Os aplicativos e a exploração do governo

06/03/202412/03/2024 Roberto Rachewsky

iFood, Rappi, Uber, etc., são empresas privadas que produzem o que o governo destrói: oportunidades.

Quando alguém quer algo, outro quer oferecer esse algo e um terceiro fará a ponte. Essa ponte tem uma forma digital, a conexão entre quem vende e quem compra para realizar a transação que inclui seleção e pagamento do objeto adquirido; e a forma analógica para realizar a entrega desse objeto.

A forma digital antecede e permite que a forma analógica exista. A forma digital se baseia no conhecimento e na tecnologia; a forma analógica, no esforço físico.

Ora, os aplicativos não exploram os entregadores. Eles apenas geram oportunidades que antes eram precárias ou inexistiam. Quem explora as oportunidades criadas pelos aplicativos são os que aderem ao serviço para aproveitarem oportunidades que sem os aplicativos inexistiriam. Oportunidades exigem liberdade para quem oferece e quem aproveita.

A exploração, no sentido de aproveitamento, é uma necessidade do ser humano; explora-se a própria mente para descobrir ideias que poderão resultar em aplicativos, em produtos ou serviço. A exploração através do uso da razão é uma via de duas mãos que cria benefícios para todos os envolvidos conforme o valor que cada um cria no processo. É a justiça, o mérito, aplicado às relações humanas.

Quando o governo intervém nesse processo que segue uma ordem espontânea, impondo sua visão pela coerção, toda a cadeia produtiva geradora de oportunidades é negativamente afetada, perde-se oportunidades, porque elas precisam de liberdade para existir e liberdade no contexto social significa ausência de coerção.

No livre mercado, os agentes exploram uns aos outros com o que têm de bom para oferecer, jogo ganha-ganha. A exploração do governo é predatória, de via única, é jogo de soma zero.

Para o governo ganhar algo, alguém tem que perder.