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Bolsonaro e Maria do Rosário: o que os liberais pensam?

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O maior busílis da semana foi a resposta faiscante do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) à deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Maria do Rosário havia chamado o deputado de “estuprador” em 2003, sem sofrer um processo por calúnia por isso (ironicamente, Bolsonaro foi assim chamado justamente por estar desejando uma pena severa para um estuprador e esquartejador, o que Rosário critica).

Bolsonaro, que ainda mais curiosamente havia recebido pedidos de cassação do seu mandato à época por isso, resolveu obtemperar com 11 anos de atraso à provocação, dizendo que Maria do Rosário não merecia passar por tal situação – ainda agudizando a situação, garantindo que ela é “feia”.

Foi o mote para novos pedidos de cassação, e um enxame de críticas e remissões na imprensa e na internet, quase que em sua totalidade baseados em dois fatores: 1) a vontade de alguém ser associado ou desassociado dos protagonistas; 2) a defesa ou crítica sistemática dos protagonistas, não importando o que aconteça – as críticas vêm sempre de pessoas que os criticariam em qualquer circunstância e vice-versa.

Todavia, antes de sacar a metralhadora de opiniões típica de polêmicas de vida semanal na internet, talvez fosse hora de pensar: o que os liberais pensam a respeito?

A resposta inicial pode ser resumida em um bocejo.

Liberais são, por definição, as pessoas que acreditam na libertação das pessoas da política. São, de certa forma, “anti-políticos”. Sua forma de pensar a política é, justamente, despolitizar tudo o que possa.

Desde a ascensão do primeiro grande totalitário em larga escala, Napoleão Bonaparte, esculpido na revolta em massa da Revolução Francesa, tentou-se politizar absolutamente tudo o que antes não era assunto político.

Napoleão ele próprio declarava que tudo deveria se tornar político e tudo que fosse fora da política deveria ser considerado menor – ou deixar de existir. Questões triviais, como o calendário ou o sistema de medidas, tornaram-se políticas, alargado o Iluminismo e sua crença na “razão” como ordenadora para além das capacidades racionais (ignorando costumes e tradições por exemplo).

Por esta razão, os povos anglo-saxões, liberais, anti-políticos e amantes da liberdade por definição, até hoje odeiam coisas como o sistema métrico e a tentativa revolucionária de trocar as horas por um sistema centesimal de minutos, além de tentar dividir o ano também por alguma macaqueação decimal, como semanas de dez dias em meses de 30 dias – dando ensejo para a segunda grande teoria totalitária do mundo nas mãos de Karl Marx, que tanto queria corrigir os erros do “18 Brumário” de Napoleão.

Liberais crêem que as pessoas devam produzir suas riquezas – sejam vegetais que nasçam em sua horta, transformando terra em alimento que antes não existia e se tornando mais ricas por isso, seja criando grandes empresas e produtos que as pessoas desejem para melhorar suas vidas – e rejeitam o método político de resolver questões que não sejam de interesse público pacífico claro.

Afinal, o método político é o uso da força para tomar riqueza de alguém, o método econômico é a criação de riqueza sem agressão a outrem. A política diminui a riqueza – por isso vive de impostos. A economia cria riqueza – por isso países de economia aberta são os campeões de riqueza até entre sua parcela mais pobre, como Suíça, Singapura, Coréia do Sul, Alemanha, Inglaterra, Austrália, Canadá e a América.

Liberais, então, não crêem muito em políticos. Mesmo para assuntos “ofensivos”, como xingamentos e palavras mal educadas, políticos são apenas um mal necessário. Servem para criar as leis, e fazem muito mal o serviço.

Enquanto os planejadores centrais, com suas teorias de “redistribuição”, “revolução”, “reformismo”, “social-democracia” ou outras “correções”, tentam tratar a política como algo positivo, os liberais são “politizados” apenas no sentido de saberem o que está acontecendo na confecção e execução de leis.

Liberais gostam de criar e trocar suas riquezas livremente, e querem leis (e a parte mais chata que acompanha as leis, que são os políticos) apenas para manter este ordenamento pacífico, evitando os “erros” que aconteçam nessa ordem.

Liberais odeiam ser roubados, seja pela iniciativa privada ou pelo setor público: liberais odeiam política, e apenas a acompanham para saber quanto de seu dinheiro e sua liberdade está sendo surrupiada por políticos – e pelo sistema político como um todo.

Liberais são contra tudo isso que está aí, embora os planejadores centrais, com seus dirigismos “sociais”, queiram mais poder concentrado em suas mãos – e juram de pés juntos que tudo isso que está aí é “liberalismo” ou “neoliberalismo”, estes monstrengos que os impedem de controlar o aparato estatal e o poder político de mando e desmando.

Em uma sociedade liberal de fato, um xingamento de Bolsonaro ou de Rosário é quase questão de foro íntimo. Caso queiramos dar mesmo valor às suas palavras por serem deputados, e terem um decoro a respeitar, tiraremos suas posições pessoais do plano político – afinal, por que toda a sociedade, que paga o salário de qualquer um deles, deve pagar pelo que um ou outro disseram, ou pelo que ofende um a outro?

Afinal, o que as palavras de Bolsonaro ou Rosário afetam a cada um de nós, senão quando estão criando leis e normas, como Rosário expulsando o povo das arcadas do Senado com nariz de nojinho na mesma semana?

Políticos, para liberais, são sagrados: sagrados como seres de quem se deve sempre desconfiar. Sagrados a ponto de quase todos os xingamentos, até os mais cabeludos, deverem ter políticos como alvos antes de nós, comuns mortais. São o nosso sacrifício – quanto menos política, mais liberdade.

 

O centralismo, Bolsonaro, Rosário e nós

O planejamento central, já ensinou Hayek em seu clássico absoluto O Caminho da Servidão, é a idéia de “corrigir” a sociedade através da política – de um poder político cada vez maior que possa atenuar os efeitos “negativos” da convivência.

Se há ricos e pobres, taca-se planejamento central para tornar a economia um mero mecanismo de “re”distribuição. Se há opressores e oprimidos, oprima-se os opressores com a política até se sentirem como oprimidos igualmente. Se há preconceituosos e nós, os iluminados de pensamento correto, usemos a política para uma nova sociedade em que todos serão tolerantes com opiniões divergentes, e aí nos livraremos de vez desses cretinos intolerantes que não pensam como nós.

O problema surge de um fator óbvio: é preciso muito poder para corrigir tanta coisa. Sempre que não se corrige o suficiente (seja a França revolucionária de Napoleão ou a União Soviética, mas esta desculpa é a ainda mais patente na “esquerda democrática” das sociais-democracias temporárias), pode-se sempre culpar a falta de ainda mais centralismo. Falta poder. Falta o Big Government que os americanos tanto temem em sua Constituição.

Logo se estará buscando mais centralismo, sem nem lembrar por que é mesmo que tal poder central foi previsto. E tudo isto sem grandes resultados concretos na melhoria da sociedade.

Se o Brasil não é um caso de exemplo óbvio, pode-se perguntar: o que é mesmo que seu Estado cada vez mais inchado, com a ditadura do Estado Novo, a militar, a construção de Brasília (a maior desigualdade social do país) e a Constituição “social” de 88 fizeram pelo povo, além das migalhas dos programas sociais, que rendem muito mais poder e dinheiro aos políticos que os planejam do que aos necessitados que os “compram”?

Para tal poder ser erigido sem um golpe ou revolução, urge incutir na mente das pessoas algumas preocupações que só podem ser resolvidas pela política.

Foi assim com a “desigualdade social”, tratada por Universidades, imprensa ou formadores de opinião como o maior mal do mundo, só perdendo para Hitler, Bolsonaro e Silas Malafaia.

Havia o medo do “imperialismo”, criando Brasília, as “reservas de mercado” de Fernando Collor (que atrasaram a tecnologia no Brasil em mais de uma década), o medo da “ALCA” e um discurso ufanista que jura que o Brasil será “invadido” militarmente por potências estrangeiras até hoje.

Foi assim com o “colonialismo”, o “neoliberalismo” e todos os outros mostrengos que são passados para a população como verdades e fatos tão indiscutíveis quanto água ferver a 100° C – e não como teorias e crenças compartilhadas.

Hoje os planejadores centrais no mundo inteiro, após todas estas desculpas que vão caindo por terra conforme se conhece a educação livre, sem depender de seu próprio sistema central de educação, se concentraram em um tripé de rancores, misturando problemas reais com toda a sorte de mistifórios, mentiras e desculpas por poder: o tripé racismo-machismo-homofobia.

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Com tal discurso, que mistura verdades e mentiras, problemas e frescuras, questões importantes com mera busca de poder sob slogans vazios, cada vez mais se crê na força da política para “corrigir” as pessoas antiquadas, que não terão lugar numa sociedade futura de planejamento central homogêneo.

O destino de tal empreitada, como já o sabem os mortos pelo Terror revolucionário francês, os do Gulag soviético, dos campos de concentração nazistas, do paredón do socialismo cubano e tantos outros, é sempre o mesmo: na busca por correção dos imperfeitos, gera-se uma injustiça absolutamente maior, com muito sangue daqueles que precisam ser “corrigidos” sendo derramado.

Se um deputado diz algo de que discordamos, o primeiro passo a fazer é separar o que deve ser discutido no Parlamento (uma causa política, ou seja, da polis, pública e de interesse geral) do que é de assunto que não deve ser resolvido pela política. O resto simplesmente não nos deve interessar.

Frases mal colocadas, ironias que pegam mal, tiradas infelizes são cometidas por todos – de “relaxa e goza” pouco antes de um acidente que vitimou 199 pessoas a “estupra, mas não mata” – e isto, é claro, fugindo-se de temas como o menino do MEP, Pelotas exportar “viados” ou a saudade da época em que se satisfazia os impulsos sexuais com cabritas, como afirmou desabridamente na frente de câmeras um certo ex-presidente.

Mas isto é questão não-pública. É simplesmente uma frase. Não deve ser uma notícia mais importante do que os desvios da Petrobras, o disk-propina, os empreiteiros e os lobistas de Brasília – e, claro, o próprio golpe jurídico que foi acobertado quando a atenção virou apenas Bolsonaro x Rosário, a saber, que Congresso estava votando uma lei para permitir que a presidente Dilma Rousseff descumprisse uma lei.

Antes mesmo até de verificar se as pessoas não estão criticando Bolsonaro apenas porque o criticariam até se ele afirmasse que 2 e 2 são 4, não está na hora de avaliar se tal busílis seria levado a cabo se ele tivesse trocado a frase por “Não acho que Dilma Rousseff mereça ser assaltada, mesmo tendo participado no assalto ao cofre da amante de Adhemar de Barros”, ou “Não acho que Dilma Bolada mereça perder um braço, mesmo tendo desejado isso para Aécio Neves”? Alguma delas pode ser interpretada como uma “ameaça”, mesmo tendo a mesma estrutura da frase de Bolsonaro? Como uma pode ser criminosa e outra não?

Por que uma frase gera celeuma, e todos juram que Bolsonaro ameaçou alguém de estupro (mesmo que na entrevista citada para tal Bolsonaro peça penas severas para estupradores, o que a própria Rosário é contra), mas tais frases acima não gerariam rebuliço algum?

Simplesmente porque Bolsonaro caiu em algo dentro do tripé racismo-machismo-homofobia, e mesmo que não se cometa crime algum ou se fale nada de errado, se algo pode ser alargado dentro deste tripé para aumentar o poder de planejadores centrais, far-se-á de um limão uma limonada para incriminar alguém e exigir “políticas” e “direitos” específicos.

Infelizmente, até pessoas que gostam da liberdade, e não do centralismo burocrático, com medo de serem “associadas” a Bolsonaro, compram a lorota – e até se esquecem de quão absurdamente radicalíssima é Maria do Rosário, a quem se associam e defendem sem o perceber.

O planejamento central começa pela linguagem. Infelizmente, para os odiadores da liberdade, uma ofensa, sobretudo contra uma deputada, este ser tão excelso, é comparável, quando não muito mais importante, do que um real estupro, sequestro, assassinato, tortura etc.

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern

Analista político, palestrante e tradutor. Escreve para o jornal Gazeta do Povo , além de sites como Implicante e Instituto Millenium. Lançou seu primeiro pela editora Record Por trás da máscara, sobre os protestos de 2013.

16 comentários em “Bolsonaro e Maria do Rosário: o que os liberais pensam?

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    17/12/2014 em 8:36 am
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    ja li alguns dos seus textos.você não parece um liberal e sim um conservador.e esse texto parece mais se valer de uma “retórica conservadora” ,onde você mostra uma certa simpatia por um lado do pelo outro sem propriamente afirmar,do que uma perspectiva liberal.mas posso estar enganada

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    16/12/2014 em 4:45 pm
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    Por favor, pare de dizer tanta asneira!!! Alemanha do final do seculo XIX, Japao e Coreia do Sul do pos-guerra e China atual, sao TODOS exemplos de uma economia NAO liberal planejada ou pelo menos dirigida por burocratas e sao exatamente os maiores exemplos da historia de crescimento economico rapido e duradouro.Voces “intelectuais” do Brasil sao uma tragedia.

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      16/12/2014 em 6:14 pm
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      No que tange à China, não há direitos trabalhistas e a mão de obra é escrava. Exatamente aquilo que Marx descreveu como se fosse o tal capitalismo. A China esta atualmente no sec XVII. Alguns empresários do mundo se associaram ao governo chinês para obter mão de obra barata. Claro que esse boom de investimento tinha que dar algum resultado. As pirâmides são ainda obras grandiosas e, sobretudo, para a época em que foram feitas, um grande prodigio. Porém, construídas por mão de obra escrava. Os mandantes podiam dispor como quisessem dos operários focando num único caso.

      Não é o planejamento do governo que fez a China crescer, independentemente dos indices divulgados, ela notadamente cresceu. O que fez a China crescer foi exatamente liberar a “exploração” e aceitar os investimentos externos de empresários ganânciosos e até inescrupulosos. Capazes de uma simbiose com o governo chines para prosperarem num lugar de mão de obra farta e baratíssima e sem popliticos aporrinhando com o safado populismo sindicalóide. Fora isso, Hong Kong já havia crescido sem o tal planejamento.
      Repito, a China não cresceu por conta do planejamento central, mas por conta dos investidores que recebeu ao garantir-lhes mão de obra barata e pacata, sociedade com governantes e sem intromissão dos parasitas estatais nos negócios. Ou seja, na China o governo dirigiu apenas o seu próprio Poder e a produção fiocou a cargo de empreendedores e chegada de capital ambicioso de altos lucros num local de mão de obra barata e farta, ansiosa por qualificação. Não por acaso a China inundou o mundo com bugingangas e logo tomou para si industrias de tecnologia (externas). Ou seja, a China praticou o “capitalismo selvagem” e pode crescer e não o planejamento central. Até porque não precisava tomar medidas populistas para ludibriar o rebanho popular, pois este já estava no curral. Nem Marx negou esse fato: o tal “capitalismo selvagem” (que horror, nossa!!!) produz crescimento rápido.

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      17/12/2014 em 2:43 am
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      Pq voce diz que a “Alemanha do final do seculo XIX, Japao e Coreia do Sul do pos-guerra … sao TODOS exemplos de uma economia NAO liberal planejada “, quais elementos?

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    16/12/2014 em 1:20 pm
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    Ola Pedro!!!! Se é que se trata do mesmo Pedro que eu estou pensando. Porque somente Pedro, não distingue mais do que um anônimo. Eu comecei a ler o seu texto, e pensei aqui com os meus botões: Deve ser o mesmo Pedro de sempre. Você sabe como é. Nós que estamos sempre lendo sobre os mais variados assuntos, buscando, obviamente, nos aperfeiçoarmos no conhecimento, e na escrita. Pela prática que adquirimos com tanta leitura, umas de grande valor literário, e outras nem tanto. Percebi logo de inicio que, um texto tão enfadonho só poderia ter sido escrito pelo Pedro. Então veio-me o grande dilema: Lê-lo, ou não Lê-lo. Eis a questão. Desculpe-me ter me apoderado de um texto de William Shakespeare, com uma pequena modificação sobre o tema. Pois no original seria: To be or not to be, that is the question. Cuja famosa frase foi citada na peça: A Tragédia de Mamlet . Para prestigia-lo, resolvi lê-lo até o final. Minha modesta conclusão: você foi, como sempre, prolixo. Se tivesse ido direto ao tema central, o seu texto estaria mais conciso. Portanto mais inteligível. Gostei da sua posição em defesa do Bolsonaro. Isto demonstra que você nesta questão específica, foi apartidário. Não se deixou levar pela emoção, mas pela razão. Parabéns. Mas fica a dica: Quem muito explica, se complica. Veja como você se enrolou nesta sua explicação: “O covarde não é apenas o que ataca o mais fraco indefeso e nem aquele que foge ante o mais forte. COVARDE É AQUELE QUE TEME QUALQUER RISCO E POR TAL ELE ATACA QUANDO PRESUME A IMPOTÊNCIA ALHEIA PARA REAGIR. ASSIM, DA MESMA FORMA FOGE QUANDO PRESUME QUE HÁ RISCO DE DESVANTAGEM OU SE RECONHECE VULNERAVEL.” Você se faria entender de uma forma mais clara, se tivesse dito: Ela, a Deputada, usou um estratagema do Boxe que diz: “A melhor defesa, é o ataque.” Qualquer dúvida me ligue.

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      16/12/2014 em 1:32 pm
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      Corrigindo: Onde está escrito Mamlet, leia-se HAMLET. Falha nossa.

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    15/12/2014 em 3:02 pm
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    Meu desânimo aumenta ainda mais lendo os comentários daqui. Larguem de ser burraldos, desde quando liberalismo é o oposto de conservadorismo? Eu posso perfeitamente ser liberal e a favor da preservação das instituições do lar, da família, da igreja, etc. Ah, não basta ser liberal, o negócio é ser libertário, né. Vão estudar, jegues. O nome do site é Instituto Liberal, não Instituto Ancap.

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      15/12/2014 em 5:39 pm
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      E o meu desânimo, decepção e revolta aumentam exponencialmente, quando leio comentários como o seu, desrespeitadores, abusivos, deseducados. Se eu fosse o moderador do site, certamente que não deixaria passar uma grosseria como a sua. Eduque-se, por favor, ou então frequente espaços em seu nível cultural!

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        15/12/2014 em 7:22 pm
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        Ah, mil perdões, minha intenção não foi ofender o nobre colega. Deixe-me então reformular meu comentário: Lendo os comentários aqui, eu, em minha humilíssima opinião, julgo haver alguma confusão quanto ao liberalismo, tanto que fico perplexo e acabo sendo deselegante. Não creio que o liberalismo em si seja contrário a uma visão mais conservadora em relação aos costumes. Isso se dá mais com o libertarianismo e o anarco-capitalismo, ambas facetas do liberalismo, sendo que a última é aderida por pessoas com capacidade intelectual limitada. Também não sou um poço de inteligência eme curvo diante daqueles que sabem mais do que eu.

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    15/12/2014 em 12:26 pm
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    Que texto ruim. Pertenço a um grupo de 30.000 liberais de verdade e 95% discordam de tudo que vc disse aqui. Talvez vc tenha querido dizer o que os CONSERVADORES pensam, o que faz sentido, mas nesse caso não use nosso nome em vão, já que, convém lembrar, liberalismo é, até por definição de dicionário, o oposto de conservadorismo.

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    15/12/2014 em 10:39 am
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    Vou reproduzir meu comentário feito no JusBrasil (14.12.14) sobre o mesmo tema:
    (Texto publicado originalmente no JusBrasil, em resposta ao artigo da lavra do constitucionalista, Dr. Leonardo Sarmento. Veja em: http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/156755389/deputado-jair-bolsonaro-reacende-por-suas-palavras-discussoes-sobre-imunidade-material-parlamentar-e-decoro-parlamentar?utm_campaign=newsletter-daily_20141211_433&utm_medium=email&utm_source=newsletter).

    Permissa venia do ilustre articulista constitucionalista, parece-me ter (propositadamente ou inadvertidamente) desconsiderado o episódio pretérito, nos corredores do Congresso, em que se envolveram o digno Deputado Bolsonaro e sua colega de casa, a boquirrota Deputada Maria do Rosário, ocasião em que esta o acusou de “estuprador” na presença de imprensa e outros.
    Parece-me também óbvio que, aberto o precedente difamador verbalizado pela deputada, sem qualquer fundamento que o sustentasse, fazia-se obrigatório o contraditório por parte do deputado Bolsonaro, devolvendo-o “na mesma moeda”, nada obstante possa ter exagerado um pouco no seu fundado desabafo. Quem diz o que quer, ouve o que não quer. E se houve quebra de decoro o foi, na origem, pela deputada petista. Ou não se pune nenhum dos envolvidos ou, pelo princípio constitucional da isonomia, punem-se por igual ambos.
    Entremente, permito-me aduzir a um fato deveras muito mais relevante ao desse inócuo episódio (maximizado pela histeria da deputada petista) e que, este sim, merece toda a nossa atenção e repúdio: o gravíssimo e criminoso caso da Petrobrás, que continua a render não menos gravíssimas acusações contra membros desse partido-ideologia, envolvendo inclusive o mentor-mor (Lula da Silva) e sua “obra-prima”, Dilma Roussef. Se há alguém que efetivamente e de imediato deva ser punido com a máxima severidade cabível, são essas duas figuras deprimentes do cenário político nacional e suas escusas intenções de transformar nossa castigada nação num antro do comunismo raivoso – quando o restante do planeta foge na contramão desse asqueroso e odioso movimento de retrocesso social. Isto é insofismável, mas, paradoxalmente, está sendo sistematicamente “varrido para debaixo do tapete”, o que poderá transformar o nosso continente numa ilha-prisão russa, aplaudida por ensandecidos e prostituídos indivíduos, como Lula, “la Kirchner”, Morales, Maduro, Correa et caterva. Isto sim merece ser imediatamente passado a limpo, pacificamente ou pela força. Afinal, a nação, a pátria, está acima de todo e qualquer interesse particularizado de grupelhos como o formado pelos componentes da UNASUL e do criminoso Foro de São Paulo – excrescência parida pelo raivoso PT e comparsas. Juan Koffler”.
    Creio que não haja mais nada a se dizer a respeito deste insano imbróglio. Nossa nação exige mudanças drásticas e elas certamente não advirão dessa politicalha que alcança os três poderes montesquianos. Todavia, não há de esquecer-se aquilo que defendo em minha tese de doutorado (1976): “O homem: esse projeto mal-acabado”. A questão central reside na mente enferma do ser humano, cuja “racionalidade” – que o distingue das demais espécies – é seu pior inimigo, posto que o leva a cometer as mais indizíveis barbaridades contra ele próprio, seus semelhantes, seu meio natural e todas as mais de 100 milhões de espécies que com ele coabitam. O homem é o cancro cancerígeno do planeta, constituindo-se no maior e mais bizarro paradoxo da existência terrena. Todo o restante, são teorias vazias, inócuas e desprovidas de qualquer sentido científico e prático.

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    14/12/2014 em 5:45 pm
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    “O que os liberais pensam”

    Desde quando você é liberal?

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      14/12/2014 em 8:58 pm
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      Isso.Você não se dizia conservador desde… sei lá, sempre?

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        15/12/2014 em 4:19 pm
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        Aponte as contradições entre ser conservador e liberal simultâneamente. Aliás, você sabe o que é um conservador?

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      15/12/2014 em 11:42 am
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      Devo lembra-los que o presidente deste instituto se define como conservador.

      Enquanto você ficam de fogo amigo a esquerda te enfia mais um imposto no lombo. Pare de palhaçada e combatam o verdadeiro inimigo.

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    14/12/2014 em 10:06 am
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    Perfeito:

    ” Infelizmente, para os odiadores da liberdade, uma ofensa, sobretudo contra uma deputada, este ser tão excelso, é comparável, quando não muito mais importante, do que um real estupro, sequestro, assassinato, tortura etc.”

    E mais perfeito ainda:

    “Infelizmente, até pessoas que gostam da liberdade, e não do centralismo burocrático, com medo de serem “associadas” a Bolsonaro, compram a lorota”

    A política é a guerra com outras armas e vice-versa, na mesma toada como sentenciou Carl von Clausewitz:
    “A guerra é a continuação da política por outros meios”.
    Embora eu julgue o contrário, já que a guerra, como meio de obter aquilo que se deseja, precede a política e tanto a politica quanto a guerra é um meio de fazer com que outros façam aquilo que desejamos.
    Ou seja:
    “A política é a continuação da guerra por outros meios.”

    Daí que a retórica é uma arma já de muito conhecida. Aliás na própria alegoria bíblica sobre a orre de Babel fica flagrante que o uso da arma política já de muito era considerado, reconhecendo-se que a linguagem é fundamental para o esclarecimento de questões e torna-la o menos esclarecedora possível é um método político para neutralização da “arma” do adversário que, tendo a razão de seu lado, esta é uma “arma” poderosíssima.

    Não por acaso K. Marx usou e abusou da deturpação do vocabulário e foi mesmo superado por seus discipulos em tal escaramuça. Assim, igualdade entre os indivíduos pôde ser transformado em igualdade entre os bens (algo idiota, pois que impossível e injusto). Contudo, aproveita-se de um conceito já cristalizado na palavra para se defender algo diferente valendo-se da mesma palavra.
    Não diferente se valem de termos/palavras comoventes por terem instintivo um certo conceito. Não raro valendo-se de “sufixações” e “prefixações” para uso fraudulento de palavras. Assim, excluídos, vitimas da sociedade, justiça social, capitalismo selvagem, humanismo, povo, igualdade, desigualdade, exploração e etc., tornaram-se frequentes nas perorações politicas que visam exclusivamente falar à emoção e desprezar a razão. Aliás algo que é repetido massivamente por celebridades artisticas e ideológicas, como se valor fosse, é o apelo piegas para que se “julgue com o coração”, visando de antemão neutralizar o debate racional em favor do frenesi histério ideológico, onde as palavras podem ser usadas arbitrariamente para provocar emoções em deprezo absoluto pela razão, esta então imoral. Afinal, a moral é um comportamento propagandeado como valor numa comunidade, daí ser um tanto arbitrária, baseada em costumes e em dogmas ideológicos e não na reflexão racional. Assim, pela propaganda ou pela repetição massificante, estabelece-se morais. Que não deixa de ser uma politica e nisso os formadores/manipuladores de opinião são importantes e por tal aliciados ou calados pelos comandantes politicos: não tem cabimento que artistas milionários sejam aquinhoados com isenções, verbas, e renuncias fiscais enquanto laboratórios que fabricam remédios são taxados escorchantemente.

    Enfim, a “conversa emocional” tem sido mais utilizada do que reflexões racionais. É obvia a vantagem para os canalhas esse meio emocional de obscurecer as questões. Afinal o debate racional com termos/palavras precisas em seu significado e sem apelos emocionais fatalmente levarias os salafrários a uma fragorosa derrota. Daí preferirem o pieguismo e o frenesi ideológicos de promessas para um futuro incerto como justificativa para tudo que propõem como meios de atingi-lo.

    Maria do Rosario, APÓS CONFIRMAR que chamou Bolsonaro de estuprador, ameaçou AGREDI-LO e assim o fez indo em sua direção, covardemente, por imaginar que poderia ataca-lo sem sofrer um revide. Somente não o AGREDIU FISICAMENTE porque este AVISOU que REVIDARIA.

    O covarde não é apenas o que ataca o mais fraco indefeso e nem aquele que foge ante o mais forte. COVARDE É AQUELE QUE TEME QUALQUER RISCO E POR TAL ELE ATACA QUANDO PRESUME A IMPOTÊNCIA ALHEIA PARA REAGIR. ASSIM, DA MESMA FORMA FOGE QUANDO PRESUME QUE HÁ RISCO DE DESVANTAGEM OU SE RECONHECE VULNERAVEL.

    Exatamente por isso M. do Rosario partiu na direção de Bolsonaro ameaçando ataca-lo e conteve-se ante a possibilidade de reação deste.
    Se percebesse que esse apenas tentaria se esquivar, sem revidar, ela atacaria aos tapas visando humilha-lo e se gabaria de sua “bravura”. Porém, com medo do revide, preferiu invocar a “moral da vítima” renunciando à “moral do valente guerreiro”.

    Bolsonaro não estaria afirmando que outras mereceriam, mas que apenas M. do Rosário não merecia por ser uma mocréia. Foi seu jeito de fustiga-la após ter sido ofendido.
    No caso M. do Rosário xingou Bolsonaro de ESTUPRADOR e este xingou M. do Rosário de BARANGA.

    O chilique da mocréia foi PURO FINGIMENTO com a finalidade de comover e de reivindicar pujança moral ao teatralizar indignação, atribuindo a Bolsonaro a “ofensa” de defensor de “estupros merecidos” contra as mulheres. Uma FARSANTE!!!

    O fato de alguém afirmar, por exemplo, “MEU FILHO NÃO MERECIA SER ASSASSINADO” não implica em dizer que os filhos dos outros mereciam ou merecem. Quem assim lamenta NÂO ESTA DEFENDENDO ASSASSINATOS, mas apenas avaliando que seu ente querido não merecia.

    Da mesma forma, dizer que a mocréia é baranga demais para despertar tal vontade, nada tem com relação a defender que se o faça contra as belas. Ademais, foi apenas uma provocação em revide.

    Essa interpretação pela EXTENSÃO ao PRESSUPOSTO é CANALHA!!!

    Muitos parentes e amigos de vitimas de assassinato dizem isso constantemente. Referem-se a vitima dizendo que “FULANO NÃO MERECIA ISTO” … corretamente isso não se estende a dizer que as DEMAIS VITIMAS EXISTENTES MERECIAM.

    Apenas significa dizer que o seu ente querido não merecia E NÃO ESTA FAZENDO QUALQUER OUTRA CONSIDERAÇÃO SOBRE AS DEMAIS VITIMAS.

Fechado para comentários.

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