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Reforma administrativa e o fim dos privilégios

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Recentemente entrou em pauta mais uma vez um dos mais absurdos privilégios dos magistrados brasileiros: as férias de 60 dias concedidas como “direito”. A origem da defesa deste privilégio não poderia vir por um motivo mais revoltante. Aconteceu após uma crítica ao gasto absurdo deste privilégio.

As férias de 60 dias são uma afronta ao trabalhador comum brasileiro, que, dentro do seu regime de CLT, tem direito a 22 dias de férias (que, descontados os sábados e domingos não considerados dias comerciais, se tornam 30), porém, devido aos custos dos encargos, sempre é optado por dividir esses períodos de férias em duas ou três parcelas, resultando em férias de duas semanas – enquanto os magistrados podem ficar 60 dias encostados em casa recebendo seus salários e benesses sem se preocupar, isso quando não as vendem para ganhar uma bolada com o valor destas férias.

Ao custo de 4 bilhões por ano, as férias de magistrados oneram o cidadão comum, que tem o seu bolso arcando com o período extraordinário de descanso de uma das classes mais ricas do Brasil.

Na cultura nacional, o patrimonialismo virou uma regra geral para funcionários de elite. Para eles, o estado lhes pertence e a eles tem que servir, e não mesmo o contrário. Vivemos no país dos absurdos.

Enquanto grande parte do país ainda vive com empregos em situação de informalidade, a educação e as ciências entram em falência por falta de dinheiro, negócios se fecham na pandemia e falta verba para insumos contra o COVID, magistrados seguem intocados como uma casta superior.

E o que sobra ao cidadão? O belo pé na bunda do estado diante de si para arcar com os privilégios de uma única classe. O senso de realidade ficou pelo caminho.

Neste cenário, o papel da reforma administrativa é fundamental para acabar com os privilégios de classes que já ostentam os maiores salários do país e por vezes efetuam recebimentos ilegais por trabalhar em dois tribunais – e excedendo o teto constitucional.

Porém, como podemos ver, o lobby de funcionários que querem assegurar seus privilégios de nobreza perante os cidadãos brasileiros acaba por agir e começa a tentar enganar o povo, como se este fosse bobo e aceitasse tranquilamente o fato de que um dos judiciários mais lentos do mundo possa aumentar o período de sua lentidão com magistrados que ficam dois meses afastados de suas funções.

*Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook.

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