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O que é uma democracia?

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A pergunta é simples, mas a resposta é complexa. Uma mesma palavra pode ter significado diferente para cada pessoa. A Coreia do Norte, por exemplo, se autodenomina República Popular Democrática da Coreia do Norte, embora só tenha “democrática” no nome. Segundo o instituto Freedom House, “a democracia é um sistema de governo baseado na vontade e no consentimento dos governados, em instituições que prestam contas a todos os cidadãos, na adesão ao Estado de direito e no respeito pelos direitos humanos”.

No Brasil, a quebra da Constituição, a privação de direitos individuais e a censura viraram pretextos para defender a democracia. Isso gera uma confusão no meu cérebro. Como um erro pode consertar outro erro? Uma democracia permite censura? Uma democracia permite o fim do Estado de direito? Uma democracia é para alguns e não para todos os cidadãos?

Murray Rothbard e Hans-Hermann Hoppe – em seu livro Democracia, o Deus que Falhou – argumentam que, nas democracias atuais, similarmente ao que acontecia na monarquia, grupos que assumem o poder tomam para si as decisões cujo benefício não é para todos, apenas para aqueles que estão no poder.

Na mesma obra, os autores trazem o conceito econômico de preferência temporal. A partir desse conceito, entendem que, quando um governador não considera que suas decisões irão repercutir no tempo, muitos recursos públicos podem ser alocados erroneamente buscando-se apenas benefícios temporários.

Ao analisar o que vem acontecendo no Brasil, não é diferente. Embora muitos falem sobre democracia, poucos querem praticá-la.

Como pode alguém defender a democracia e receber com tapete vermelho um ditador? Como pode condenar um Estado livre e democrático como Israel e não tecer uma crítica à Rússia de Putin, que, por um capricho de um líder, tem causado milhares de mortes para ambos os lados?

Nunca entendi por que os líderes que mais falam em defender a pobreza são os que mais geram pobreza. Veja a história da Argentina, Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, entre outros países. Parece que essa palavra agora mudou. Tudo em nome da democracia. Em nome dela, podem confiscar sua produção, sua propriedade privada, regulamentar a liberdade de expressão (isso é possível?), proibir questionar a ciência (algo que nem mesmo a ciência permite, podendo tudo ser questionado). Quero para meu país uma democracia verdadeira, que seja para o povo, onde sejamos livres para expressar nossas religiões, opiniões – mesmo que sejam estúpidas. Que tenhamos o direito de ficar com o que produzimos e, sim, que também tenhamos um olhar para o próximo: é importante ajudar quem está do lado, mas não nos sacrificarmos.

*Lucas Cambraia Bahia Coutinho é Investment Advisor na Bankshop e associado no Instituto de Formação de Líderes (IFL-SP).

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