A voz do dono (ou da dona)
ARTHUR CHAGAS DINIZ *
A reação de Dilma Rousseff ao pronunciamento do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo sobre o acordo Telefónica-Telecom Italia, é bem característica de uma presidente que, no fundo, no fundo, poderia parodiar o rei Luís XIV, da França, quando enfaticamente declarou: “L’État c’est moi“.
Foi o que a Presidente disse ao desautorizar seu ministro das Comunicações sobre a questão do controle, pela Telefónica, das operadoras VIVO e TIM.
Ao pronunciamento de Dilma sucedeu-se discurso cauteloso do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende. Prudentemente, conhecendo a patroa, João Rezende insiste em que o negócio comunicado não altera o acordo entre as duas empresas e a ANATEL.