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Chamada do governo: organize seu grupo de pressão e assalte os cofres públicos

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BERNARDO SANTORO*

Está para ser convertida em lei a Medida Provisória n. 615/2013, que “autoriza o pagamento de subvenção econômica aos produtores da safra 2011/2012 de cana-de-açúcar e de etanol da região Nordeste e o financiamento da renovação e implantação de canaviais com equalização da taxa de juros; dispõe sobre os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB; altera a Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, para autorizar a União a emitir, sob a forma de colocação direta, em favor da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, títulos da dívida pública mobiliária federal; e dá outras providências“.

Realmente o que se faz no Brasil hoje em dia é anti-capitalismo. Não importa produzir e lucrar, o que importa e fazer lobby e organizar grupos de pressão. Esse é apenas mais um irritante exemplo.

Para se organizar um grupo de pressão no Brasil, precisa-se de algo para se vender a um político. Em regra um político exige (i) dinheiro ou (ii) votos. Na melhor das hipóteses, em que você consegue entregar ambos para um político, você é praticamente o dono dele.

No caso dos produtores de cana, a partir da justificativa da má-colheita de 2011-2012, se organizaram politicamente e, entregando votos (e quem sabe dinheiro), conseguiram aprovar uma transferência de dinheiro de toda a sociedade para eles.

É a velha máxima dos gastos dispersos e benefícios concentrados: quando todo mundo é um pouquinho roubado para entregar muito dinheiro para poucas pessoas, o “todo mundo” não tem incentivo suficiente para lutar contra o roubo, já o “poucas pessoas” tem todos os incentivos para roubar.

Capitalismo e sistema de preços servem justamente para minimizar as perdas sociais. Se os prejuízos na agricultura do Nordeste são recorrentes por conta das condições climáticas, usar dinheiro de todos para subvencionar essa prática será levará a um constante empobrecimento coletivo.

Melhor que essas pessoas saiam de lá e procurem outro lugar para plantar de maneira mais eficiente. Só que aí entram os obstáculos ambientais e burocráticos do governo, praticamente inviabilizando a solução racional.

Acaba ficando a impressão que o governo federal quer que as pessoas continuem recebendo benefícios e subsídios ao invés de serem produtivos para a sociedade, criando o vínculo de pseudo-dependência que desembocará na futura campanha eleitoral.

Fica então os meus pedidos: não aceite a chamada do governo; não crie grupo de pressão para fins de assalto aos cofres públicos; seja uma pessoa produtiva; seja uma pessoa livre.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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