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Voto online: uma ideia ‘furada’

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 NCPA*

laptop_mulher_digitandoMais de 30 estados norte-americanos e territórios têm alguma forma de votação pela Internet, segundo Bruce McConnell, ex-vice-subsecretário de cibersegurança do Departamento de Segurança Interna dos EUA, e Pamela Smith, presidente da Fundação para Verificação do Voto.

Seja por email ou diretamente num site, o voto online é cada vez mais popular nos Estados Unidos:

  • Geralmente, a votação online só é permitida para certas classes de eleitores, como os militares ou eleitores ausentes. O Alaska, no entanto, permite que qualquer pessoa vote online.
  • Recentemente, o estado americano de Utah aprovou uma lei permitindo que os eleitores com deficiência votem online.
  • Estima-se que 3 milhões de americanos estejam hoje qualificados para a votação online.

Mas essa é realmente uma boa ideia? A votação online tem uma série de problemas potenciais, uma vez que os hackers podem alterar os resultados eleitorais e manipular as eleições, sem deixar provas. A experiência da Estônia, pioneira na votação [remota] online, é um excelente exemplo. Vinte e cinco por cento dos eleitores da Estônia votam online. Em maio, uma equipe de especialistas independentes em segurança descobriu grande vulnerabilidade na segurança do sistema de votação, concluindo que as eleições podem ser fraudadas e recomendando que o país deixe de usar o sistema imediatamente.

Computadores e telefones celulares podem ser atacados de diversos modos, dificultando a criação de salvaguardas que protejam contra toda forma de infiltração. Ainda assim, nos EUA os provedores de sistemas de votação online estão pressionando os parlamentares a aprovarem uma legislação de votação online, apesar das preocupações com a segurança.

  • Em 2004, o Departamento de Defesa cancelou um projeto de votação online para os soldados porque não podia garantir que o sistema seria seguro.
  • O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), a agência federal responsável pelas pesquisas em votação pela Internet, concluiu em um relatório de 2011 que uma votação segura pela Internet não era viável.
  • O relatório do NIST citou uma série de problemas: a proteção contra ataques de software em computadores pessoais, a autenticação de eleitores e a garantia de que os sistemas eram auditáveis. Nenhuma tecnologia vigente ou proposta na ocasião oferecia tais soluções.

Apesar de melhorar o acesso do eleitor e reduzir os custos para os contribuintes serem motivos bem intencionados na votação online, proporcionar aos eleitores um método inseguro de dar o seu voto não ajuda em nada a ninguém, concluem os pesquisadores McConnell e Smith.

 

* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS

Artigo na íntegra:Bruce McConnell and Pamela Smith, “Hack the Vote: The Perils of the Online Ballot Box,” Wall Street Journal, May 28, 2014.

Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS

Fonte da imagem: Wikipédia

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Ligia Filgueiras

Ligia Filgueiras

Jornalista, Bacharel em Publicidade e Propaganda (UFRJ). Colaboradora do IL desde 1991, atuando em fundraising, marketing, edição de newsletters, do primeiro site e primeiros blogs do IL. Tradutora do IL.

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