Frases do dia
“Ser ninguém além de si mesmo, num mundo que faz o possível, noite e dia, para você ser como todo mundo. Eis a batalha mais difícil que qualquer ser humano pode lutar, e nunca parar de lutar”. E. E. Cummings
“Ser você mesmo num mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização”. Ralph Waldo Emerson
Nada como um pensador como Schopenhauer para sentenciar brilhantemente:
– “A honra é a consciência exterior e a consciência é a honra interior. (…) é uma frase de efeito mais do que uma explicação clara e profunda. Por isso prefiro dizer que: “A honra é, objetivamente, a opinião dos outros sobre nosso valor e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião”. (…)”
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– “A tentativa de compensar a superioridade espiritual por lemas falsos e convencionais leva-nos a obedecer normas que se chamam de “bon ton”, “fashionableness” mostra sua fraqueza no momento em que se choca com os verdadeiros valores, porque “Quando as boas maneiras entram, o bom senso se retira”.”
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Arthur Schopenhauer escreveu bons pensamentos sobre a ideia de honra como a opinião da comunidade. Entendeu que humanos tendem a buscar a opinião alheia favorável a si moldando-se àquilo que é propagandeado como merecedor dessa admiração alheia ou opinião favorável. Isso é um tipo de ambição poderosa, maior mesmo que a ambição material cuja capacidade de usufrui-la é limitada. Não por acaso ricaços ambicionam o Poder, a fama ou uma glória qualquer, como a riqueza que nem mesmo consegue usufruir, uma posição de celebridade ou autoridade ou até mesmo tentar santificar-se em perorações alardeadas em ostensivo sentimentalismo a fim de aliciar simpatia sincera ou interesseira por parte da platéia.
Vamos a Schopenhauer:
“Afirma-se que aquele que dá valor à opinião dos outros aumenta a sua honra. Esta preocupação, no entanto, demonstra que sua fonte de felicidade não se encontra em nenhuma das outras classes de bens, logo, é nesta terceira que ele deve procura-la. Sua felicidade não é dada pelo que ele é nem pelo que ele tem e, sim, pelo que ele representa para os demais. (…)”
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“Quando vemos um homem que passa a vida lutando incansavelmente e debatendo-se entre perigos e dificuldades, tendo como objetivo final crescer aos olhos dos outros, TEMOS A PROVA DA ENORME TOLICE HUMANA. Perseguem títulos, classe, postos, aspiram à riqueza, à ciência e à arte, a fim de obter o respeito alheio sem se aperceber da inutilidade disso para sua real felicidade.
Valorizar excessivamente a opinião dos outros é um erro completo, mas muito comum, arraigado a nossa própria natureza ou como resultado da vida em comunidade. Por qualquer motivo, o certo é que isso exerce uma poderosa influência sobre o nosso modo de agir e a nossa felicidade que é a meta a atingir, tendo sempre em mente a pergunta: “O que dirão os outros ?”
Justifica-se por que Virginius enfiou o punhal no peito da filha e por que os homens sacrificam a própria vida, a paz, a riqueza e a saúde em busca da glória póstuma. (…)”
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“O hábito dos homens darem mais valor à opinião dos outros sobre si mesmos provoca, às vezes, uma inversão natural que faz do secundário o principal e leva este homem a criar o seu próprio ser segundo a cabeça dos outros e, não, de acordo consigo mesmo. Esta super valorização está ligada ao que chamamos vaidade: uma tolice voltada para o vazio e o fútil. (…)”
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“O excesso de importância atribuído à opinião alheia acaba fazendo dela o objetivo principal, o que a transforma numa mania geral. Atrás de cada um de nossos atos, estará a opinião alheia como um juiz, o que a torna responsável por mais da metade de nossos medos, inseguranças e preocupações. Esta relação está no centro dos nossos problemas tornando-se um sentimento patológico, base de toda nossa vaidade, presunção e glória. (…)”
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“A ingenuidade da nossa natureza, aqui apresentada, gera três descendentes: ambição, vaidade e orgulho. O orgulho é a convicção do próprio valor sob todos os aspectos; a vaidade, ao contrário, é o desejo de despertar nos outros tal convicção, acompanhada sempre pela esperança de consegui-lo.
Assim, o orgulho é uma estima que vem de dentro, enquanto a vaidade é o esforço para conquistar algo exterior. (…) mas o que o vaidoso ignora é que o alto conceito que ele quer obter é conquistado mais facilmente com o silêncio do que com o discurso, por mais bonito que seja.”
Não é por acaso que as ideologias se dedicam à tocar a vaidade, instigando o ciúme e a inveja para despertar a ferocidade da cobiça. Não é por acaso que as ideologias não passam de um amontoado de afirmações dogmaticas e efettivas contradições. Afinal, manipulando indivíduos e grupos não precisam de qualquer coerência ou verdade em suas alegações, pois que os fiéis desejam ardentemente que a ideologia seja verdade tanto quanto desejam crer que todos os alinhados assim creem. Começando por afirmarem a própria crença em tamanho amontoado de afirmações estapafurdias como incentivo que abranda a vergonha de outros também o afirmarem, pois que não o afirmam solitários.
Não é outro o motivo para que as ideologias fanatizem e tornem violentos e totalitários os seus fiéis que dela necessitam psicologicamente e por tal, mesmo afirmando-se movidos por interesse altruístas, tomam a descrença alheia como se um mall a si mesmos, veem a descreça alheia em suas ideologias estapafurdias que afirmam serem a receita (conjunto/estudo de ideias) para atingir o “objetivo supremo” e por tal redentor, pois que tido como a “salvação da humanidade” que a tudo justifica.
Na verdade os vaidoso seguidores de ideologias se fanatizam e tornam-se capazes de qualquer atrocidade apoiados pela “consciência externa” produzida pelas ideologias que justificam toda e qualquer ação com base nos fins “salvadores” que prometem como redenção para os seguidores violentos.
“Torna-te quem tu és!”
Agir motivado por desejos autênticos ou influenciado pela aprovação?
Buscar a coragem de repousar o olhar sobre si mesmo,
de se aproximar das próprias verdades.
Ousar a coragem do desvelamento de si mesmo.
Ousar querer. Ousar agir obedecendo o querer.
Ousar ser o que quer o querer.
Ousar viver o sentimento de ser a fonte dos próprios valores.
Buscar a coragem de pensar e de viver as próprias verdades.
Buscar a autenticidade exercendo criativamente as
próprias diferenças em relação aos demais.
Conhece-te a ti mesmo!
…e
Torna-te quem tu és!
Pode-se dizer que são conselhos de pensadores que conheciam a “alma” humana ou os humanos que ainda são animais adestráveis e manipulaveis.