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Quatro qualidades essenciais para um presidente

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Mesmo em lugares onde os partidos representam de modo fidedigno as ideologias políticas, não é possível prescindir dos atributos pessoais do líder. Dada a experiência desastrosa que temos tido, elaborei uma lista com as qualidades que um chefe de estado deve possuir.

1. Civilidade e boas maneiras. Precisa explicar? Queríamos um presidente autêntico, e aprendemos a diferença entre autenticidade e civilidade. Todo líder precisa, em algum momento, tomar medidas impopulares. É melhor que faça isso de forma educada do que com deboche ou emprego de grosserias. É um paradoxo: as democracias garantem a possibilidade de qualquer um poder chegar lá, mas, para chegar lá, a pessoa deve ser um gentleman ou uma lady. O povo sonha em ser aristocrata.

2. Inteligência e humildade. São atributos que dependem um do outro. O ideal é poder ter um líder humilde e inteligente, mas essas características estão raramente combinadas.
Um povo aceita um líder arrogante, mas ele precisa ser muito inteligente, como foi Winston Churchill. E, mesmo assim, os ingleses suportaram mais do que amaram. E um povo aceita um líder burro, mas ele tem de ser muito humilde e saber os seus próprios limites intelectuais. Foi o caso do Ronald Reagan, que tinha problemas em entender os briefings diários, mas percebeu o seu próprio tamanho, cercou-se de pessoas mais inteligentes do que ele e, sobretudo, não falava a primeira coisa que lhe vinha à cabeça e sempre consultava os seus assessores. O problema aqui é que as pessoas (e, em especial, os políticos) são geralmente muito benevolentes ao mensurar a própria inteligência. Sugiro um teste de Q.I., para maior objetividade. Para não errar, sugiro enfatizar a humildade. É uma qualidade rara hoje em dia, mas ninguém erra em ser humilde demais.

3. Precisa saber lidar com as mais diversas mídias. Temos aqui uma combinação entre carisma e um savoir-faire em face das mídias eletrônicas. Estou a constatar um fato, não a exprimir um juízo de valor. Sem dúvida alguma, atores e apresentadores de televisão levam alguma vantagem. Paradoxalmente, blogueiros (ainda) não. Boa parte dos eleitores não acompanha ou acompanha mal as mídias sociais; portanto, um rosto conhecido e aprovado pelas mídias tradicionais ainda é preferível. Mas esta pessoa precisa saber se comunicar nas mídias eletrônicas, para que o seu nome esteja sempre martelando na cabeça de todos. Vivemos tempos de eleição pela exaustão.

4. Sorrir sempre. Gostamos de políticos sérios, mas não gostamos de pessoas sérias. Candidatos precisam sorrir para ganhar eleição porque isso causa simpatia, e líderes devem sorrir, porque isso transparece que está tudo saindo conforme o programado. Gera segurança. Ele sabe o que está fazendo.

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Paulo Emílio Borges de Macedo

Paulo Emílio Borges de Macedo

É Professor na UFRJ. Estudou Direito internacional no Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina.

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