Liberdade de expressão, na minha visão, se dá de várias formas. Todas elas deveriam ser protegidas como manifestação legítima de um direito inalienável.

Direitos inalienáveis são direitos individuais que não nos podem ser tirados jamais desde que não iniciemos o uso de coerção contra alguém.

Por que não podemos ser desprovidos dos nossos direitos? Porque somos seres racionais, o que significa que temos a necessidade e a capacidade de usar a mente para criar e manter os valores que nos permitirão viver e sermos felizes. Sem os direitos individuais reconhecidos, respeitados ou protegidos, não poderemos manifestar aquilo que nossa mente diz para fazermos.

Pode ser uma manifestação artística, uma pintura, uma escultura, um romance ou uma peça de teatro, através da qual mostramos ao mundo nossa visão metafísica sobre o universo que estamos abordando.

Pode ser uma manifestação econômica – uma invenção, um processo, uma criação, um investimento, uma forma de comércio – através da qual mostramos ao mundo nossas habilidades produtivas ou destrutivas de valor.

Pode ser uma manifestação política – um discurso, um voto, um veto – através da qual mostramos ao mundo nossas ideias, os princípios, valores e ideais que nos são caros, assim como os princípios, valores e ideais que desprezamos.

Pode ser uma manifestação ética, uma atitude perante a existência, através da qual expomos qual é nosso padrão de de valor mais elevado, supremo, e o que faremos para alcançá-lo.

Pode ser uma manifestação epistemológica – uma descoberta, um trabalho acadêmico, um estudo científico – através da qual mostramos como entendemos o mundo aplicando sobre ele o que produz nossa consciência.

Pode ser uma manifestação emocional, onde mostramos ao mundo nossos sentimentos, nosso amor, nosso ódio, nossa indiferença, através do uso de uma linguagem qualquer, um som, um traço, um empurrão, um beijo ardente, um abraço comovido ou um adeus permanente.