A corrupção no mundo
JOSÉ L. CARVALHO*
Um rápido olhar sobre esses dados mostra a total descrença em nosso sistema político (partidos e políticos). Não há surpresas, mas alguns setores apresentaram um nível de corrupção superior ao que eu antecipava.
Barômetro da Corrupção Mundial
* VICE-PRESIDENTE LICENCIADO DO INSTITUTO LIBERAL
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Principais constatações do relatório 2013 da Transparência Internacional [N.E.]:
A corrupção é generalizada
Em geral, mais de uma em cada quatro pessoas (27 por cento) relatam terem pago suborno nos últimos 12 meses ao interagirem com as instituições e serviços públicos mais importantes.
As instituições públicas encarregadas de proteger as pessoas sofrem os piores níveis de suborno
Entre os oito serviços avaliados, a Polícia e o Judiciário são vistos como os dois mais sujeitos a suborno. Cerca de 31 por cento das pessoas que tiveram contato com a polícia relataram ter pago propina. Para os que interagiram com o judiciário, a frequência foi de 24 por cento.
Os governos não estão fazendo o suficiente para levarem os corruptos a prestarem contas
A maioria das pessoas ao redor do mundo acredita que o governo é ineficaz no combate à corrupção e a corrupção está ficando pior em seu país.
Os pilares da democracia nas sociedades são vistos como os mais corruptos
Em todo o mundo, os partidos políticos, a força motriz das democracias, são vistos como a instituição mais corrupta.
Os relacionamentos pessoais são vistos como corruptores da administração pública
As pessoas entrevistadas vêm a corrupção em seu país como algo mais do que apenas o pagamento de subornos: cerca de duas em cada três pessoas acreditam que os contatos pessoais e as relações ajudam a se conseguirem as coisas no setor público em seu país.
Grupos poderosos, ao invés do bem público, é o que orienta as ações do governo
Mais de uma em cada duas pessoas (54 por cento) acham que seu governo é em grande parte ou totalmente conduzido por grupos que atuam em prol de seus próprios interesses, em vez de em benefício dos cidadãos.
As pessoas afirmam que estão prontas para mudar este status quo
Quase nove em cada 10 entrevistados disseram que agiriam contra a corrupção. A maioria das pessoas disse estar disposta a falar e denunciar um incidente de corrupção. Dois terços dos solicitados a pagarem um suborno disseram ter recusado.