A falácia da educação pública, gratuita e de qualidade
Hoje vou abordar a questão do investimento em Educação no Brasil, ou seja, a falácia de que é possível existir educação superior pública, gratuita e de qualidade.
Segundo o Portal do Governo Federal, foram destinados R$4,94 bilhões para a educação. Deste total, 76% foram para o Ensino Superior e 24% para o Ensino Básico.
Porém, o Censo da Educação Básica (2013) nos diz que há aproximadamente 30 milhões de alunos matriculados, e o Censo do Ensino Superior (2012) nos informa que há aproximadamente 7 milhões de alunos na rede superior. Veja o gráfico que demonstra a gravidade do problema (elaboração própria a partir dos dados do governo):
Precisamos discutir o financiamento do ensino superior. A ideia de que para ser democrática a educação tem que ser público-estatal precisa ser revisitada. A Educação Básica deve ser priorizada e repensada para garantir igualdade de oportunidades de acesso aos indivíduos de diferentes origens familiares. Para conhecer uma solução liberal para a educação no Brasil sugerimos a leitura deste artigo do economista Ivan Dauchas publicado no IL em 2016.
Sabe Harvard University? Então, lá apenas 30% dos alunos pagam anuidade, mas os que pagam, juntamente com as contribuições de empresas e ex-alunos permitem que os outros 70% paguem valores parciais ou absolutamente nada, tendo a mesma oportunidade de estudar.
Atualmente existem diversos modelos inspiradores pelo mundo, por que não construímos um modelo adaptado à nossa realidade e necessidades?
Sobre a autora: Aline Borges é Doutora em Educação pela UFRJ com realização de estágio doutoral na Universidade de Durham, na Inglaterra. Trabalha como Pedagoga na Faculdade de Educação da UFRJ. É uma das administradoras da Libertas, página do Facebook que tem como objetivo a apresentação de estudos sobre o liberalismo na educação e os ideais de liberdade.