7 problemas do fundo eleitoral
Isso significa que a distribuição entre os partidos não é nada justa.
3. Aumento de poder para caciques partidários
Em última análise, quem define como é distribuído o dinheiro do fundão é a alta cúpula dos diretórios municipais, estaduais e nacionais dos partidos. Isto é, os caciques partidários, que tendem a beneficiar os aliados (ou a eles próprios, quando estão concorrendo também).
4. Falta de transparência
Pela baixa falta de critérios de governança dos partidos e da falta de exigências legais na distribuição do fundão, os três primeiros itens listados são endossados em virtude da falta de transparência da distribuição de dinheiro público.
5. Dificultar a renovação política
Outro problema é a forma como esses valores acabam por dificultar a renovação política.
6. Aumento exponencial
Antes de 2016, o dinheiro público em partidos e campanhas era direcionado apenas para o fundo partidário, que foi criado em 1995 com a cifra de R$ 181,7 milhões. De lá para cá, ele aumentou mais de 10 vezes, e custa R$ 2 bilhões.
Somado ao possível fundo eleitoral, de R$ 4,9 bilhões, significa que os valores públicos destinados para partidos e campanhas em 2022 será de R$ 6,9 bilhões, um aumento de mais de 3800%!
7. Seria financiar campanhas a maior prioridade do orçamento?
Os recursos hoje destinados para o financiamento público de campanha poderiam ser destinados para áreas essenciais, como saúde, segurança ou educação, ou mesmo ajudar a reduzir a dívida pública ou diminuir impostos. Isso reflete bem a prioridade dos políticos.
De acordo com pesquisa do Instituto Millenium, 9 em cada 10 brasileiros acreditam que o valor do Fundo Eleitoral é acima do que deveria ser.
Como diz o economista Thomas Sowell, “Os políticos não estão tentando resolver os nossos problemas: eles estão tentando resolver seus próprios problemas – ser eleito e reeleito é a prioridade número 1 e a número 2. O que quer que seja o número 3, está bem longe atrás”.
Considerações finais
O Fundo Eleitoral beneficia os maiores partidos, empodera caciques partidários, não possui transparência, governança nem prestação de contas eficiente, favorecendo fraudes. Dificulta também a renovação política e ainda reflete imoralidade de financiar ideias com as quais o eleitorado não necessariamente concorda.