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Resenha: A Revolta de Atlas

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“A Revolta de Atlas” é um livro de ficção escrito por Ayn Rand em 1957. Considerado o livro mais influente depois da Bíblia, segundo a Biblioteca do Congresso Americano, trata-se de um romance em meio a uma distopia nos EUA. Último bastião das ideias da liberdade, o país vive uma crise de ideias coletivistas, em um mundo que já se rendeu a Repúblicas Populares. As grandes mentes estão sendo caladas e vilipendiadas de seu livre agir em prol de um bem comum no qual ninguém produz, mas simplesmente toma o que se considera que seja seu por direito. Rand usa esse ambiente para mostrar os valores fundamentais de sua filosofia, o Objetivismo. Seus valores éticos são representados por heróis que possuem o ideal objetivista e o contraponto fica a cargo de coletivistas e parasitas emocionais.

Dentre os personagens principais, Dagny Taggart, Henry Rearden, Francisco D’Anconia e John Galt são os heróis que carregam toda a teoria da autora. O racionalismo é, para Rand, o grande ganho do ser humano, que permite guiá-lo ao progresso. No livro, Rand contrapõe razão à força, mostrando que não são os músculos os responsáveis pelos grandes empreendimentos da humanidade, e sim a mente racional. A razão deve ser a base de tudo. A é A.

No início do livro, os personagens que dispõem de mentes brilhantes alcançam feitos em suas vidas profissionais, tendo sucesso e dinheiro. Com o passar do tempo e os avanços de suas empresas, os coletivistas começam a agir fortemente e usam o poder de coerção do Estado para transferir os frutos de sua produção para terceiros. Eles usam o altruísmo como padrão moral para toda a sociedade funcionar. Cada um deve produzir não só para si, mas para todos.

Falando um pouco mais a fundo dos personagens, Dagny é retratada como uma mulher forte e independente. Altamente fiel a seus valores, ela é a vice-presidente da Taggart TransContinental, uma empresa ferroviária fundada por sua família. Dagny é um símbolo de integridade e individualismo. Busca seus objetivos por meio da razão e é uma figura inspiradora para retratar o Objetivismo.

Henry Rearden é um industrial e empreendedor de muito sucesso. Criador do Metal Rearden, mais barato, mais leve e mais resistente do que qualquer outro metal, é completamente focado no seu trabalho e possui a virtude da produtividade muito presente dentro dele. Hank comete um dos pecados capitais da teoria objetivista de Rand: o autossacrifício. Ele se sacrifica para manter uma relação familiar que o culpa por só pensar em seu trabalho, e se auto sacrifica em relação ao Estado, não se importando em deixá-lo pegar o seu quinhão e parasitar. A partir de seu relacionamento com Dagny e D’Anconia, e tendo contato com os padrões morais deles, um mundo completamente novo se abre e, com isso, consegue se livrar da culpa que carregava frente aos seus familiares, tornando a felicidade própria o seu propósito.

Inicialmente, Francisco D’Anconia é visto como um playboy fútil e irresponsável, interessado apenas em festas e nos prazeres da vida. No entanto, ao longo do livro, sua verdadeira faceta é revelada. Ele é um apaixonado pelo livre mercado e pela livre iniciativa. Ele acredita na importância do trabalho produtivo e no valor do dinheiro como um símbolo de conquista e realização pessoal. A filosofia de D’Anconia vem à tona no famoso “Discurso do Dinheiro”. Nele, ele expõe sua crença de que o dinheiro é produto do trabalho humano e da criação de valor, e que os princípios do livre mercado e da busca pelo empreendedor são fundamentais para o progresso da sociedade.

Por fim, mas sendo o mais importante, John Galt, um engenheiro extremamente inovador e é o primeiro a se retirar e a se revoltar contra os métodos coletivistas. Ele desempenha um papel de líder na Revolta das mentes brilhantes e começa a tirar os grandes produtores de riqueza e valor da sociedade, levando-os para o “Vale de Galt”, onde a razão, o individualismo e o trabalho produtivo são valorizados. A figura de Galt se torna um símbolo daqueles que se recusam a sacrificar seus princípios e suas habilidades em nome de uma sociedade que desvaloriza sua contribuição. No seu discurso final, traz os princípios do objetivismo de Rand, defendendo a importância do indivíduo racional e produtivo e criticando o Estado parasita, ineficiente e altruísta. A defesa do livre mercado e a busca da felicidade individual são fins morais para ele e para a autora, com a célebre frase: “eu prometo pela minha vida e pelo meu amor a ela que nunca irei viver em função de outro homem, nem vou pedir a outro homem que viva por mim.”

A Revolta de Atlas traz de forma muito clara os danos que um Estado coletivista pode causar à sociedade e apresenta a teoria objetivista de Rand como uma solução para se viver na Terra. O livro é para estar na prateleira de qualquer empreendedor que visa ao sucesso e à valorização do seu trabalho e sua individualidade. A razão deve ser o farol para as nossas tomadas de decisão e, como ela própria dizia, “ você pode ignorar a realidade, mas não as consequências de a ter ignorado”.

*Tito Kalinka – Associado I do Instituto Líderes do Amanhã.

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