Pontistas do mundo todo, Uni-vos!
Acho fraco o discurso de que ser liberal é defender a liberdade humana.
Entre liberdade e prato de comida, a maior parte vai optar por um prato de comida, que é concreto.
A liberdade, digamos, é um meio para que as pessoas melhorem a qualidade de vida.
Se existe um grande objetivo de qualquer projeto social, político e econômico, se resume sempre em um slogan: melhorar a qualidade de vida da sociedade.
Ninguém vai apostar num projeto por questões abstratas; todos os dias as pessoas estão pensando em uma forma de melhorar de “a” para “b” – é o que diz Mises no livro “Ações Humanas”.
A grande motivação do ser humano é sair de uma situação de menos conforto para uma de mais conforto, simples assim.
O liberalismo 3.0, que é o movimento que defendo hoje em dia – sou um Pontista; veja aqui o que isso significa (https://pt.slideshare.net/
Hoje, as organizações são os rabos balançado o cachorro.
Há corporações cada vez menos meritocráticas mandando na nossa vida, o que torna a vida cada vez mais cara e pior.
A luta do século XXI é por melhorar a nossa qualidade de vida em todos os campos e para isso precisamos de organizações que funcionem da forma mais barata possível com a melhor qualidade.
Isso não vai acontecer com centralização privada ou pública, mas com o empoderamento das pontas, e isso passa FORTEMENTE pela inovação tecnológica.
Não faremos organizações melhores na Topologia de Rede Analógica do Século XX. Sem tecnologia, não haverá mudança nas organizações.
Precisamos de escolas-waze, universidades-waze, organizações-waze, cada serviço sendo avaliado pelo consumidor, de fora para dentro.
Isso se chama Inovação Participativa!!!
Ser liberal 3.0 é apostar todas as fichas contra as leis corporativas que impedem vizinho de emprestar dinheiro para vizinho para abaixar o juros, via aplicativos.
Lutar pelo fim de concessões estatais de rádios,televisões, de aviação, de saúde, de celular, de escolas. É descentralizar o poder.
Não estamos lutando por liberdade, mas por melhores condições de vida, o que obviamente se conseguirá com liberdade, mas é preciso apontar claramente qual é a prisão em que estamos metidos, para saber com que chave vamos abrir a porta.
O liberalismo 3.0 não é a luta contra o Estado, ou apenas a favor do Estado Mínimo; é uma revisão completa da forma de operar, de se validar, de contratar, de promover, de demitir, de oferecer serviços e produtos das atuais organizações, onde se inclui Justiça, Educação, Previdência, Política, Universidades.
Mas não apenas quanto a se serão públicas ou privadas, mas na forma com que elas operam, no espaço que dão para a sociedade fiscalizá-las e fazer delas instrumentos para nossa melhor qualidade de vida.
O liberalismo 3.0 é contra a centralização de poder, que ocorreu nos últimos dois séculos, em função da demografia,.
Não é um movimento baseado no ódio, mas na compreensão racional de que as organizações atuais já deram o que tinham que dar, ficaram obsoletas (obrigado por nos trazerem até aqui), mas agora é hora de reinventar a sociedade.
Temos que deixar os conceitos esquerda e direita no século passado e entender que a luta hoje é dos centristas, que querem manter o atual corporativismo organizacional, contra os pontistas, aqueles que querem descentralizar e inventar novas organizações mais voltadas para a sociedade.
Não é mudar o centro, mas refazer o modelo por completo.