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O “legado” sombrio de George Lincoln Rockwell

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Na foto acima, o sujeito à esquerda é George Lincoln Rockwell (1918-1967). O “legado” dele foi muito comentado esta semana no Brasil, ainda que seu nome tenha permanecido ausente: ele foi o fundador da primeira versão do Partido Nazista dos Estados Unidos, em 1959.

Rockwell foi militar removido das Forças Armadas por suas ideias bizarras e negador do Holocausto, ele confronta, na foto, Martin Luther King Jr. (1929-1968), a quem via como um “instrumento dos judeus comunistas para dominar a comunidade branca” (?).

O detalhe curioso sobre esse lunático, que pode dar nós em algumas mentes contemporâneas, é que, se enfrentava King, Rockwell chegou a elogiar e citar diversas vezes líderes do movimento negro da época, como Elijah Muhammad (1897-1975) e Malcolm X (1925-1965). Dentro da organização conhecida como Nação do Islã, essas lideranças sustentaram naquele período uma emancipação dos negros, mas efetivada através da segregação, antagonizando movimentos como o do próprio King, que queria a integração étnica do povo norte-americano. Misturando o Islamismo com um tipo de “nacionalismo negro”, eles queriam organizar uma sociedade livre da presença dos brancos.

Esse posicionamento soava como música aos ouvidos de Rockwell – afinal, segregar era o que ele mais queria. Elogiou Muhammad por entender que a miscigenação era uma “fraude judaica” (??), proclamou que sentia profundo respeito por ele, chegou a fazer uma doação à Nação do Islã e discursar em um evento em Chicago com o próprio Muhammad e Malcolm X.

Rockwell, Luther King e Malcolm X foram todos assassinados. Apenas Elijah Muhammad faleceu por causas naturais.

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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