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Quem ganha com o socialismo?

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Ludwig Von Mises refutou a viabilidade do comunismo combatendo a ideia de economia estatizada – e o fez com a maior facilidade possível. Simples: se um agente coercitivo – no caso, o Estado – toma os meios de produção e estatiza tudo, não há mercado. Sem mercado, os produtos não têm preços. Se os produtos não têm preços, não há cálculo de preços. Sem cálculo de preços, não há planejamento econômico. Sem planejamento, a economia estatizada é impossível, e sem ela a ideia de comunismo morre também.

Depois de tantos anos passados, quem ainda aposta no comunismo ou na própria ideia de economia gerida pelo Estado depois da refutação do saudoso Mises só pode ser muito burro ou mal intencionado; mas, para os inimigos do capitalismo e do livre mercado, danem-se os fatos. A verdade é apenas uma opção a depender do momento e da conveniência.

Por que, então, temos tantas pessoas, think tanksagremiações políticas e chefes de Estados que lançam mão de tempo, energia, recursos e muito dinheiro na busca e na promoção de uma ideia fadada ao fracasso? Se algo é comprovadamente falho e todas as tentativas de colocá-lo em prática só geraram pobreza, genocídios e um estado permanente de miséria?

A resposta é bastante óbvia e não poderia ser outra: porque é vantajoso. A ideia do Estado onipotente e controlador gera benefícios para um pequeno grupo em detrimento da maioria esmagadora da população. Quem vive em um país historicamente marcado pelo controle de oligarquias que sempre usaram seu poder na esfera estatal para reafirmar sua autoridade deveria pensar nisso. Mas a coisa não surge no Brasil e nem tem raízes tupiniquins.

O século XIX foi a época do liberalismo. Os países europeus e demais potências capitalistas cresceram e desenvolveram-se como nunca. O capitalismo nos moldes do livre mercado garantiu avanços em todos os campos que se possa imaginar, além de possibilitar uma vida muito melhor para as classes populares – historicamente alijadas das benesses que o dinheiro proporciona. Também nesse período o mundo presenciou o surgimento de grandes fortunas advindas do sucesso de indivíduos no sistema de livre competição. A família Rockfeller, por exemplo, construiu seu grande patrimônio no referido século, assim como as famílias Ford e Morgan.

Com o tempo, os grandes empresários enriquecidos com o sistema capitalista liberal ficaram tão ricos a ponto de não desejar passar pelas provações e riscos do mercado. São os metacapitalistas, um grupo de bilionários que querem a destruição do capitalismo que os enriqueceu para controlá-lo a seu bel-prazer. A maneira encontrada para chutar a escada dos empresários e investidores pequenos foi óbvia: usar o Estado para impor regulações e legislações insanas com o objetivo de limitar o mercado e dificultar a vida daqueles que queriam empreender e obter o mesmo sucesso dos bilionários. O primeiro passo foi controlar a economia americana com um órgão estatal com poderes gigantescos sobre a mesma. Daí temos o FED, o tal do banco central americano, criado em 1913. Desde então, os EUA passaram por mais crises e recessões do que no modelo antigo e desregulamentado. E quem lucra com esses acontecimentos? Os próprios idealizadores do novo modelo.

Mesmo controlado e proveitoso aos metacapitalistas, o capitalismo ainda ofereceria certos riscos. Então a Revolução Russa e o comunismo ofereceram a oportunidade dourada. A ideia de estatização total da economia é inviável e já vimos isso no começo do artigo, mas todos os esforços para obtê-la iriam gerar alguma outra coisa ainda mais proveitosa. O resultado disso seria um socialismo econômico às claras – mas que no fundo continuaria sendo um capitalismo oculto. O Estado seria o regulador e controlador único da economia e os donos do poder decidiriam para onde as coisas iriam ou não. Por isso mesmo não são surpresa alguma as doações em dinheiro que Lênin e os bolcheviques receberam de banqueiros e bilionários ligados ao grupo metacapitalista – o livro Política, ideologia e conspirações conta em detalhes o financiamento da Revolução Russa.

O fracasso da URSS não mudou em nada os planos globalistas de controle total da economia. Organismos supranacionais como a ONU e a OMC – vendidos com a encarnação da benéfica globalização – são na verdade instrumentos de diluição das soberanias nacionais e, paradoxalmente, maior controle interno. E quem está no controle de tais organismos? Os próprios metacapitalistas.

O dito socialismo democrático – vendido como a solução para as desigualdades econômicas e combatente dos privilégios – é nada mais que totalitarismo estatal a serviço de grupos de interesse que lucrarão ainda mais com a sua implementação. Não à toa os grandes patrões dos partidos de esquerda mundo afora são megainvestidores e banqueiros ligados à ONU. O Partido Democrata é quase controlado inteiramente por George Soros, um bilionário globalista que banca causas como aborto, casamento gay, liberação das drogas e fronteiras abertas – tudo isso para o Estado onipotente se realizar.

Mesmo com a impossibilidade da estatização total da economia, fortunas continuarão a ser gastas para a tentativa de realizá-la. E os bilionários irão ganhar ainda mais com isso – não os pobres supostamente explorados pelo capitalismo. Quem ganha com o socialismo é quem tem muito dinheiro e poder.

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Carlos Junior

Carlos Junior

É jornalista. Colunista dos portais "Renova Mídia" e a "A Tocha". Estudioso profundo da história, da política e da formação nacional do Brasil, também escreve sobre política americana.

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