Uma saída negociada
Aloizio Mercadante, atual titular da Casa Civil, disse ontem que o Governo está em busca de uma saída negociada para desocupação da Fazenda Santa Mônica, propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
É bom lembrar que em nenhum momento foi levantada a hipótese de que a propriedade é improdutiva. Neste caso, admitir-se-ia que o Estado indenizasse o proprietário pelo valor de mercado.
O governo Dilma se encontra em uma encruzilhada, já que o Partido dos Trabalhadores, seu principal sustentáculo, é majoritariamente a favor das invasões de terra, com ou sem indenização ao proprietário.
Na invasão ora em pauta, além da fazenda ser produtiva, o senador é parte importante da aliança que dá suporte congressual a Dilma.
Os invasores estão surpresos por não terem um apoio ostensivo da Presidente, como vem ocorrendo com outras invasões. A saída negociada é difícil, mas ficar como está é impossível.
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O outro lado:
A luta do MST pelas terras do senador
Em tempo:
Integrantes do MST desocupam fazenda do Senador Eunício Oliveira
Corrigindo: Não é Ministro da Justiça, mas da Casa Civil
Corrigindo: não é Ministro da Justiça, mas da Casa Civil.
Eu vejo a possibilidade de que os invasores de terras no Brasil, sejam comparados não só à esquerda brasileira, como também aos Bandeirantes. Com a esquerda eles se identificam plenamente. Senão vejamos: A esquerda brasileira apregoa aos quatro cantos do país, a defesa dos fracos e oprimidos. Mas na realidade eles, os esquerdistas, vivem nababescamente. Haja vista que são denominados de Esquerda Caviar. Já os invasores de terras se transformaram numa verdadeira industria das invasões. E tudo bancado com o dinheiro suado do povo.
Porem quando vamos comparar os invasores de terra, aos Bandeirantes, descobrimos que o modus operandi é diametralmente oposto. Enquanto os bravos Bandeirantes adentravam os sertões do nosso imenso Brasil em busca de novas fronteiras, e de terras devolutas produtivas, arriscando a própria vida. Pois tudo para eles era desconhecido. Eles poderiam ser atacados por índios bravios, por animais ferozes, por insetos peçonhentos, e por doenças endêmicas. Os nossos modernos invasores de terras só querem o Filet Mignon, Nada de terras distantes dos grandes centros, pois estas tem pouco valor na hora da venda da parte que couber à cada invasor que, em seguida parte para novas aventuras. O que eles buscam é o prato pronto, nada de sacrifícios com limpeza de áreas. Vejam o caso da fazenda do Senador Eunício de Oliveira. Segundo o próprio Ministro da Justiça, trata-se de uma fazenda produtiva.
Agora o que causa uma certa estranheza, é o Ministro estar procurando uma saída negociada com os invasores. Mas por outro lado foi bom que tenha acontecido desta forma. Ou seja, os invasores exigirem a desapropriação com ou sem indenização ao proprietário. Assim o Senador sentirá na pele que, as vezes o tiro pode sair pela culatra. Talvez ele seja um dos signatários da lei que facilita, e da mais coragem aos invasores de prosseguirem em seus intentos. Estou falando daquela infeliz lei que diz que: “Quando a propriedade for invadida, não se pode de imediato pedir a reintegração de posse. O proprietário tem que antes chamar os invasores para uma negociação. E só depois de muito conversarem, e não havendo um acordo, é que se poderá entrar na justiça pedindo a reintegração de posse.
Oras senhores legisladores: Se os invasores estivessem realmente interessados em comprar a propriedade, teriam dois caminhos à seguir. O primeiro seria entrar em contato com o proprietário para saber dele se há interesse em vender a sua propriedade. A segunda, e mais lógica, seria o líder dos invasores procurarem uma Imobiliária, demonstrando interesse em adquirir esta ou aquela área, e a Imobiliária tomaria as providências para abrir negociações com o proprietário da área pretendida. Agora sejamos lógicos, quem invade, não está disposto, e nem com interesse de adquirir nada pelas vias legais. Mas tão somente em esbulhar o bem privado. Fica aqui um lembrete ao Senador Eunício de Oliveira: Cuidado com o Exercito do João Pedro Stedile. Dizem que o homem não está para brincadeira.