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A mordaça do politicamente correto

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por LUCAS MARTUCCI*

Escola de Frankfurt
Escola de Frankfurt

Por conta das barbáries e do radicalismo, o marxismo encontrou alguma dificuldade em angariar adeptos para seu projeto de expansão. Foi aí que os marxistas trabalharam em um sistema subliminar, para tomar a unidade social. Através da antiga tática do “dividir para conquistar”, eles almejavam imergir a sociedade no caos e fragmentá-la, para então reconstruí-la segundo seus princípios – sem fazer uso da força ou coerção física. Um dos tentáculos dessa estratégia é o que conhecemos hoje como o “politicamente correto”.

De maneira bem resumida, o conceito do politicamente correto (PC) deriva da teoria crítica, concebida na Alemanha e aprimorada nos EUA por um grupo de filósofos marxistas, fundadores de um think tank, que mais tarde ficou conhecido como Escola de Frankfurt. O grande insight desta Escola foi desvincular o marxismo do aspecto político-econômico (luta de classes) e vinculá-lo ao aspecto sociocultural. Nesse sentido, passaram a culpar tão somente a civilização ocidental e sua cultura por todas as mazelas recaídas sobre os desfavorecidos, que passaram a ser chamados de ‘minorias’. A partir daí, a esquerda marxista ocupou-se de construir – ao longo de décadas – uma narrativa vitimizadora de que essas minorias precisavam ser amparadas e protegidas da opressão e injustiça provocadas pela sociedade ocidental. A lógica dos embusteiros é simples: criar o problema e apresentar-se como a solução. Manifestar-se contrário a essa narrativa se tornaria ‘politicamente incorreto’.

O PC é detestado por praticamente todos, exceto esquerdistas e algumas tantas ONGs, que vivem de repasses do Estado para defender certas causas. Nesse sentido, o marxismo cultural foi se refinando, e sob o pretexto de evitar constrangimentos desnecessários ou discriminações, criou-se uma etiqueta de linguajar, restritivo, cuidadoso… “Consciente”. No seio das diversas mídias e redes sociais, também não é mais permitido criticar, questionar ou opinar a respeito dessas causas que a esquerda defende. Quem não segue a cartilha é imediatamente tachado de racista, fascista, machista ou qualquer outro “ista” que valide a ditadura moral. Em suma, estão cerceando a livre vontade de expressão, de contestação; a ideia é justamente coibir a formação de opiniões contrárias à agenda do marxismo cultural. O que é isso senão uma forma asquerosa de censura? Se este motivo já não bastasse para sua imediata eliminação, eis alguns outros motivos pelos quais o politicamente correto deve acabar:

É paternalismo disfarçado de boas maneiras. Não se deixe enganar pelos nomes bonitos e sedutores como justiça social, igualdade de direitos, etc. O maior embuste do PC é afirmar que trata as pessoas melhor, quando faz exatamente o oposto: separa as pessoas em classes, criando um sistema de castas. A história tem nos mostrado que sistemas de castas são usados para reprimir e marginalizar as pessoas, colocando-as em grupos especiais. Isso supõe que as pessoas que lá pertencem são de algum modo, menores e mais fracas, e devem ser “protegidas”, presumivelmente pelo governo ou por órgãos e leis específicas.

É um meio de subversão de costumes e manipulação do senso comum. O PC visa inverter os valores tradicionais da sociedade ocidental e distorcer as realidades, forçando as pessoas a pensarem de maneira diferente. Isto pode não parecer um ponto negativo, não fosse uma verdadeira lavagem cerebral, arquitetada – repito, arquitetada – para conduzir a opinião pública de acordo com interesses específicos. Faço aqui um adendo para os bilhões de reais que o governo petista gasta com propaganda oficial, derramando dinheiro público em veículos de comunicação, sites e blogs, para fazer propaganda governamental – muitas vezes suja e desleal – além, claro, de forçar goela abaixo suas convicções ideológicas.

 

É perverso, à medida que promove a vitimização e a segregação dos grupos já citados – as minorias –, insinuando a inferioridade destes em face da sociedade. Isso gera constante tensão e choque de interesses, que acaba por dividir e rivalizar as pessoas, além de enfraquecer os mais diversos debates e estimular a violência. Fora que a maioria das pessoas que praticam o politicamente correto sequer faz ideia de que aderiu a uma tática usada de maneira intencional para desconstrução e agitação social. Cria-se, assim, o caos.

Desta forma, o politicamente correto mostra-se como uma das mais horrendas ferramentas do marxismo cultural, camuflado sob o pretexto de proteger os desfavorecidos e desestimular manifestações de preconceito, mas que acaba cerceando a liberdade de refletir, opinar e contestar. Grandes seres humanos como Voltáire, Galileu, Copérnico, Darwin e até Isaac Newtown foram perseguidos e censurados; no entanto, suas ideias prevaleceram e permitiram imensuráveis avanços para a humanidade. Liberdade de pensamento e de expressão foram protagonistas da evolução dos povos, tirando-nos das trevas da ignorância e do primitivismo, expandindo nossos horizontes e renovando nossas perspectivas para o futuro. Censura é sinônimo de involução e submissão a dogmas. Politicamente correto é censura.

*Lucas Martucci é coordenador do Movimento Brasil Livre-RJ, diretor de Planejamento na agência digital Highlight, graduando em Recursos Humanos/Gestão de Pessoas.

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2 comentários em “A mordaça do politicamente correto

  • Avatar
    11/10/2015 em 5:52 pm
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    Interessante ter citado Darwin. Atualmente, os darwinistas usam do mesmo expediente para cercear e impedir outras teorias que questioam à formulada por Darwin.

  • Avatar
    08/10/2015 em 2:44 pm
    Permalink

    Ótimo texto. Parabéns!

Fechado para comentários.

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