Homenagem a Ludwig von Mises (1881-1973)
Ludwig von Mises (1881-1973) nasceu em um 29 de setembro. Suas ideias vêm impactando uma nova geração de brasileiros com a popularização da Escola Austríaca – que já era conhecida por economistas como Eugênio Gudin, mas ganhou fôlego inédito com as traduções de livros do Instituto Liberal (entre elas a da obra magna misesiana, o tratado “Ação Humana”, traduzido pelo próprio Donald Stewart Jr.) e o trabalho de instituições como o Instituto Mises Brasil.
Em meu “Guia Bibliográfico da Nova Direita”, na versão atual, constam ensaios sobre “As Seis Lições” e “Ação Humana”. Seguem trechos da resenha deste último livro: “No centro da animadora penetração de uma bibliografia política pouco usual na formação (ou deformação) política dos brasileiros no circuito editorial, o nome do economista austríaco Ludwig von Mises (…) se destaca de várias maneiras. O pensador de expressão simpática já foi mencionado pelos brasileiros em manifestações de rua, em cartazes que pediam “menos Marx, mais Mises”. Instituições com seu nome já adquiriram relativa popularidade e influência no país, difundindo as ideias da chamada Escola Austríaca, de que ele foi um dos mais eminentes representantes. Pessoas começaram a penetrar no universo até então misterioso da economia através de opúsculos introdutórios de grande didatismo, como As Seis Lições. Aventuramo-nos, entretanto, pelas mil páginas da obra magna do autor, Ação Humana, e constatamos que está mesmo ali o mais completo retrato de sua representatividade.
(…) Ação Humana cumpre menos o papel de um texto de propaganda, feito para popularizar o liberalismo econômico em tempos de intervencionismo, e mais o de uma exposição sistematizada de uma corrente de pensamento dentro de uma disciplina. Nem por isso sua linguagem soa tecnicista, palatável apenas aos inteiramente iniciados no tema; não sou economista e pude desfrutar de certo prazer ao percorrer suas linhas. Também não quer dizer que Mises deixe de levantar bandeiras. Em boa medida, Ação Humana é também uma defesa da economia contra seus críticos – quer aqueles que pretendam encará-la “de fora”, quer aqueles que, a seu ver, a desnaturariam “de dentro”” (p. 72-73).