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Pitacos da ONU sobre o Brasil e a face antiliberal do globalismo

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Dois relatores da ONU emitiram um comunicado para criticar a gestão do governo brasileiro em relação ao surto do coronavírus no país. Os que fizeram o documento são ligados ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, órgão da ONU chefiado por Michelle Bachelet – ex-presidente chilena pelo Partido Socialista do Chile.

O documento é padrão ONU: muita verborragia e pouco amparo na realidade. Além de destilar bobagens sobre o presidente Jair Bolsonaro, ataca a política econômica do atual governo e a do ex-presidente Michel Temer, pois, segundo o comunicado, ambos fizeram o absurdo de recorrer às políticas de austeridade fiscal e limitar os gastos públicos. Com isso, concluíram as duas mentes iluminadas que arquitetaram esse ridículo documento, as desigualdades sociais aumentaram e os padrões internacionais de direitos humanos foram flagrantemente violados pelos malditos neoliberais no culto ao Deus mercado.

Que a ONU não merece nenhum crédito, disso estamos fartos de saber. A gestão da OMS – agência subordinada à ONU especializada em saúde – na pandemia do coronavírus mostra que incompetência é a sua marca registrada. Os “pitacos” que dois tolos ligados a um órgão sem moral alguma dão sobre a situação econômica e social do Brasil são provas vivas disso.

Falaram até em revogação da Emenda Constitucional n.º 95, pois os tais “malditos neoliberais” limitaram a farra com o dinheiro do povo. Ora, o governo Temer adotou uma política um pouco mais liberal que os seus antecessores – a emenda foi um resultado prático disso – não por convicção ideológica ou por morrer de amores por Mises, Hayek ou Friedman. Foi necessidade pura e simples. A crise fiscal em que os governos petistas colocaram o país não deu outra solução a quem depois ocupasse o Palácio do Planalto. Em um período de 13 anos, o PT aumentou o tamanho do Estado, colocou suas garras no setor privado e aumentou os gastos públicos a níveis tão altos que restou ao presidente Temer a tarefa inglória – porém necessária – de dar um basta na gastança do dinheiro alheio e ter a coragem de aprovar a importante medida. As políticas estatizantes que os almofadinhas da ONU agora vendem como caminho a ser seguido por quem sabe onde isso vai dar foram as responsáveis pelos problemas econômicos e sociais vividos com tanta intensidade pelos brasileiros.

Não foi só com petistas e tucanos que o Brasil experimentou o gosto amargo do estatismo. Nosso país é de uma tradição patrimonialista que se arrasta por séculos. O Estado sempre teve a preponderância em nossas vidas e foi colocada em suas costas a responsabilidade de ser o ‘’motor do progresso’’. Saiu a Monarquia, entrou a República, e pouco ou quase nada mudou. O estamento burocrático – grupo de políticos, famílias e organizações que dominam o Estado e utilizam as vantagens de dominá-lo em proveito próprio – incutiu na alma brasileira a eterna dependência em relação ao Estado todo-poderoso, único agente legítimo a garantir as necessidades da população. O mito varguista e a Constituição de 1988 são exemplos de como a esfera mental brasileira é de um acachapante servilismo aos donos do poder. Os resultados disso podem ser vistos se comparamos o Brasil com países de tradições diferentes, que apostaram suas fichas no setor privado e na iniciativa individual – como EUA, Inglaterra, Cingapura, Austrália, Nova Zelândia e até mesmo o nosso vizinho Chile. Dados da Heritage Foundation não deixam a menor margem de dúvida: quanto maior a liberdade econômica, mais desenvolvido um país é.

Apresentar o aumento do Estado como solução mágica para o combate às desigualdades sociais em meio à pandemia do coronavírus é canalhice no mais alto grau, ainda mais em se tratando de Brasil; mas é exatamente esse o sonho dourado de quem realmente manda no mundo e tem nos burocratas da ONU seus porta-vozes mais imediatos.

Existem três grandes esquemas de dominação global que sonham com a instauração de um governo mundial em seus próprios termos: o metacapitalismo ocidental, o esquema russo-chinês e a Irmandade Islâmica. Para o nosso caso, só interessa o primeiro. Como já demonstrei em um artigo anterior, o capitalismo fez a fortuna de muitas famílias, empresários e investidores que de tão ricos já não querem mais as provações do mercado. Querem controlá-lo e transformá-lo em um inferno burocrático, de modo a garantir a perenidade de suas fortunas e negócios altamente lucrativos. Para isso, o controle quase total da economia pelo Estado é condição sine qua non para o sucesso dos objetivos desejados. Com isso, o controle da economia mundial por organismos supranacionais como a OMC também é parte importante no processo, além da derrubada das soberanias nacionais na esfera política. Um governo mundial centralizado na figura da ONU e juridicamente estabelecido por iniciativas como o Tribunal Penal Internacional é o sonho dourado dos metacapitalistas.

Os infames conselhos que os dois relatores da ONU deram ao Brasil não foram por acaso. São produtos do desejo de seus patrões – derrubar o capitalismo e as democracia liberais para a implementação do totalitarismo estatal. Se quisermos uma recuperação vigorosa na área econômica depois de superada a pandemia do coronavírus, a lata de lixo é o melhor destino para os pitacos antiliberais dos globalistas.

Referências:

1.https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2534

2.https://www.heritage.org/index/book/chapter-3

3.https://www.institutoliberal.org.br/blog/quem-ganha-com-o-socialismo/

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Carlos Junior

Carlos Junior

É jornalista. Colunista dos portais "Renova Mídia" e a "A Tocha". Estudioso profundo da história, da política e da formação nacional do Brasil, também escreve sobre política americana.

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