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A guerra cultural invadiu todos os redutos

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Era 2021. Um amigo meu, judeu como eu, também amigo de Facebook, dizia-me que “esse negócio de ideologia e de guerra cultural não importam…”. Faz tempo que ele não interage comigo; talvez tenha se cansado de discutir sobre política, economia e negócios.

Embora respeite sua inteligência, devo reiterar o que eu afirmava e confirmar que ele estava completamente equivocado. Trivialmente, são os fatos e as evidências do desalentador mundo real político e empresarial.
Tudo tem um começo e trágico fim. Foi Gramsci quem afirmou que a tomada do poder coletivista deveria ser precedida por uma transformação cultural, que acarretaria uma mudança de mentalidade social. Tais mudanças seriam realizadas pelos intelectuais e “acadêmicos”- digo ungidos -, principalmente no seio das universidades.

Não há nada mais transparente que a constatação da defesa de bandeiras ditas “progressistas”, tais como a defesa de minorias identitárias e a ideologia de gênero, por “intelectuais”, universitários e/ou por esses, sentados em cafés “da hora”, em Paris ou em New York.

É justamente esse “progressismo sem progresso” que me faz ser, cada vez mais, cético e pessimista. Esses apologistas do coletivismo me fazem concluir sobre a fragilidade de nossa própria civilização. Nenhuma novidade. Quando se joga na lata do lixo os valores civilizacionais judaico-cristãos, não se esperaria nada distinto.

Vive-se num mundo do negacionismo dos valores virtuosos, no “moderno” multiculturalismo, não o da convivência harmônica, mas da coerção e da intolerância radical. A civilização retrocede a passos largos. O peçonhento relativismo moral, de que não existe o certo e o errado, corrompe-nos, definitivamente.

Nesta lógica ilógica progressista, como aceitar que os desumanos terroristas do Hamas são simplesmente diferentes, não sendo eles, verdadeiramente, monstros de carne e osso, praticantes secretários da barbárie, do ódio e do terror?

As universidades do pensamento canhoto único, transformaram jovens idealistas em militantes do ódio, do rancor, da inveja e do animalesco. Não, não é de agora, como no caso do “professor-militante marxista” do Colégio Anchieta, defensor do Hamas, que esses vermelhos imorais encharcam as mentes e os corações de meninos e de meninas com mentiras, distorções, interesses ideológicos e muita cólera e bestialidade. A formação de “mentes revolucionárias” é um processo conhecido e antigo.

Não há mais limites para que os instintos humanos sejam exteriorizados de forma selvagem. O vale tudo impera, já que os valores morais e éticos foram subvertidos. Vejam, o Hamas não é, objetivamente, um grupo terrorista, é apenas um “grupo político”, com seus “combatentes”… horror!

Sendo assim, jovens guerreiros sociais saem às ruas para advogar a favor de assassinos de bebês, de crianças, de mulheres, de jovens, de adultos e de idosos, claro, judeus. A hipocrisia esquerdista devastadora também rompeu os portões empresariais. Grandes empresas e seus “estadistas” (risos) agora advogam pela teoria radical de gênero, pelos transgêneros, pelas minorias identitárias etc. e tal.

É mesmo? Nunca se viu e/ou se sentiu tanto o silêncio desses “salvadores da pátria”, como no presente massacre israelense. Ativistas do ativismo caolho, “progressista”, sem dúvida, fazem a diferença nesse mar de lama e sujeira, defendendo o indefensável, ou seja, terroristas assassinos.

Também aqui não há novidades. Empresas utilizam a ideologia de esquerda para fins cínicos e efêmeros, porém, o mercado, felizmente, já está percebendo a olhos nus a abissal incongruência entre as narrativas bom-mocistas empregadas e a respectiva prática operacionalizada por elas.

A guerra cultural é sanguinária e tem a cor do sangue, pautada essencialmente sobre o vazio de princípios, de um relativismo moral que, além de sangrar, destrói-nos. Como judeu, o momento é chocante. O antissemitismo está nas ruas, nas empresas, os sinais estão em toda parte. Surreal perceber que o ódio e a intolerância, instigados pelo relativismo moral, possuem vozes e canais livres. Esqueceu-se o “nunca mais”. Eu, jamais!

Pois a ex-grande mídia faz sua nefasta parte, impulsionando e invertendo o certo, a fim de alcançar seus objetivos mercantilistas e ideológicos. Funesto. Não sei… Fato positivo é que os consumidores já estão boicotando produtos e serviços de empresas que mentem defender essas bandeiras ditas “progressistas”.

Não parece haver outra saída. Só a pressão popular poderá auxiliar a trazer a verdade de volta ao campo civilizacional. Muito difícil!

Chegamos neste alarmante ponto da história. Muitos, como eu, estão indignados com a erosão dos valores civilizacionais e a escassez de limites, aqueles que sempre balizaram o comportamento humano saudável, e que formam a base da vida em um estado liberal de verdade. Será possível trazer de volta esses valores virtuosos que construíram a civilização ocidental?

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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