Aumentar os gastos para aumentar o estímulo não é a solução
NCPA *
Com a economia, uma vez mais, oscilando à beira de uma recessão, os formuladores de políticas públicas irão, inevitavelmente, propor uma nova rodada de gastos para estimular a atividade econômica. Pode apostar nisso – assim como pode apostar que nenhum desses gastos irá ajudar a economia. Desde o início, o governo Obama errou no diagnóstico do problema e pôs em prática políticas indefensáveis, segundo Kevin Hassett, diretor de estudos sobre política econômica do Instituto da Empresa Americana [American Enterprise Institute].
Cada ação de estímulo não tem dois, mas três estágios:
- Quando o estímulo é aplicado, há um aumento positivo de curto prazo no produto interno bruto (PIB).
- Quando o estímulo é retirado, há uma aproximadamente igual e oposta redução do PIB.
- Mas depois disso, o estímulo tem que ser pago, através de impostos mais elevados ou da renovação de empréstimos – provocando uma redução ainda maior do PIB.
Com isso, o impacto total da política keynesiana é negativo enquanto ela durar.
O governo Obama já deveria saber disso quando se deparou com o problema em 2009.
- As crises financeiras criam inevitavelmente períodos de crescimento econômico lento, como demonstraram estudos dos economistas Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff.
- Uma crise de emprego, depois de uma crise financeira, dura em média 4,8 anos.
- Um outro estudo realizado pelo casal Carmen e Vincent Reinhart revelou que as taxas de crescimento econômico tendem a ser mais baixas por uma década após crises financeiras.
Considerando-se esse extenso período de crescimento lento, foi um erro do governo americano adotar a política keynesiana de estímulo de curto prazo, afirma Hassett.
Fonte: Kevin Hassett, “Stimulus Optimists vs. Economic Reality,” Wall Street Journal, August 3, 2011.
Texto na íntegra:
http://online.wsj.com/article/SB10001424053111903520204576484071534800318.html#
*Texto condensado pelo National Center for Policy Analysis – NCPA, organização com base em Dallas, Texas, EUA, voltada para o estudo de problemas econômico-sociais e a busca de soluções que ofereçam alternativas privadas e de economia de mercado para a regulamentação e o controle do governo. Não tem fins lucrativos nem vínculo político-partidário.
TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS