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Resposta a um socialista

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idiotautil

Um dia desses, ao olhar os comentários em meu blog, me deparei com um que merecia a devida resposta, de um camarada chamado Pedro. Abaixo transcrevo o ocorrido:

Roberto, primeiramente gostaria de afirmar que há sim um rombo enorme na previdência, que há casos de improbidade na utilização de recursos assistenciais e que, infelizmente, nossos serviços estão aquém dos de um país realmente desenvolvido. No entanto, gostaria também de fazer ressalvas e algumas perguntas.

O estado É em sua essência uma instituição assistencial e não devia ser diferente. Mesmo que seja custoso e,por vezes, inócuo, a assistência é sim necessária pelo simples motivo de que, em uma sociedade organizada, nem todos os partícipes tem as mesmas oportunidades, mentalidades ou características. É ultrapassada a visão de que o estado deve garantir somente isonomia jurídica; este não pode prescindir da busca pela igualdade social. Reducionista de sua parte afirmar que a economia não anda devido ao assistencialismo: a economia cresce sim por conta da distribuição de renda, mas as variações do PIB não são só influenciadas por isso.

Dinheiro dos impostos não é “roubado” devido ao assistencialismo e sim à corrupção, que, aliás, se eliminada, terminaria com o rombo social. Os investimentos restantes do PIB, os que “sobram” do assistencialismo estão ACIMA dos países desenvolvidos, o problema é a gestão desses recursos. Não se mostre radical só porque sua ideologia é neoliberal.

Agora vamos às perguntas: Você frequenta favelas e frequentava antes do bolsa família e o minha casa minha vida? Já foi no Sertão Nordestino antes e depois da implantação dos serviços técnicos e do projeto de cisternas? Anda na periferia, ou andava depois dos PAC’s? Desculpe jornalista, mas, como dizem os populares, só sabe quem vive.

Pedro:

1 – Sim, eu andei por todos esses lugares e ainda ando. Inclusive tenho família no nordeste (lado da minha mãe, que veio do nada, de uma cidadezinha que nem existe mais, no sul da Bahia)

2 – O Estado não foi criado como uma entidade assistencialista, mas como uma entidade que a priori deveria garantir uma ordem social determinada pelos valores de vida, propriedade e liberdade, o que foi um erro, pois como uma entidade com o poder da coerção e o monopólio da violência concentrados nas mãos de poucos indivíduos poderia promover os interesses sociais, ao invés dos interesses dos concentradores de tal poder, em detrimento dos demais cidadãos?

3 – Minha ideologia não é “neoliberal”. Sou adepto do Liberalismo, não do tal Neoliberalismo, que de liberal não tem nada. Recomendo que estude sobre uma pessoa e ideologias antes de tentar definir qual a dela. Em tempo, me cite um autor “neoliberal”.

4 – “Só” 0,5% dos “gastos públicos” são desviados via corrupção, enquanto foram gastos mais de 400 bilhões com assistencialismo só em 2013. Novamente, recomendo pesquisar antes de falar ou escrever.

5 – Quem estuda também possui sabedoria, e muitas vezes até percebe os fatos melhor do que quem vive, do contrário não existiriam diversas ciências humanas como filosofia, sociologia e história para analisar não só as experiências vividas por filósofos, sociólogos, historiadores, etc, mas por outros indivíduos e em locais que os “analistas” não estavam naqueles determinados momentos.

6 – A economia não cresce de acordo com a distribuição de renda do Bolsa Família, foi mostrado, em 2013, por estudo do IPEA que a distribuição de renda tem parcela ínfima do PIB. Novamente, pesquisar é preciso.

7 – Muitos países estão cortando o assistencialismo desde o começo dos anos 90, pois quase entraram em colapso devido Estados assistencialistas gigantescos entre 1932 e 1984, são os casos de Noruega, Dinamarca e Suécia (principalmente).

8 – Nem todas as pessoas são iguais, por isto existe o indivíduo, cabendo somente a este o rumo da própria vida, desde que não inicie agressão contra pacíficos.

9 – Não é uma questão de TER oportunidades, mas de FAZER as próprias oportunidades. Não há programa social que tenha resultados melhores que o emprego, o esforço próprio. Quem deseja ter uma vida confortável ou no mínimo sobreviver precisa trabalhar por isso dentro da capacidade que possui. Não é correto que os indivíduos que trabalham serem responsabilizados pelo sustento daqueles que não trabalham por “justiça social”. Tomar de quem se esforça diariamente para gerar riqueza e distribuir a quem não o faz sem pedir que comece a fazê-lo é recompensar a “vagabundice” e o parasitismo.

10 – A desigualdade é relativa. Se eu ganho 1 mil e você 1.001 já há desigualdade. O que mata é a miséria e esta é reduzida exponencialmente quando os indivíduos deixam de estimular o parasitismo social e exigem que os demais trabalhem duro. Quando metade das pessoas percebe que trabalha para sustentar outra metade que não faz nada, há o desestímulo ao trabalho destes primeiros e o início do fim da sociedade.

11 – Não tenho culpa pela miséria alheia. Pobreza não é desculpa para parasitismo. Conheço, e continuo sempre a conhecer mais, diversos pobres, principalmente moradores de rua, que trabalham como carroceiros, faxineiras (os), aparando grama, recolhendo entulho, em cooperativas, telemarketing, atendentes, etc, e que estão trilhando o caminho de uma vida melhor através do próprio esforço e mérito, adquirindo experiência, produzindo riqueza e investindo em si mesmos. Não a toa um dos maiores distribuidores de chapas de aço de São Paulo começou como carroceiro nos anos 80 (conheço-o) e quando ficou doente (Alzheimer) os filhos (educados nas melhores escolas) perderam tudo que o pai (amigo do meu pai e meu) levou uma vida para construir sem ajuda nenhuma do Estado.

12 – Quer fazer caridade? Ok! Faça-a com o seu dinheiro, mas não venha impor o mesmo aos demais, pois isso é autoritarismo seguido de extorsão.

13 – Jamais será legítimo que indivíduos trabalhadores sejam obrigados a sustentar outros que não colaboram em nada com a geração de riqueza apenas por que os segundos são pobres e/ou estão em situação difícil. Todo indivíduo tem algo para oferecer como força de trabalho, seja recolhendo latinhas, papelão e entulho, vendendo doces nos trens e/ou nos semáforos, ou fazendo trabalhos domésticos para outros. Trabalhar jamais pode ser considerado motivo de vergonha. Viver do trabalho dos outros não é motivo de orgulho.

Jamais permitam que idiotas úteis utilizem suas técnicas desonestas e batam asas como pombos enxadristas que são, sem receberem as devidas respostas. 

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Roberto Barricelli

Roberto Barricelli

Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça. Roberto Lacerda Barricelli é autor de blogs, jornalista, poeta e escritor. Paulistano, assumidamente Liberal, é voluntário na resistência às doutrinas coletivistas e autoritárias.

11 comentários em “Resposta a um socialista

  • Avatar
    23/07/2014 em 12:18 pm
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    Parei de ler quando falou que só 0,5% do orçamento é pra corrupção (!) e que a Suécia está falindo…

    • Roberto Barricelli
      25/07/2014 em 7:27 pm
      Permalink

      Melhor parar de ler quando não temos conhecimento suficiente para formar uma opinião. Recomendo que entre no site do IPEA e baixe as pesquisas. Em tempo, está escrito que a Suécia está em convulsão social e que pode causar uma crise socioeconômica séria, não que está falindo. Você quis distorcer de propósito ou só precisa de um curso de interpretação de texto?

      Quando não possuímos argumentos, melhor nem comentarmos. De pombo enxadrista já basta a esquerda.

  • Avatar
    19/07/2014 em 3:25 pm
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    Roberto. A linha do raciocínio mais claro seria este: A segurança, para que as pessoas possam colher o fruto de seu trabalho e preservar suas vidas do ataque violente dos inimigos de toda espécie e origem, é um bem comum almejado por todos, é de interesse de todos. Por isso a necessidade do Estado. Já a economia não é a mesma coisa. Depende de cada individuo, de seu julgamento de valor. O que está em jogo é a satisfação de uma necessidade que difere de pessoa para pessoa. A pessoa produz o que acha, de acordo com seu julgamento de valor o que mais se ajusta a sua necessidade. O que lhe falta troca voluntariamente com aquilo que tem de excedente. O seu objetivo é sempre aumentar o seu bem estar. A produção visa o consumo que tem por objetivo a satisfação de uma necessidade individual, logo, não é tarefa do Estado ou governo. A tarefa do governo é garantir a liberdade dos indivíduos trabalharem e fazerem o que bem entendem com o fruto de seu trabalho. Trabalhando o homem tem toda a condição de sair do estado de miséria. Diferente é se o Estado interfere, pois cria e perpetua a miséria. Quem não entende isso está perdido para a vida. A função do Estado é unica e exclusiva a de fornecer segurança. Se se atribui ao Estado outra função alem dessa é como querer que galhinha ponha ovo de avestruz. Não funciona.

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    19/07/2014 em 10:25 am
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    Excelente texto!

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    18/07/2014 em 5:45 pm
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    Eu acrescentaria à sua excelente resposta, Roberto, que o assistencialismo tira a noção de responsabilidade das pessoas. Como é possível que miseráveis que recebem apenas para sobreviver não tenham a preocupação de ter menos filhos e não onerar o governo que os mantém, ou pior, gerar seres que terão muita chance de se tornar inúteis ou marginais ( sei de casos que comprovam a minha dúvida ). Em contrapartida, também conheço muitos jovens de classe média que trabalham muito duro antes de se decidirem a aumentar a população do Brasil; isso se chama responsabilidade.
    Abç., Marília Carneiro

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    18/07/2014 em 3:28 pm
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    O que me indigna é o fato de algumas pessoas tratarem o pobre como se ele não merecesse nada, apenas esses assistencialismos medíocres. Ora, o pobre também não paga impostos? Então ele merece serviços públicos da melhor qualidade. Em vez de dar uma esmola mensal, por que não dar ao pobre a oportunidade do seu filho estudar em escolas públicas tão boas quanto a que o filho do rico estuda? Por que não dar um serviço de saúde de qualidade, para que assim ele não tenha que gastar seu pouco dinheiro com planos de saúde? Bolsa Família não garante vida melhor. Por acaso dá pra financiar estudos ou investir em qualificação profissional? Apenas torna-se uma esmola perpétua, da qual uma minoria consegue se livrar.

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    18/07/2014 em 2:00 pm
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    Roberto, você teria aí em mãos as fontes dos números.4 e 6?

    Queria muito ler! Já ouvi esse argumento da corrupção milhares de vezes, como se fosse o problema que torna faz com que as contas não fechem. Jogar isso para números ajudaria muito! Não sabia que eram “só” 0,5%! Obrigado!

    4 – “Só” 0,5% dos “gastos públicos” são desviados via corrupção, enquanto foram gastos mais de 400 bilhões com assistencialismo só em 2013. Novamente, recomendo pesquisar antes de falar ou escrever

    6 – A economia não cresce de acordo com a distribuição de renda do Bolsa Família, foi mostrado, em 2013, por estudo do IPEA que a distribuição de renda tem parcela ínfima do PIB. Novamente, pesquisar é preciso.

    • Roberto Barricelli
      18/07/2014 em 2:21 pm
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      Anotei seu e-mail e lhe encaminharei as fontes após o expediente. Pode ser? No máximo amanhã te envio, que hoje está um pouco corrido. Te passarei links e um ou dois anexos.

      Abraços

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    18/07/2014 em 9:09 am
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    Parabéns pela matéria.

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    17/07/2014 em 10:55 pm
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    Excelente Texto .Parabéns.

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    17/07/2014 em 3:38 pm
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    Roberto, resposta perfeita!

Fechado para comentários.

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