A sorte do Brasil
ARTHUR CHAGAS DINIZ *
No mesmo momento em que há claras manifestações de pressões inflacionárias, é conveniente lembrar que, até uns poucos anos atrás, os trabalhistas (que viraram petistas) não acreditavam que inflação criasse obstáculos ao desenvolvimento. Pelo contrário, achavam que taxas de inflação moderada eram fatores estimuladores ao crescimento.
A população já tem consciência clara de que a inflação flagela os bolsos daqueles que não podem corrigir seus ganhos com a mesma velocidade. O Banco Central tem elevado a taxa de juros básica da economia objetivando combater a inflação.
A única parte do PAC que tem respondido é a imobiliária. De novo, só a construção de imóveis para a baixa renda responde aos estímulos governamentais. É pouco. A sorte do Brasil está sendo jogada em cima da taxa de crescimento do número de habitações populares. É pouco.
* VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
Leia no Globo: Governo muda atuação dos bancos públicos. Globo / Economia