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Vigésimo segundo mês do Núcleo de Formação Liberal estuda Alexis de Tocqueville

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Instituto Liberal, o Instituto Libercracia, o Instituto Liberal do Nordeste e o Instituto de Formação de Líderes-Goiânia, em parceria, utilizando as ferramentas que as redes sociais nos proporcionam, organizam reuniões virtuais, integralmente abertas ao público, para debater textos dos mais importantes autores nacionais e internacionais dentro do espectro liberal. O nome do projeto é “Núcleo de Formação Liberal” (NFL).

A intenção do projeto é que os debates e reflexões se concentrem o mais exclusivamente possível na obra dos autores, para qualificar a formação do pensamento de nossos ativistas e lideranças nos diversos setores da sociedade.  Todas as reuniões são baseadas em trechos ou capítulos de obras, previamente divulgados. Um ou dois relatores se encarregam de fazer uma explanação a respeito dos trechos selecionados, seguida de um debate com apontamentos dos representantes dos institutos responsáveis pela iniciativa e a participação do público.

Depois de Friedrich Hayek, Joaquim Nabuco, Edmund Burke, Roberto Campos, Ludwig von Mises, José Guilherme Merquior e Thomas Sowell (ao longo de 2020), além de um encontro de revisão em janeiro, estudamos em 2021 Ayn Rand, Antonio Paim, Murray Rothbard, Ubiratan Borges de Macedo, José Ortega y Gasset, José Osvaldo de Meira Penna, John Stuart Mill, Tavares Bastos, Milton Friedman e Rui Barbosa. Em 2022, após John Locke, Visconde do Uruguai, Adam Smith e Frei Caneca, estudamos a obra clássica do liberal francês Alexis de Tocqueville (1805-1859).

18/06 – O liberalismo francês: a tradição doutrinária e sua influência no Brasil (Ricardo Vélez Rodríguez) – cap. 4, 5 e 6; Tocqueville, as relações internacionais e o liberalismo doutrinário (Ricardo Vélez Rodríguez) – 19h

O primeiro encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste) e o professor Ricardo Vélez Rodríguez, que atuou como relator. Encarregado de traçar uma visão panorâmica do pensamento e do significado desse liberal aristocrata do século XIX que acolheu a inevitabilidade da democracia e se tornou um dos clássicos das ciências humanas, o professor acentuou a importância de Tocqueville para sua própria conversão ao pensamento liberal.

O principal objetivo de Vélez foi enunciar algumas das referências teóricas que inspiraram Tocqueville e que ele recepcionou de forma crítica e criativa. Uma delas foi a dos liberais doutrinários franceses, que procuraram assimilar as instituições liberais, evitando um retorno ao Antigo Regime, mas simultaneamente impondo ordem ao caos revolucionário. Identificado com esses mesmos objetivos, Tocqueville, porém, ao contrário dos doutrinários, sustentou ser inevitável o espírito de certo igualitarismo emergente em sua época, materializado através do avanço das franquias democráticas.

Abordou-se também o papel da base cristã no pensamento de Tocqueville. Em seu clássico Da Democracia na América, ele aponta o espírito de religião, conjugado ao de liberdade, como um dos fundamentos dos sucessos experimentados naquele país. Sob essas premissas, o professor apontou as críticas de Tocqueville ao chamado democratismo rousseauniano e as concepções tocquevillianas acerca das relações internacionais da França.

Na fase interativa, os desafios da democracia na história brasileira foram discutidos, sob inspiração nas recepções da obra de Tocqueville no país. Abordaram-se também os temas da tirania da maioria, as análises do escritor francês sobre a pobreza e algumas posições de Tocqueville durante a crise de 1848 na França, defendendo medidas repressivas.

30/06 – Da Democracia na América – Livro I – Segunda parte, Capítulo VII; A Mentalidade Conservadora (Russell Kirk), cap. 6, seção 4; Tocqueville: a very short introduction (Harvey Mansfield)

O segundo encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste), Rodrigo Jungmann e Alex Catharino, com os dois últimos assumindo a relatoria. Partindo do estudo do pensamento de Tocqueville, o encontro se transformou em um debate sobre temas como democracia, aristocracia e instituições políticas modernas.

O relator Rodrigo Jungmann destacou alguns aspectos da análise tocquevilliana da força da tradição de associação local, do self-government, na sociedade norte-americana. Enfatizou a preocupação de Tocqueville com o papel da cultura democrática, mais do que apenas com as instituições per se, bem como sua autoidentificação como um liberal diferente de nomes que haviam atuado até então, como John Locke, por ser mais preocupado com uma liberdade que se materializa nas instituições políticas que afeiçoado a uma filosofia abstratamente jusnaturalista.

Já Alex Catharino se concentrou em examinar a apresentação tocquevilliana do problema da tirania da maioria. Enfatizou a valorização desse autor francês do papel dos corpos intermediários da sociedade, que contrastariam com o atomismo de outras concepções liberais, potencialmente passível de obter o resultado oposto ao desejado e fortalecer o Estado centralizado, prejudicando os anseios por liberdade.

Os temas apontados e as posições expostas pelos integrantes ensejaram um longo e rico debate, com opiniões distintas, acerca da eficácia da democracia, a possibilidade ou impossibilidade do cultivo de uma “aristocracia natural” contemporânea e as aplicações das análises tocquevillianas na atualidade.

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