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Por que o determinismo histórico não prova nossa pobreza?

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É muito provável que nas aulas de História você tenha aprendido que o Brasil foi uma colônia de exploração. Esse termo não está aí à toa, tão pouco a intenção por trás dele.

Segundo essa concepção, no passado colonial nós fomos explorados e transformados no país que exporta commodities e importa bens de consumo. O agronegócio seria a prova dessa tese, segundo os seus defensores. O objetivo aqui será exatamente apresentar argumentos que desfaçam essa crença na “vocação” agrícola do nosso país.

Se você analisar a história do Brasil, tivemos cerca de 300 anos de razoável desinteresse e eventualmente algumas ondas de negócios empreendidos somente com a autorização da coroa portuguesa. Fosse a extração de pau-brasil, o ciclo da cana-de-açúcar, a mineração de ouro, cada um desses negócios passava necessariamente pela autorização da metrópole ou de outra autoridade nomeada para isso. Não é muito diferente do que vemos hoje no país onde para aumentar as possibilidades de ter algum sucesso em sua empreitada o empresário é levado a acreditar que precisa da ajuda da classe política. Todo esse sistema engessado e proliferado por mais de 5 séculos foi um dos responsáveis pela miséria, desigualdade, racismo, entre outros problemas que nos colocam em marcha lenta rumo ao desenvolvimento.

Vejamos então a Austrália, que no ano de 1787 recebeu seus primeiros colonos. Com o intuito de ali formar uma colônia penal, cidadãos banidos do Reino Unido eram levados em longas viagens sem passagem de volta. Os indivíduos considerados páreas da sociedade inglesa como criminosos, ladrões, assassinos, conspiradores e estupradores tinham como destino o que se conhecia de mais distante da Grã Bretanha. Essa situação permaneceu durante quase um século, quando a última leva de prisioneiros foi enviada em 1868, portanto bem depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil e também de nossa independência. Foi também nessa época que o Brasil começou a construir uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, enquanto a Austrália deixava de ser o destino dos piores representantes da sociedade inglesa. Reparem que a situação da Austrália foi, segundo o determinismo, a de um país sem qualquer vocação para o desenvolvimento. No entanto, os prisioneiros que terminavam suas penas, podiam trabalhar e comprar terras para produção.

O desenvolvimento proporcionado pelo respeito à propriedade privada e isonomia fez com que em 1900, as colônias britânicas optassem por um sistema que proporcionasse mais liberdade e autonomia a elas. Foi então que todas as colônias inglesas adotaram o sistema de Monarquia Parlamentarista, onde o rei ainda tinha poder de veto, mas as decisões eram tomadas pela colônia.

A Austrália não é tão diferente do Brasil em termos de vocação para extração de recursos naturais e dimensão continental, mas hoje apresenta um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano de todo o mundo, liberdade para empreender e alta renda per capita. Atualmente cidadãos de todo o mundo procuram o país em busca de um futuro promissor.

Foi então por falta de sorte que o Brasil tenha se tornado o país de profundas injustiças? Poderia citar tantos outros exemplos de países que seguiram a mesma receita do respeito à propriedade privada, isonomia e liberdade para empreender, pois esses são os pilares da prosperidade. Apenas assim alcançaremos um lugar de destaque no mundo e poderemos no futuro nos orgulhar de nossa rica história.

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Heitor Machado

Heitor Machado

Heitor Machado é Gerente de Projetos tendo trabalhado em multinacionais de engenharia de construção e software de gerenciamento.

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