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O Painel da Dinâmica da Renda [The Panel Study of Income Dynamics (PSID)] pesquisou a evolução da renda de determinadas famílias americanas e da de seus filhos com o intuito de conhecer como seus níveis de renda mudam ao longo do tempo. O sociólogo Mark Rank, da Universidade de Washington, fez uma avaliação profunda desses dados, observando as tendências quanto à segurança e à insegurança de renda ao longo do tempo. A matéria foi publicada na Reason Magazine, assinada por Ronald Bailey, correspondente para a área de Ciência.

Com relação à insegurança de renda, Rank descobriu que os trabalhadores entre 25 e 60 anos de idade passam por enormes mudanças de renda ao longo do tempo, e que isso os expõe a uma gama variada de condições econômicas.

• Ele descobriu que aos 60 anos, pouco menos de 45 por cento dos adultos americanos terão vivido, ao menos por um ano, de um ou mais dos seguintes itens: vale-refeição, Assistência Temporária a Famílias Necessitadas, Medicaid ou Renda Suplementar da Previdência Social.
• Descobriu que aos 60 anos pouco mais de 54 por cento dos adultos americanos terão vivido na pobreza ou próximo da pobreza por pelo menos um ano (150 por cento do nível de pobreza federal).
• Num cenário mais amplo, levando em conta o desemprego e súbitas perdas de renda, Rank descobriu que mais de 85 por cento dos adultos em torno dos 60 anos terão passado por algum período de insegurança de renda.

Rank chega a conclusões semelhantes quanto à riqueza relativa.

• Aos 60, cerca de 77 por cento dos americanos terão vivido numa família com renda de mais de US$ 100 mil ao menos por um ano.
• Mais de 33 por cento terão vivido nesse nível de renda familiar por 10 ou mais anos, e 22 por cento o terão por 10 ou mais anos consecutivos.
• Aos 60 anos, cerca de 51 por cento terão vivido em uma família com renda de US$ 150 mil por pelo menos um ano; mais de 32 por cento com renda de US$200 mil por um ano; e quase 21 por cento com renda de US$ 250 mil por pelo menos um ano.

Estas enormes oscilações na segurança de renda demonstram a mobilidade econômica que é facilmente mensurável em dados de renda nos EUA. Por exemplo, um estudo do Departamento do Tesouro sobre as mudanças na mobilidade da renda entre 1996 e 2005 descobriu que mais de metade dos contribuintes americanos mudaram de patamar de renda nesse período. O que confirma descobertas similares nos estudos de Rank.

Com base em resultados do estudo The U.S. Income Distribution and Mobility: Trends and International Comparisons [PDF], nos Estados Unidos, o artigo conclui que cerca de 50 por cento da (des)vantagem de se crescer em uma família de renda baixa (elevada) pode ser herdada.