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A “Primavera” Venezuelana

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Acompanhando como consigo as manifestações na Venezuela, pois a censura imposta pelo governo por lá é diabólica, lembro da Primavera Árabe.  Serei apenas eu?

Os venezuelanos estão se manifestando contra o governo, mas principalmente contra os estragos provocados pelo Chavismo desde 1999, com seu Socialismo Bolivariano, sua filosofia de boteco.

Nicolás Maduro é o escolhido para o estouro da bomba, mas não está isento. Como Maduro tentou resolver os problemas criados pelas políticas socialistas bolivarianas na Venezuela? Através de mais políticas socialistas bolivarianas que agravaram a situação até o insustentável.

Há escassez e inflação? Coloquemos a culpa nos empresários e empreendedores, justificando porcamente uma política de controle de preços, mesmo sabendo que o cálculo de preços pelo Estado é impossível, pois este não está sob as regras do mecanismo de lucros e prejuízos, nem do sistema de preços. O resultado? Mais escassez, produtos inferiores a preços maiores. Os bons produtos e serviços? Estão no mercado negro e mais caros devido ao risco.

A insegurança e os índices de violência contra cidadãos ordeiros aumentaram? Vamos resolver isso desarmando os cidadãos e esperando que agora que não podem se defendem sofram menos violência. Só faltou combinar com os bandidos.

Os empresários estão lucrando muito? Isso é ruim, vai que eles resolvem gerar riqueza e empregos, distribuir renda, desenvolver a atividade econômica e mostrar que a glória é deles e não do Estado, que na verdade só atrapalha. Isso é muito perigoso, logo, devemos instituir lucro máximo para forçá-los a produzir produtos e prestar serviços inferiores para cortar custos e manter o lucro aceitável. Ah, mas vamos garantir que façam exatamente isso, criando uma lei que os impeça de demitir seus funcionários por no mínimo um ano, pois com certeza tais funcionários sabendo que tudo podem e não serão demitidos, trabalharão com muito mais qualidade e ganharão bem mais, apesar da falta de motivação, certo?

Essas são as medidas de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Os efeitos estão claros: mais escassez, renda menor, migração de produtos e serviços “melhores” para o mercado negro, aumentando seus preços devido ao risco, sucateamento de produtos e serviços para impedir a falência e aumento da violência contra os cidadãos, pois agora estão indefesos, enquanto os bandidos obviamente não entregarão suas armas e se aproveitarão do fato para cometer mais crimes.

E quando a bolha finalmente estoura de quem é a culpa pelos anos de Chavismo e políticas econômicas burras de Nicolás Maduro? Dos golpistas, oposicionistas, imperialistas e empresários/empreendedores, que estão boicotando a Venezuela para viabilizar um golpe de Estado (e no caso da violência, a culpa é das novelas e do Homem Aranha). Seria cômico se não fosse trágico. Maduro começa a se tornar uma figura das mais caricatas.

Os cidadãos, que não suportam mais a miséria da Venezuela, disfarçada pelos petrodólares que não são eternos, se manifestam, vão às ruas e morrem. Cidadãos assassinados por lutar contra o Estado e o socialismo bolivariano (ao contrário do que fazem os manifestantes daqui, lutando por ainda mais Estado para resolver os problemas criados pela existência do Estado).

E como são tratados esses cidadãos pelo próprio presidente? Como escória. Maduro chama-os de fascistas da direita. Como? O próprio Benito Mussolini definiu o fascismo como “tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”. Então, indivíduos que lutam contra o Estado são chamados de “fascistas”, ou Maduro é ignorante e burro, ou intelectualmente desonesto, ou ambos.

Uma definição mais precisa de fascismo: um sistema estatal que transforma o setor privado em cartéis controlados por grandes empresários com ótimas conexões políticas e que financiam o próprio Estado. O fascismo atribui ao Estado todas as virtudes e o situa como centro de toda a ordem, negando aos indivíduos o poder sobre si mesmos. O Estado fascista é o senhor absoluto de toda a sociedade.

Ora, são esses valores da Direita? Não! Pois ela defende o Livre Mercado, a diminuição do Estado, a concorrência, os direitos individuais, a liberdade econômica e situa o indivíduo no centro da sociedade, ou seja, como o único responsável pelas transformações sociais, garantindo justamente a propriedade sobre si mesmo.

Ocorre que os fascistas combateram os socialistas e comunistas. Logo, assim como os nazistas (seus aliados) foram situados à direita apenas por combaterem tais ideologias. Isso significa que para os socialistas e comunistas se você não for um deles, então pertence à direita e ponto. Ao analisarmos o fascismo (assim co o nazismo) fica claro que se trata de uma doutrina de esquerda, com valores fundamentais à esquerda como controle dos indivíduos pelo Estado, intervencionismo e censura.

Imputar o termo fascista a opositores é tática antiga da esquerda, não só na Venezuela, mas por todo o mundo. É exatamente isso que faz Nicolás Maduro. O presidente venezuelano chama os opositores e manifestantes daquilo que suas próprias políticas o aproximam. Quem sabe gritando que os outros são fascistas, convence aos demais. Ou então, deixando bem claro seu ódio pelos manifestantes e opositores; vociferando contra eles com ódio nos olhos e palavras, consiga passar a impressão que os outros é que são odiosos. Algo do tipo: “nossa, devem ser muito odiosos para serem tão odiados”, pior que há quem caia nessa.

Em meio a tudo isso, Maduro convoca a própria militância para defendê-lo nas ruas, às quais ele mesmo não irá durante as manifestações. Dividir o povo ao meio e jogar uns contra os outros é importante para o plano de domínio esquerdista, pois uma guerra civil justificará a intervenção mais “virulenta” do Estado e a imposição de uma Ditadura Socialista Bolivariana para “proteger o povo de si mesmo”. Mas quem protegerá um povo reprimido, violado e desarmado, daquilo que ele combate (o Estado)? Quem está realmente perto de um golpe de Estado?

Enquanto presenciamos a violência e repressão predominando no Governo venezuelano contra seus próprios cidadãos, o Governo brasileiro a idiotas úteis de plantão apoiam abertamente Nicolás Maduro. O governo venezuelano prende opositores arbitrariamente (como o líder oposicionista Leopoldo Lopez), assassina estudantes, censura a mídia e reprimem violentamente os manifestantes, para o ex-presidente Lula fazer vídeoa apoiando esse regime totalitário asqueroso.

Fico triste que Chávez não está vivo para presenciar o resultado de suas políticas socialistas na Venezuela.

Ou os venezuelanos levam até o fim suas manifestações e expulsam do poder a corja lá instalada e que leva a Venezuela à beira da desgraça, ou a cubanização da Venezuela será inevitável e irreversível. 

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Roberto Barricelli

Roberto Barricelli

Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça. Roberto Lacerda Barricelli é autor de blogs, jornalista, poeta e escritor. Paulistano, assumidamente Liberal, é voluntário na resistência às doutrinas coletivistas e autoritárias.

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