Como atrair e reter investimentos em uma economia global competitiva
NCPA / DANIEL J. IKENSON *
Nenhum país tem atraído mais investimento estrangeiro direto do que os Estados Unidos. Avaliado em US$ 3,5 trilhões, o estoque de investimento direto estrangeiro dos EUA em 2011 representou 17 por cento do total mundial – mais do que o triplo da participação do segundo maior destino.
O investimento estrangeiro direto é, em resumo, um juízo que os criadores de valor do mundo fazem sobre as instituições de um país, suas políticas públicas, seu capital humano e perspectivas. Como maior economia do mundo, os Estados Unidos têm sido capazes de atrair investimento necessário para produzir as ideias inovadoras, tecnologias revolucionárias e novos produtos e setores de produção que têm embasado sua posição no topo da cadeia global de valor econômico.
Mas o passado não é necessariamente um prólogo.
- De fato, apesar do fato impressionante de que os Estados Unidos detiveram 17 por cento do estoque mundial de investimento direto estrangeiro em passado recente, não tão longe assim, em 1999, a participação foi de 39 por cento.
- Há 12 anos o valor anual do investimento direto estrangeiro no país estabeleceu um recorde de 314 bilhões de dólares, e desde então os fluxos anuais já não conseguiram mais estabelecer uma tendência ascendente.
- Os dados mais recentes mostram um declínio de 35 por cento, de US$ 227 bilhões em 2011 para US$ 147 bilhões em 2012.
Em grande medida, essas tendências refletem o surgimento de novos destinos viáveis para o investimento resultante de inevitáveis mudanças demográficas, econômicas e políticas. No entanto, parte do declínio é atribuível a um clima de investimento que vem se deteriorando nos EUA, refletido em diversas pesquisas de empresas de renome e em índices de investimento que avaliam as políticas adotadas e a percepção das políticas.
O ambiente de negócios atual dos EUA conduz a uma deterioração do investimento estrangeiro e incentiva as empresas a operarem no exterior, ao invés de realizarem negócios de forma competitiva nos Estados Unidos. Uma reavaliação adequada dessas políticas, seguida da adoção de reformas que reparem os erros, será necessária se os Estados Unidos quiserem disputar de forma eficaz o investimento que irá impulsionar o crescimento econômico e melhores padrões de vida.
* DANIEL J. IKENSON é diretor do Centro Herbert A. Stiefel de Estudos de Políticas Comerciais, do Cato Institute. O NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS resumiu o artigo.