.

Para alimentar sua utopia ideológica, muitos se valem da artimanha de tentar negar aquilo que indiscutivelmente está registrado na História. Afirmam, imbuídos do mais profundo terraplanismo histórico e da mais doentia cara de pau, que episódios como Holodomor e demais massacres de regimes comunistas nunca ocorreram, sendo na verdade invenções implantadas nos documentos históricos – se é que reconhecem sua existência – pelos “capitalistas”. Agora imaginem um nazista falando o mesmo sobre o Holocausto. Sempre que aparece alguém disposto a afirmar tal aberração o linchamento moral vem de imediato. Por que, então, o mesmo não ocorre quando socialistas/comunistas fazem o mesmo tipo de afirmação em relação aos genocídios comunistas?

Será que eles realmente acreditam nessa ladainha? Alguns talvez acreditem, mas a grande verdade é que a maioria dos remanescentes socialistas/comunistas do século XXI não só tem total noção da desgraça humana de tais regimes, mas a defende como método, embora tenha o cuidado de tentar mascarar isso – muitas vezes nem isso. É que eles defendem a “ditadura do bem”. Já cansei de ver esquerdistas radicais alegando, sem ao menos corar de vergonha, que esse é o “preço da revolução” ou que matar “capitalistas” seria justificado por um bem social maior ou ainda que “não se faz revolução com flores”. Experimentem agora, como um exercício de comparação, colocar judeus no lugar dos “capitalistas”. Depois desse exercício, há que se inquirir: por que a tal revolução deveria acontecer, em primeiro lugar? Vendem essa ideia ridícula como algo justo, belo e moral, que nenhum homem e mulher decente deveria se furtar de defender. Ignoram que o tal espírito revolucionário nada tem de democrático e as mais verdadeiras e duradouras conquistas sociais dos últimos tempos aconteceram sob a égide de democracias liberais, perdurando até hoje, sem que ninguém tenha que ir para campos de concentração, cumprir cotas de produção, ser fuzilado e por aí vai para isso.

No meio de todo esse discurso de pretenso caráter social, fica patente o total desprezo pela vida humana e a total desconsideração das pessoas como indivíduos. Não pretendo colocar cadáveres na balança, mesmo porque todo regime autoritário é reprovável, mas indiscutivelmente a ideologia comunista foi a mais assassina do século XX, bem como de toda a história humana. No entanto, os estimados 100 milhões de mortos não valem mais do que ratos de laboratório para esses mórbidos engenheiros sociais, que adorariam poder realizar novos “experimentos”.

Respondendo à minha pergunta anterior, só consigo pensar em uma razão para a defesa do comunismo/socialismo não encontrar o mesmo protesto que a defesa do nazismo e do fascismo: propaganda. Isso é algo em que os comunistas são bons. A naturalidade com a qual essa gente expressa suas predileções autoritárias, sem medo de serem julgados por seus pares, que adoram enfeitar seus perfis virtuais com gritos de guerra no estilo “abaixo ao fascismo”, só pode ser uma naturalidade ensaiada. Não faltam intelectuais para pagar seu pedágio à ideologia comunista/socialista, aí incluídos políticos, artistas e personalidades públicas que sempre preferem passar as férias em Nova York a passar na Venezuela. Isso, obviamente, é replicado nas salas de aula – Talíria Petrone também é professora de história, por exemplo. Vestem um manto de pureza e de preocupação com os mais desafortunados – e aí que reside o apelo, explicando porque tantos adolescentes se encantam, ingenuamente, com tal utopia. É claro que o apelo só pode sobreviver diante da falta de informação. Se, após tomar conhecimento das atrocidades cometidas em nome da “igualdade”, atrocidades estas tão oportunamente ignoradas por alguns professores de História e grades curriculares – experiência própria –, a criatura continua adepta do credo igualitário, é porque boa pessoa não é. Claro que não só pelas experiências fracassadas o comunismo/socialismo deve ser rejeitado, afinal, mesmo na teoria já demonstrava ser uma ideologia autoritária e sanguinária.

Isso significa que os revolucionários de Twitter planejam formar uma guerrilha e dar um golpe comunista? Obviamente não. A disposição dessa gente à revolução armada é puramente retórica, o que não significa que não possam fazer estrago se chegarem ao poder. Agora, do mesmo modo que declarações tresloucadas de simpatia a genocidas comunistas não significam que uma guerrilha está sendo formada, tampouco um tresloucado como Alvim, ou o cidadão que foi ao bar com a suástica nazista no braço, significam que o nazismo está em ascensão no Brasil ou qualquer baboseira do tipo. Se, no entanto, estivesse, quem teria moral para fazer frente a isso seriam os democratas de verdade, liberais ou não, e não gente que reza para outros totalitarismos. Comunistas e nazistas são farinha do mesmo saco.

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Gabriel Wilhelms

Gabriel Wilhelms

Graduado em Música e Economia, atua como articulista político nas horas vagas. Atuou como colunista do Jornal em Foco de 2017 a meados de 2019. Colunista do Instituto Liberal desde agosto de 2019.

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