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Renuncie Dilma! Pelo bem do país

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Dilma está pagando o preço do estelionato eleitoral que ela e seu partido perpetraram em 2014.  A lei que muda o indexador das dívidas municipais, por exemplo, foi uma iniciativa do próprio executivo, às vésperas da eleição, e visava a obter importantes apoios políticos à época.  Agora, assim como já haviam tentado fazer no caso da desoneração da folha de pagamentos, Levy e Dilma gostariam, mais uma vez, deixar o dito pelo não dito, o assinado pelo não assinado.  Não deu!  Principalmente porque há outras forças políticas interessadas no assunto.

A grande verdade é que Dilma hoje não tem qualquer autoridade moral para fazer os ajustes que o doutor Levy(atã) pretende.  Antes da eleição, escrevi um artigo para o Globo onde previa que a vida do novo presidente não seria nada fácil, qualquer que fosse o eleito, principalmente em virtude das imensas dificuldades para se reduzir despesas públicas no Brasil.  Dizia eu, na época:

Existe hoje praticamente um consenso entre economistas sensatos: um duro ajuste fiscal terá de ser feito, envolvendo o realinhamento de tarifas e a redução de gastos, para que o país retome o caminho da estabilidade e do crescimento, com juros baixos e inflação sob controle.

Esses mesmos economistas têm insistido que, independentemente de vontade política, não será possível, qualquer que seja o novo presidente eleito, reduzir substancialmente os gastos do governo central a curto prazo, tendo em vista que a grande maioria das despesas primárias refere-se a transferências de renda — Previdência Social, seguro-desemprego, Bolsa Família, pensões e salários do pessoal da União —, enquanto os gastos de custeio, alguns dos quais poderiam ser mexidos imediatamente, representam muito pouco em relação ao total.

(…)

Em outras palavras, a despeito de eventuais promessas de campanha e discursos prometendo milagres, é ilusão acreditar que, logo no primeiro ano de governo, por melhores que sejam as intenções e os níveis de gestão da equipe do novo presidente, haverá redução significativa dos gastos públicos.

Não será fácil, por exemplo, enfrentar as indefectíveis greves de funcionários públicos por aumentos de salários. Menos ainda lidar com a fúria dos aposentados, ávidos por aumentos reais dos seus benefícios. Pior ainda será, eventualmente, ter de congelar os valores do Bolsa Família e outras transferências de renda. Menos problemático politicamente, malgrado sua dificuldade operacional, será fiscalizar com rigor as concessões de seguro-desemprego e outros subsídios temporários.

Como se vê, não será nada fácil a vida do novo presidente, especialmente se ele tiver coragem de fazer o que precisa ser feito. A alternativa é continuar empurrando os problemas com a barriga e largar a fatura para as próximas gerações…

Depois de todas as mentiras e promessas eleitorais de Dilma, a situação se complicou ainda mais.  A oposição já percebeu que tem diante de si uma presidente fraca e aposta que, mais dia, menos dia, haverá um vácuo de poder.  Alguns (inclusive antigos aliados) estão procurando apressar esse dia, outros se candidatando a ocupar o poder quando o vácuo se impuser.

Por tudo isso, nas atuais circunstâncias, se Dilma realmente tivesse algum amor pelo país, como vive alardeando, a melhor coisa que poderia fazer seria renunciar.  Com ela no comando, as coisas só tendem a piorar.  Sem ela, ainda há alguma chance.

 

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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