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A Liberdade Econômica no Brasil e no mundo

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Anualmente o Instituto Fraser divulga seu estudo sobre a Liberdade Econômica no mundo. A metodologia mede o grau de liberdade econômica considerando o tamanho do Estado, os direitos de propriedade, a qualidade da moeda nacional, a liberdade para o Comércio Internacional e a qualidade da regulação. Dentro dessas áreas, há outras dezenas de componentes e subcomponentes, compreendendo ao todo 42 variáveis e que são reunidas a partir de diversas fontes externas.

A novidade deste ano é que o estudo contou com a tradução em português pela Academia Liberalismo Econômico e pode ser conferido na íntegra aqui. O relatório ajuda a explicar um pouco da tragédia brasileira. O Brasil é um país de renda média e cuja produtividade está estagnada há 5 décadas, no que a The Economist denominou de A Soneca dos 50 anos. A relevância do estudo é que há uma correlação direta entre a liberdade econômica e uma melhor performance em indicadores de bem-estar, o que implica uma maior renda média daquela nação. Há ainda correlações entre liberdade econômica e as liberdades civil e política – consideravelmente mais altas nos países mais livres -, além de haver uma igualdade de gênero maior e níveis de felicidade mais altos.

Conforme se depreende do gráfico abaixo, nos países mais livres a renda média é quase oito vezes maior.

Há ainda uma correlação entre liberdade econômica e expectativa de vida: 79,5 anos em média para os países do quartil mais livre contra 60,4 anos entre os países do quartil menos livre.

O resultado brasileiro de 2018, no entanto, não foi nada animador. Ficamos com uma pontuação média de 5,75 (em uma escala de zero a 10) – o que nos colocou na 144º posição entre 162 países avaliados.

Entre os indicadores, a melhor pontuação atingida pelo Brasil no ranking foi no quesito “moeda forte”: o Real atingiu 7,97 pontos, mas comparativamente a outros países estamos apenas na 106º posição. Já as piores pontuações foram justamente no aspecto “regulação”: na regulação dos negócios, ficamos com tão somente 3,59 pontos, nos colocando na 158º posição; e no quesito “regulação em geral” o Brasil ficou com o vergonhoso penúltimo lugar.

A boa notícia é que desde 1980 o mundo ficou mais livre, atingindo a média de 7,3 desde os anos 2000 e se mantendo relativamente estável desde então. É um dos motivos pelos quais o mundo nunca foi tão rico e a desigualdade está caindo.

O Brasil historicamente nunca foi muito livre, mas também melhorou, avançando de 3,92 pontos nos anos 80 para 6,46 em 2010. Nós progredimos, portanto, em nosso grau de liberdade econômica neste ínterim, mas passamos a regredir desde então.

Analisando o estudo, mostra-se que o Brasil sempre esteve abaixo da média mundial na liberdade econômica, mas desde 2010 está indo na contramão do mundo no grau de liberdade.

Mas não só isso. Comparativamente, nós avançamos menos que os outros países. Em 1980 o Brasil era o 86º país mais livre do estudo, regredindo para o 98º em 1990 e se recuperando em 2000 ao alcançar a 85º posição. Todavia, os outros países passaram a se tornar mais livres em um ritmo mais célere que o Brasil, que, embora tenha continuado a progredir durante a década seguinte, caiu para a 103º colocação em 2010.

Com os retrocessos na liberdade a partir do governo Dilma Rousseff, além de piorarmos nossa pontuação, comparativamente perdemos mais 41 posições. Atualmente, segundo o estudo, somos o 18º país mais hostil à geração de riqueza no mundo.

As instituições brasileiras estão proporcionando uma série de desarranjos que nos condenam a sermos mais pobres. Se queremos ser mais prósperos, precisamos de mais liberdade para rompermos com esse lamentável panorama.

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Luan Sperandio

Luan Sperandio

Analista político, colunista de Folha Business. Foi eleito Top Global Leader do Students for Liberty em 2017 e é associado do Instituto Líderes do Amanhã. É ainda Diretor de Operações da Rede Liberdade, Conselheiro da Ranking dos Políticos e Conselheiro Consultivo do Instituto Liberal.

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