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Assassinato de reputações

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O “politicamente correto” e o ícone da esquerda brasileira, o youtuber Felipe Neto, continuam a fazer novas vítimas. Desta vez foi o apresentador Silvio Santos, empresário (passou de camelô a bilionário), criador da emissora “SBT”, carismático apresentador, uma das personalidades publicas mais conhecidas do Brasil, com mais de 60 anos de carreira e, claro, pai, avô e bisavô.

Nada disso importa para Felipe Neto. O que verdadeiramente importa é caluniar e difamar a imagem daqueles que não agem segundo a cartilha do “politicamente correto”. Isso porque, no programa do dia 08/12, após Silvio premiar a vencedora de um concurso musical popular (chamada Jennyfer Oliver), que por coincidência era negra, também optou por premiar, da mesmíssima maneira, as demais participantes. Além disso, o apresentador expressou sua opinião dizendo que teria escolhido uma das derrotadas ao invés da real vencedora, premiando-a nesse sentido.

Isso foi o suficiente para que Felipe Neto dissesse aos seus milhões de seguidores virtuais que o “dono do baú” era “misógino e racista”. Será mesmo? Vamos por partes. Silvio Santos consagrou a candidata Jennyfer como vencedora e a premiou com o valor prometido. O título de vencedora manteve-se com ela e ninguém questionou isso.

Agora, se o “dono do baú” quis premiar as demais participantes e expressou sua opinião particular sobre “quem escolheria” para vencer o concurso, qual o problema? Ou só por que existe uma participante negra necessariamente todos devem concordar em que ela realmente é a melhor opção? Aliás, Silvio Santos agiu melhor que Stálin, Che Guevara e Fidel Castro, dividindo igualmente os valores entre todas as participantes, fazendo prevalecer a igualdade sobre a meritocracia. Lição de justiça social, isso sim!

Para o youtuber, nem o benefício da dúvida deve ser concedido a Silvio. Não passou pela mente “politicamente correta” de Felipe Neto que Silvio poderia simplesmente ter gostado mais da outra opção e/ou quis distribuir mais dinheiro do que o prometido para as demais (simplesmente porque o dinheiro é dele). Fato é que, para o “politicamente correto” (“KGB” ou “Gestapo” do comportamento e pensamento divergente), se existir uma suposta minoria na competição, ai daquele que optar por outro candidato. Será execrado como uma aberração humana.

Não houve racismo e muito menos misoginia (nem “ruivoginia”, já que a candidata ruiva também não foi escolhida). O que realmente existiu foi mais um caso de calúnia e difamação[1] contra alguém que exerceu sua liberdade de expressão, contrariando a cartilha fascista de Felipe Neto; mas quem é Felipe Neto? Simples: um desserviço para o Brasil e deseducação para os jovens. 

O youtuber é conhecido por berrar e “virar o olhinho” quando não gosta de alguma coisa, criticando com palavras chulas seus dissidentes. O seu melhor e único argumento possui três premissas inabaláveis: o “grito”, a cara de “desprezo” e o dizer “nojo”. Pronto, resolvido. Um típico “formador de opinião” brasileiro.

Fato é que o assassinato de reputações continua vivo e forte – e coitado de você que ousar contrariar a cartilha do “politicamente correto”. Será atacado por uma manada de “Felipes Netos”.


[1] Recentemente a Câmara dos Deputados incluiu no Pacote Anticrime um parágrafo no art. 141 do CP, visando punir crimes de calúnia e difamação, cometidos nas redes socais, com penas mais severas. 

*Lucas Gandolfe é advogado e jornalista.

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