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Rio de Janeiro: um estado gerido pelo poder paralelo do crime organizado

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O estado em que se encontra o Rio de Janeiro é a prova mais contundente de como nossas políticas de donzelas na área de segurança pública, nosso pacifismo tolo e nossas utopias de contos de fadas, são as maiores causas do fracasso retumbante do que hoje se vislumbra naquele estado e no Brasil. O país que possui 62 mil assassinatos por ano, que possui estados da federação tomados pelo crime organizado, sequer pode falar em segurança pública de maneira a inspirar qualquer confiança de seus ouvintes. Os analistas convencionais desse tema, aqueles que opinaram até agora em favor de uma saída sem violência para tal situação, deveriam reavaliar suas opiniões e se questionarem até que ponto essa crise não seja também de suas responsabilidades. Será que agora aprenderão que rosas em quebra chamas não impedem que os criminosos disparem seus fuzis?

Não é possível que, após um estado da federação ser sitiada pelo crime organizado, nós olhamos para as políticas propostas pelos cacifes de sempre e ainda sim acreditamos no sucesso de suas utopias. Quem se lembra do Freixo dizendo que a violência do Rio seria resolvida ⸺ ou amenizada ⸺ com iluminação pública? Caminhos repetidos não levam a lugares diferentes. Erramos de maneira compulsória, sempre repetimos as mesmas ideias, parlengas e propostas, e ainda sim sequer cogitamos a ideia de que a solução possa estar em atos menos bonitinhos, menos pacíficos.

O caso agora não aceita elucubrações sobre o melhor dos mundos possíveis; a situação é extremamente emergencial e não cabe mais achismos e sim ações efetivas de ordem militar. Não estamos falando de crianças que fazem travessuras, mas sim de bandidos que usam fuzis, lança mísseis e demais armas de guerra. Não se combate guerrilhas com pombas brancas, paremos de acreditar em romances hippies.

Temer acerta ao assinar o decreto para entregar a segurança pública do Rio de Janeiro às Forças Armadas. Espera-se agora a votação em plenário da Câmara dos Deputados e no Senado. Entretanto, o presidente toma essa decisão com muito atraso, foi preciso o Rio se tornar um campo de guerra ⸺ sem qualquer tipo de metáforas ⸺, foi necessário que os números de mortes subissem exponencialmente ao patamar dantesco.

O Brasil continua sendo, pois, o país do quebra-galho, dos discursos fofos, dos eufemismos patetas. Precisou que corpos de inocentes fossem empilhados em frente às câmeras televisivas, que imagens de centenas de cidadãos jogados no asfalto de avenidas a fim de fugir dos tiros e investidas de guerrilha do exército independente dos morros; foi necessário tudo isso para que o nosso presidente frouxo percebesse que o Rio de Janeiro já era um estado emancipado da Federação controlado por um 4º poder independente e criminoso. Chega de diálogo, por hora, é hora de mostrar que a “ordem” é mais que mero apetrecho de nossa flâmula nacional.

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Pedro Henrique Alves

Pedro Henrique Alves

Filósofo, colunista do Instituto Liberal, ensaísta do Jornal Gazeta do Povo e editor na LVM Editora.

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