O axioma do viés de confirmação

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Reiteradas vezes, tenho dito e escrito que, nesse novo mundo de uma “nova consciência progressista”, da pós-verdade, os vícios do fracasso são enaltecidos ao limite e se sobrepõem em muito às virtudes do sucesso. Uma tendência “moderna” que tem saltado aos meus pequenos olhos se refere a uma glamourização desse mesmo fracasso.

O mundo parece ter se metamorfoseado em um palco sombrio, dantesco, para a encenação de insucessos, dores, angústias, injustiças e, claro, um Everest de lamentações e do lado negro do sentimentalismo. Nada mais natural. O “progressista” da hora é sempre algo que faça chocar e, portanto, aquilo que arrebata o interesse, a atenção e as emoções baratas de plebeus.

Histórias de homens  e mulheres membros do grupo LGBTQIA+… – que fracassaram para, posteriormente, alcançarem a fama e o poder, “comuns” que comeram o pão que o diabo amassou e depois prosperaram, enfim, indivíduos que tentaram “milhões” de vezes até vencerem, a apoteose de “artistas” descendentes da cena popular, tudo isso e muito mais tornaram-se exímios ativadores de fortes emoções, choros, comoções e paixões.

Pergunto-me, primeiro, se tal processo sequencial é compulsório; segundo, se correlação é causalidade e, terceiro, se tem de ser assim. Pois é. O que vale hoje, e que deve ser publicizado efusivamente, são os sentimentos. Eu abomino sentimentalismo barato, mas estamos mergulhados nesta “nova era romântica”!

Com tal nova consciência, desimportante é a verdade – tem valor, trivialmente, aquele que diz. Primeiro vem a decisão; depois, em algumas situações, o veredicto.

A lista de situações recentes que recaem sobre essa regra é vasta. A verdade objetiva das coisas, assim como os incentivos, estão de cabeça para baixo. A pura emoção, trajada sob o véu da verdade, transformou-se na verdade – embusteira. A mentira passa a ser aceita sem nenhum rigor, acriticamente, pelo simples desejo e vontade da turma dos “modernos progressistas”. E o pior é que tem colado… Afinal de contas, a trupe progressista controla todas as instituições!

Ligue a TV, o rádio, e comprovarás com teus próprios olhos e/ou ouvidos o que a ex-mídia, torcida organizada progressista, decreta como verdade, mesmo tendo que exercitar orgias mentais, a fim de contornar as farsas e os deslizes de seus companheiros.

É importante frisar, como tenho feito, que a galera do “progresso” domina o nascedouro das falácias, das “embustices”, das falsidades e das frivolidades: a universidade. Justamente em função disso é que os momentosos temas de pesquisa atuais são grotescos e risíveis, inúteis para a realidade pragmática, e as falsas “teorias” tomaram o lugar das verdadeiras teorias, aquelas que factualmente, até o momento, são irrefutáveis.

As “teorias vermelhas” são irrefutáveis, uma vez que não se deseja e/ou não se deixa que estas sejam contestadas.

Na verdade, tais “teorias” são meras vontades, fruto de desejos e de interesses ideológicos. A ciência com “C” grande se escafedeu, tomando o seu lugar o sectarismo ideológico, em que as vontades e os sentimentos fazem o impossível para transmutar a razão e o conhecimento factual. Incontáveis são as bobagens disfarçadas de ciência que circulam por aí!

As teorias com “T” maiúsculo são aquelas que exigem e resistem à refutação, algo inexistente para as “teorias vermelhas”. Nenhuma novidade, tristemente. Nesta nova era de uma “nova consciência”, o que se vê e o que não se vê, é somente o famoso viés de confirmação. Em todas as instâncias, só se interpreta, se pesquisa e se afirma aquilo que vai ao encontro de crenças e/ou de hipóteses rigorosamente alinhadas à ideologia coletivista, aquela que se deseja confirmar, custe o que custar.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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