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A desfaçatez dos políticos: nossos “heróis” em tempos de pandemia

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Ao final da pandemia (sim, esse dia chegará), governadores e prefeitos farão discursos eloquentes tecendo loas aos esforços dos cidadãos no respeito às normas impostas pelo Estado. Vangloriar-se-ão de seus próprios esforços e heroísmo na contenção do vírus e, mesmo diante de um cenário de terra arrasada, dirão que suas intervenções foram necessárias e pontuais e que sempre tiveram como fundamento a preocupação com as vidas que teriam sido perdidas não fossem seus atos altruístas que escapam à nossa mediocridade.

Dirão (na realidade, já dizem) que todos os seus prognósticos que os levaram às ações impopulares que desencadearam desemprego e recessão econômica haviam sido baseados em previsões científicas de que sem confinamento irrestrito o número de mortes seria absurdamente maior. Com retórica embebida de bom mocismo tentarão mostrar às pessoas o quanto lhes devem gratidão por estarem vivos os seus entes queridos.

Algumas empresas foram fechadas, milhares de pessoas demitidas, a miséria e a fome batem à porta, a criminalidade explodiu, o número crescente de suicídios tornou-se uma realidade incontestável, direitos fundamentais foram chutados para escanteio, mas vidas escaparam do maldito coronavírus e nós lhes devemos eterna gratidão por seus ditames que nos conduziram para longe da morte.

Políticos não entendem a dinâmica do mercado. Médicos, menos ainda. É por isso, insisto, que é insano delegar às nossas autoridades políticas a responsabilidade por cuidar da nossa saúde. Esta insanidade já deveria ser comumente aceita em tempos de normalidade. Em tempos de pandemia, deveria ser indiscutível. Médicos, em sua maioria, em nome da ciência, dirão que as pessoas devem ficar confinadas em casa. Qualquer questionamento contrário provocará gritos histéricos que buscarão minimizar o debate a um modelo binário em que a única resposta certa será o “sim” para a quarentena.

Se você, herege, discordar, será acusado de negacionista e anticientífico não importando que a ciência não é votação ou torcida. Nas palavras do administrador de empresas e colunista do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, “Ciência não é fonte de autoridade, mas de conhecimento. Ciência não é matéria sujeita a consensos ou escrutínios. Cientistas não são deuses. São seres humanos sujeitos aos mesmos impulsos que todos nós”. De fato, ao contrário do que afirmam os quarentenistas, não há comprovação científica de que quarentenas possam efetivamente proteger a humanidade e parece que o governador de Nova Iorque já está reconhecendo esse fato.

Médicos, em sua imensa maioria, não se importam com as associações que acontecem no livre mercado e com as consequências calamitosas de uma ruptura nessas associações. Sempre irão apelar, de forma alarmista, para o curto prazo.

Políticos, por sua vez, estão interessados em atender às demandas de diversos setores da sociedade e, mutatis mutandis, farão o possível para agradar a grande mídia, mostrarem-se mais competentes e responsáveis que seus pares e concorrentes políticos e instruírem pessoas sem qualquer conhecimento dos mecanismos obscuros da política a se comportarem de forma a não serem acometidas pelo vírus da morte. São esses os bodes expiatórios para que políticos aproveitem a oportunidade única de aumentar seu poder sobre a população com a promessa de lhes determinar quais caminhos poderão conduzi-la a um lugar de segurança. Pura desfaçatez!!

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Juliano Oliveira

Juliano Oliveira

É administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e mestre em engenharia de produção, é estudioso das teorias sobre liberalismo econômico.

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