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A Guerra que o STF não pode vencer

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Ao tentar passar por cima do parlamento e, portanto, do regime democrático, pisando a separação dos poderes e contrariando a moral e os costumes da nação, o nosso “Supremo” Tribunal Federal iniciou algo de que, por enquanto, ainda não consegue imaginar as consequências. O STF, por conta de seus próprios erros e na lentidão que possui para combater a corrupção, cavou sua própria cova.

É fato, porém, que esse tribunal ainda não se jogou dentro do buraco que criou, ao menos. Talvez os ditos guardiões da Constituição ainda tenham uma chance de se provarem homens normais, não compactuando com os absurdos propostos pela militância LGBT – sim, LGBT, pois me recuso a cair nessa mudança de letras a todo o momento; é uma piada um movimento que quer ser levado a sério sequer conseguir ter um nome minimamente coeso –; se não desconstruíram os próprios olhos, se ainda conseguem enxergar a realidade social e a obviedade que é a diferença dos dois únicos sexos (vulgo, gêneros) existentes, se, ao menos, vislumbrarem o caos jurídico que se criará com a criminalização do que chamam de “homofobia”, talvez os membros do STF ainda tenham alguma chance.

Como qualquer corpo político (e quem quer que diga que o STF não o é… está com problemas sérios), esse tribunal precisa de legitimidade. O histórico de atuação do nosso “Supremo” não está lá muito bom: a favor da falta de moral do STF somam-se as solturas de vários políticos e ex-políticos presos, com provas acumuladas em investigações feitas pelo Ministério Público; acrescenta-se, igualmente, o desligamento do Supremo com a própria Justiça (e, por favor, não confundam com o sistema brasileiro de justiça) ao criar uma jurisprudência que prevê a não-punição de assassinos – estou me referindo a médicos que matam crianças dentro do ventre das mães, além das próprias filicidas – e, para coroar, a tentativa clara de soltar a maioria dos presos já condenados pelo sistema judiciário e, com eles, o bandido mais conhecido e amado do país, Lula – algo que rendeu à nossa Suprema Corte uma breve brisa da realidade, pois as Forças Armadas, bem como a população gritando “um cabo e um soldado” e, claro, juízes de primeira instância se recusando a obedecer seu “Supremo” Tribunal, deram um recado bem claro aos nossos divinos togados: suas deidades não passam de pó.

Esse pó, essa poeira, leitores, muda rapidamente. Ela pode modificar todos os seus ingredientes na mais leve lufada de ar, pois não possui sustentação própria, ela não tem um peso severo que a fixa em algum lugar. O que o STF fez foi transformar a si mesmo nessa poeira, nessa infeliz coisa que pode até estar em todos os lugares, mas é facilmente mudada. A Justiça, a Verdade, a realidade, o certo, o belo: nada disso põe nossos divinos ministros no chão, pois acham que, como deuses, podem ascender aos céus facilmente, contudo, a única coisa que sobra com facilidade é a mísera poeira.

Acredito que, se esse tribunal continuar indo na direção que traçou, iniciará uma guerra na qual não pode sair vitorioso. Com um vídeo polêmico e escandaloso do ministro Dias Toffoli rindo, se gabando e incentivando o roubo de processos, além de contar, em público, que o roubo de um ajudou com suas atitudes ativistas no meio jurídico, nosso querido tribunal de ditos guardiões não teve seu moral alavancado. O esclarecimento público do ativismo jurídico também não é um bom sinal para esse Olimpo de capa preta. Atingir a moral e os costumes da nação, além de legislar quando quiser, só irá atrair a ira do povo e o descontentamento do parlamento.

Com o legislativo do jeito que está (não que ele esteja lá muito bem assim, verdade seja dita), o que falta não é espaço para rasgar as decisões do “Supremo” e conter seus poderes, frear seus absurdos e diminuir drasticamente sua atuação na sociedade brasileira.

O STF foi pervertido. Seus ministros não se comportam mais como guardiões da Constituição, mas como seus donos. Se a agenda LGBT for aprovada, será um movimento suicida dentro do tabuleiro político do país. Em nome de dar um xeque no rei, os ministros perderão seus bispos e torres, além de terem sua rainha ameaçada.

Parece, no entanto, que a ilusão do poder jurídico cegou os nossos divinos ministros. Talvez sejam eles, acima até de Bolsonaro, que darão o golpe final no progressismo, jogando-o no meio das tropas inimigas da opinião pública e de um parlamento muito mais conservador e muito mais intolerante para com aqueles que tentam roubar sua função de legislar.

Não há espaço para uma vitória do STF ou de seu progressismo. Ou recuam, ou serão lembrados dos seus tronos e capas de pó.

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Hiago Rebello

Hiago Rebello

Graduado e Mestrando em História pela Universidade Federal Fluminense.

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