A moralização da política passa pela moralização do debate
Eles não veem a vida como uma sucessão de escolhas, exatamente aquilo que institui a necessidade de um debate baseado na moralidade.
Eles veem a vida como uma sucessão de chances, como uma loteria, por isso reclamam a todo momento sobre igualdade de oportunidades.
Para esses, tudo deve ser visto com pragmatismo; querem ter a sorte de serem os escolhidos pelos donos das suas vidas, aqueles que foram eleitos na roleta russa da democracia para decidirem sobre o futuro das nossas vidas.
Eu gostaria de moralizar o debate político, o que significa trazer para o contexto social leis que protejam o direito de escolha dos indivíduos, impedindo os políticos de transformá-lo em um jogo de azar.
Não vivemos num cassino onde para alguém ganhar, outro tem que perder. Vivemos no mercado onde a liberdade permite que haja cooperação e trocas voluntárias para mútuo benefício.
A moral da liberdade de escolha é que ela permite que o jogo não seja de sorte ou azar – o jogo é ganha-ganha.
No jogo ganha-ganha do mercado ninguém precisa de alguém para dar as cartas; elas já estão nas nossas mãos e cabe a nós escolhê-las.
O papel do governo numa sociedade moral é fazer com que as escolhas sejam respeitadas e que ninguém use as cartas que não lhe pertencem, inclusive e principalmente quem está no governo.