fbpx

Cesare Battisti – Um tiro no pé do PT

Print Friendly, PDF & Email

ROBERTO BARRICELLI*

Battisti

O terrorista italiano Cesare Battisti aterrorizou a Itália nos anos 70 através da organização terrorista de extrema esquerda “Proletários Armados pelo Comunismo” (PAC) sendo um dos líderes. Condenado na Itália a duas prisões perpétuas por crimes ligados ao terrorismo e envolvimento em quatro assassinatos, fugiu em 1981 para a França, depois ao México, retorna a França em 1990 e desembarca no Brasil em 2004, onde três anos depois foi preso.

O então Ministro da Justiça e atual governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), concedeu em 2009 o status de refugiado a Battisti, apoiado por Lula e com reclamações da Itália. A decisão foi corroborada pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. Agora, vamos aos fatos que a esquerda não quer que vocês saibam.

Primeiro, os defensores de Battisti dizem que este é um pobre coitado perseguido politicamente pelo seu ativismo contra o governo na Itália nos anos 70 e que não cometeu nenhum dos quatro assassinatos dos quais é acusado. Inclusive, “informam” que ele estava em locais diferentes em todas as ocasiões, sem apresentar uma única prova disso.

O que a esquerda esconde é o assassinato do dono de uma joalheria em Milão, Pierluigi Torregiani, na época com 42 anos, durante o qual seu filho (aos 15 anos) ficou paralítico ao ser alvejado por um tiro, saindo do hospital três anos depois. Esse filho está vivo, mas em uma cadeira de rodas, seu nome é Alberto Torregiani. O assassinato foi ordenado por Battisti, pois Pierluigi reagiu a um assalto e matou um dos membros do PAC. Após receber diversas ligações ameaçadoras passou a andar com escolta policial, mas em 16 de fevereiro de 1979 a troca da escolta atrasou e isso foi fatal para Pierluigi.

Os conspiracionistas dirão que Alberto foi “comprado” pelo governo italiano e seu depoimento é falso, tudo para sustentar um herói de mentira nas mentes fanáticas dos idiotas úteis.

Isso fica provado por um segundo testemunho, o de Adriano Sabbadin, filho do açougueiro assassinado por ter reagido a um assalto a matado um membro do PAC (igual fez o joalheiro Pierluigi) Lino Sabbadin. O segundo assassinato ocorreu na mesma data, na cidade de Veneza, a 260 km de Milão. Adriano Sabbadin reconheceu Cesare Battisti viu Battisti matar seu pai e o reconheceu como o assassino.

Ora, como Adriano poderia reconhecer um homem que segundo a esquerda não estava lá? A resposta é simples, Battisti estava lá e matou Lino Sabbadin na frente de seu filho, Adriano Sabbadin, que o reconheceu junto às autoridades italianas como o executor de Lino.

Vão dizer os esquerdistas que o terrorista não matou e que Adriano Sabbadin também foi comprado? Poupem-me de tanta falácia, em seu desespero de enganar a si próprios. Battisti é um herói da esquerda, isso é verdade, mas por estar envolvido em quatro assassinatos em nome do Comunismo. Dirão que Lino era acusado de ser Fascista? Mas não citarão sua reação a um assalto do PAC? Assim como Che Guevara é tido como mito e idolatrado por assassinar milhares de cubanos também em nome do Comunismo, ou Stalin que assassinou milhões. Bem, quanto mais assassinatos em nome da “Revolução”, mas idolatrado é o sujeito.

Segundo, muitos dirão que Battisti não é refugiado, mas um imigrante legalizado e com seu RNE (Registro Nacional de Estrangeiros) está dois anos e meio atrasado. Mas não dirão que o prazo para retirada mínimo é de seis meses e que a entrada ocorreu em meados de 2011 após o STF dar o status de refugiado a Battisti, inviabilizando os dois anos e meio de atraso.

Também não dirão que, até junho de 2013, Battisti respondia a processo por utilização de passaportes falsos no Brasil e isso impossibilitou a emissão do RNE, e não uma pressão política. Tão menos dirão que Battisti confessou o crime e foi condenado a dois anos de prisão convertidos em cestas básicas e prestação de serviços comunitários.

Cesare Battisti é um terrorista e refugiado e a esquerda desesperada pode tentar convencer do contrário no grito de sua militância formada de idiotas úteis eintelectualóides desonestos com a verdade, mas os fatos continuarão os mesmos.

Também falarão sobre atitudes “excepcionais” do Governo Italiano nos anos de chumbo para conter o Comunismo; as quais eu não negarei, e dirão que o PAC era apenas “ativismo” e não terrorismo. Terceiro! Isso é mentira, pois o PAC era um dos braços armados do grupo assumidamente terrorista Brigada Vermelha. Não se deixem enganar pela retórica emocional e desprovida de argumentos e racionalidade pregada pela esquerda.

Os outros dois assassinatos foram: o do ex-Primeiro Ministro Aldo Moro, expoente da Democracia Cristã. Segundo Battisti ele não teve atuação nenhuma nos casos, apesar de ser um dos líderes do movimento, e do agente policial Andrea Campagna, que participou das prisões no caso Torregiani, no qual só foi implicado nos julgamentos entre 1988 e 1993.

Nada do que a esquerda disser mudará o fato de que Cesare Battisti na “melhor” das hipóteses “apenas” assassinou um homem, mandou matar outro e participou de ações terroristas e assaltos.

Após toda essa explicação, você, leitor, me pergunta: Mas o que tudo isso tem a ver com o título do artigo, cazzo? Onde está o tiro no pé do PT dado pelo próprio partido? Calma! Deixei o “melhor” para o final. Ocorre que o status de refugiado concedido a Battisti não só é uma aberração do governo petista, como também estremeceu as relações diplomáticas entre Brasil e Itália e causou transtornos vergonhosos ao partido.

O primeiro transtorno vergonhoso ocorreu quando o Governo Federal, nas figuras do Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e do assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, se viu obrigado a impedir a participação de Battisti em uma palestra na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em novembro de 2013.

A desculpa é que poderia causar sérios problemas a Battisti devido à ênfase política que estava tomando conta do evento, por este ser refugiado (e não imigrante). A verdade é que houve fortes manifestações contra a palestra por estudantes e professores que reconhecem Battisti como o que ele é: um terrorista e assassino. Claro que a militância esquerdista tratou de tachar os manifestantes de “fascistas” e “violentos”, como se estivessem a olhar para um espelho e elogiarem a si próprios.

O último e maior transtorno é que um dos condenados no Mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, teve a prisão decretada pelo STF, mas fugiu para onde? A Itália! Sendo que possui cidadania italiana, adivinhem o que o governo italiano “cogita”? Sim, dificultar ao máximo, ou até negar a extradição de Pizzolato e deixá-lo livre pelo país em “retaliação” ao caso Battisti. Um embaraço imenso para o PT e que pode vir à tona durante as campanhas do partido nas Eleições de 2014, principalmente a reeleição de Dilma Rousseff.

Eis, senhores, não um tiro, mas uma metralhada que o PT deu no próprio pé. Se trocarem Battisti por Pizzolato serão motivo de chacota nacional e internacional, se não conseguirem a extradição deste, serão chacota e darão de bandeja mais uma arma para a oposição estragar seu projeto de poder e colocar o povo contra o partido e seus “líderes”.

Já preparei a pipoca e sentei no meu sofá confortável, esperando o desfecho dos constrangimentos petistas.

*JORNALISTA

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Instituto Liberal

Instituto Liberal

O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

Pular para o conteúdo