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A tolice da taxação das grandes fortunas

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ITAMAR FLÁVIO DA SILVEIRA*

Recentemente, o bilionário americano Warren Buffett concedeu uma entrevista afirmando que apoiava o plano do presidente Barack Obama de aumentar a tributação sobre as grandes fortunas, como forma de equilibrar o caixa do Estado. A medida possibilitaria ao governo continuar com sua política intervencionista e de distribuição de renda. Argumentava o arquibilionário, de 84 anos, que ele e muito outros super-ricos éticos não se incomodariam em pagar mais impostos para o país ter estabilidade econômica.

O pronunciamento de Warren Buffett teve grande repercussão na imprensa mundial e, inclusive, na cabocla imprensa brasileira. Os eufóricos comentaristas, que via de regra são de esquerda, destacavam que a proposta política de taxação das grandes fortunas está correta e que consequentemente algo análogo pode ser implantado no Brasil. Se o bilionário estava defendendo tal medida, a oposição republicana estava de pirraça com Obama e contrariava os interesses da nação.

Vamos aos fatos, sem nos preocupar com o discurso hegemônico de crítica ao capitalismo. Pegando o caso do próprio Warren Buffett que iniciou suas atividades como vendedor de jornal e se tornou um dos homens mais ricos do mundo, está demonstrado que dinheiro na suas mãos se multiplica. É um hiperempreendedor com tino para negócios. Na multiplicação de sua riqueza ele gerou milhares de empregos, proporcionou que pessoas melhorassem concretamente o nível de vida e com seus investimentos em ações propiciou o desenvolvimento de muitos produtos e serviços, tornando a vida de todos mais confortável e mais decente.

O que pode significar, por exemplo, repassar mais dinheiro dos megarricos para o governo Obama? Significa tirar recursos das mãos daqueles que têm capacidade de multiplicar a riqueza para repassá-los para um governo perdulário, gastador e populista: é um desestímulo à economia. Logo, significa que o governo Americano aumentará sua intervenção na economia e terá mais recursos para dar prosseguimento em suas políticas insustentáveis.

Onde está efetivamente o problema? A ignorância douta que instrui os formadores de opinião é socialista e não sabe o que é riqueza. Nossos formadores de opinião são titulados, mas são contaminados pelas tolas lições de Karl Marx. Acreditam que a solução dos problemas da sociedade reside em tirar dos ricos para dar aos pobres, quando, na verdade, a melhor forma de melhorar a vida dos pobres é deixar a fortuna nas mãos dos ricos. Deixe que os próprios ricos repassem parte de sua riqueza através do consumo, pagando impostos.

Por que defender que a fortuna dos ricos não sejam taxadas? Porque os pobres precisam deixar de serem pobres e isto só é possível com o impulsionamento do capitalismo. Parece petulante de minha parte, mas é preciso dizer que nossos formadores de opinião não sabem o que é riqueza.

Eles não entendem, por exemplo, que a fortuna do rico não fica armazenada no cofre nem dorme embaixo do colchão. A fortuna está aplicada em imóveis, em empresas e ações de laboratórios de pesquisas médicas espalhados pelo mundo. O investimento está gerando riqueza para toda a sociedade e o rendimento deste investimento se transformará em novos investimentos que, por seu turno, criará novos empregos, produzirá novos bens, serviços e medicamentos. Enfim, melhorará a qualidade de vida de toda a população, mas melhorará principalmente a vida dos mais pobres.

Aumentar a riqueza mundial significará que a vida será mais confortável, que poderá ter medicamentos eficazes para o tratamento de doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer, por exemplo. Espero que os “humanistas” de hoje não abortem esta possibilidade para o amanhã.

 

*PROFESSOR de História Econômica da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

 

N.E.: Texto enviado ao IL pelo autor, publicado em ‘Revista VBS’.

 

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