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Reformas cruciais: reversão da mentalidade nacionalista e abertura econômica

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Num programa com o brilhante jornalista Diego Casagrande, creio que em outubro deste ano, ele me perguntou o que eu achava que deveria ser feito para o país avançar, se desenvolver.

Fui claro e direto, porém, para alguns “desavisados”, talvez genérico ao extremo.


As reformas mais importantes para o país, são a reversão – dura!! – da enraizada mentalidade nacionalista e a abertura econômica, liberalizando geral e paulatinamente o comércio exterior!

Basta analisar a fidedigna literatura especializada e os dados reais dignos de crédito para se constatar que os países mais abertos às fronteiras internacionais são aqueles que alcançaram maior crescimento econômico!

O bem-estar da maioria das populações é atingido positivamente por meio do comércio exterior.

Simples: indivíduos-consumidores acessam produtos e serviços de melhor qualidade, a preços mais acessíveis! Mesmo os bens que não são produzidos num país, ou aqueles que não são ofertados de maneira mais eficiente e competitiva, internamente, resultando em efetiva melhoria do padrão de vida de todos.

Por favor, é preciso mesmo acabar com a falácia nacional-desenvolvimentista, demagógica, populista, emocional e inconsequente, da perda de empregos para trabalhadores brasileiros!

Chega de procrastinação quanto à abertura comercial!

Evidente que a abertura econômica, sendo progressiva, gerará mais, não menos empregos e aumentos fundamentais em produtividade.

A competição é o ferro quente que “queima” e atiça empresários a inovarem em mentalidade, processos, produtos e serviços, obrigando-os ao alcance de maior produtividade e geração de novos empregos.

Abertura comercial e exposição a concorrência são condições indispensáveis para a incorporação de tecnologias sem as quais não haverá aumento de nossa participação nas cadeias globais de valor e em produtividade. Abertura econômica e inovação induzem a se fazer mais com menos.

Infelizmente, regionalização ativa no Mercosul é incerta. Tomara que prevaleçam interesses comerciais frente aos ideológicos.

Para se abrir de fato, é crucial que se avance com as reformas estruturantes e modernizadoras, a fim de que as empresas possam trabalhar mais livremente e agregar maior capacidade competitiva.

Urgentemente, necessita-se simplificar a estrutura legal e facilitar, promover e desburocratizar o ambiente de negócios sob o qual as empresas operam.

As reformas macro e microeconômicas liberalizantes intencionadas por Paulo Guedes produziram resultados ainda tímidos. A grande aposta foi feita no acordo União Europeia-Mercosul, amplamente duvidoso, tanto por aqui como também por lá.

Porém, iniciativas governamentais ainda acanhadas em relação a abertura econômica são penosamente dificultadas pela linda retórica proprietária e ufanista.

O principal empecilho continua sendo o glorioso mindset intervencionista, retrógrado e nefasto, idolatrado por populistas e incautos. No país do “a Petrobras é nossa!” (que horror!), a lei da inércia permanece viva e prosperando sobejamente.

Sobretudo, não se reflete economicamente; o centro do pensar – quando existente – é contaminado por paixões ideológicas.

Vale lembrar que na capital “politizada” dos pampas e da vanguarda do atraso, a grande comunista Manuela d’Ávila vem liderando as pesquisas para a Prefeitura!

A brisa social-nacionalista brasileira não habita exclusivamente os ares gaúchos e o pior, não é de intensidade moderada no ambiente geral do solo pau brasilis.

Guedes precisa pisar o pé no acelerador, pois não há mais espaço para se perder mais uma grande oportunidade para uma progressão definitiva, especialmente em relação à inescapável liberalização econômica, condição sine qua non para o crescimento econômico.

Como então romper a barreira da inércia e da procrastinação, emblemas da república nacional? Fazendo agora; planejando, agindo, implementando e controlando reformas liberalizantes profunda e urgentemente.

Por essa razão, continuo a escrever…

Os resultados pragmáticos da abertura devem mitigar a parcial e disparatada – ideológica – paixão nacional-desenvolvimentista.

Afinal, o grito protecionista emocionado da resistência verde-amarela nunca deixará se existir; é a “democracia” brasileira.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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