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Pobre pode ser de Direita? Comentando o vídeo de Luiz Felipe Pondé

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Há alguns dias o filósofo Luiz Felipe Pondé respondeu à pergunta: “Pobre pode ser de Direita?” Ele iniciou dizendo acreditar que os pobres são mais de Direita do que de Esquerda, pois o fato de precisarem trabalhar os torna mais responsáveis por si mesmos e próximos do liberalismo e da responsabilidade individual.


Ele afirmou que vários “filhinhos de papai […] morrem de vontade de ter nascido pobre porque acham que com isso seria mais justo.” Enquanto estive envolvido com a Esquerda cansei de ver esse tipo de coisa. Sujeitos que moravam em bairros nobres de São Paulo frequentando protestos na periferia que, no fundo, não passava de um lugar “exótico” a ser sociologicamente explorado pelos abnegados dos condomínios.

Depois Pondé aponta que esses mesmos “filhos de papai” vivem discutindo com os pais. Tive contato com filhos de petistas que integravam seitas trotskistas como a LER-QI, mas que não falavam com os pais por discordarem politicamente. A única ligação entre eles era a grana que o pai depositava mensalmente. Mas aí a crítica ao burguês desaparecia como um passe de mágica.

Quem sabe não é o caso da menina que supostamente teria perdido a visão de um olho numa “manifestação” contrária ao governo Temer? Ela, conforme mostram as fotos, experimenta uma decadência análoga a de um usuário de drogas. A única diferença é que a droga dela é ideológica (ainda mais tóxica). Esse caso foi bem sintetizado por Rodrigo Constantino em seu Podcast em que alertou para essa “nação de zumbis” que cresce a cada dia.

Mas voltando ao Pondé. Ele disse acreditar que “os pobres têm uma vocação natural para ser Direita […] no sentido de ser liberal, acreditar no trabalho, acreditar em pagar conta e acreditar que ele é responsável pela vida dele.” Aliás, ele afirma que “a maior parte dos pobres é de Direita neste sentido. E a Esquerda sempre foi um fetiche da burguesia.” E isso pode ser constatado a partir do caso de vários nomes idolatrados até hoje. Vejamos.

Karl Marx, era filho de advogado e foi sustentado por Engels que, por sua vez, era filho de um industrial alemão; Lênin era filho de um alto servidor do Estado russo; Bakunin, filho de nobres proprietários de terra; Fidel Castro, filho de um rico cultivador de cana-de-açúcar; Che Guevara, filho de proprietário de empresa e de grandes terras. Pol Pot, o ditador comunista cambojano, nasceu numa família rica e estudou na França. Todos esses nomes, além de terem em comum ótimas condições financeiras, tinham também ódio por essa mesma condição. Há mais personalidades, claro, mas as citadas são universalmente conhecidas.

Sendo assim, entra em cena a desculpa do “ócio criativo”, ou seja, na visão de muitos ideólogos, somente aqueles que têm tempo e que não precisam trabalhar duramente como o “proletariado” é que poderiam “pensar o mundo”. Desculpa de malandro. São esses os indivíduos mais perigosos. Alheios ao mundo real, eles se fecham na “torre de marfim” e lá de cima querem proferir seus slogans para o “povo”.

Por outro lado, nomes como Russell Kirk, um dos maiores expoentes do conservadorismo, era filho de um maquinista de trem; Roger Scruton, um dos maiores pensadores conservadores da atualidade, é filho de professor. E assim por diante…

Os pobres trabalham e, a não ser que sejam militantes profissionais, não têm tempo para fechar avenidas a troco de lanche ou R$ 20,00. Além disso, a rotina do trabalhador comum não permite que ele viva esse mundo, como assinala Pondé, “de jantar inteligente, de gente que faz escolinha e faz Ciências Humanas e gosta de posar por aí de santo.” Bem ao contrário, é precisamente o trabalhador que é prejudicado quando a “galera do mundo melhor” fecha avenidas e faz badernas em estações de trem.

Por último, acrescento: os militantes da Esquerda não defendem pobre coisa nenhuma. Eles defendem a ideologia de Esquerda, pois a partir do momento em que um pobre se aproxima da Direita e de valores considerados liberais/conservadores, ele passará a ser visto como um inimigo.

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Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher é estudante de História na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem interesse por História das Ideias, Filosofia, Literatura e tradição dos livros clássicos.

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