Homenagem a Irving Babbitt (1865-1933)
Irving Babbitt (1865-1933) nasceu em 2 de agosto. Seu livro “Democracia e Liderança” é um de meus livros favoritos e consta uma resenha a seu respeito em meu “Guia Bibliográfico da Nova Direita”, tanto na versão original com 39 resenhas da Livraria Resistência Cultural Editora quanto na versão atual com 50 resenhas da LVM Editora. Seguem trechos:
“(…) Babbitt quer sustentar que o advento da democracia liberal, com todas as suas reconhecidas qualidades, não faz com que a humanidade prescinda de “lideranças” – daí o título de sua obra. Ele quer que entendamos (…) que “líderes genuínos, bons ou maus, sempre existirão, e que a democracia se torna uma ameaça para a civilização quando busca livrar-se dessa verdade” e se transformar no culto mecânico e dogmático do medíocre. Aqui entram Rousseau, com seu apelo à “vontade geral”, numa sinalização perigosa a essa ingenuidade emocional, e os tradicionalistas; Babbitt posiciona no meio os “individualistas” qualificados para “a liderança verdadeira pelo estabelecimento de limites para seus apetites, em particular para a cupidez da dominação”. E Babbitt, portanto, um amante da liberdade ordenada, reconhecendo a existência inevitável das desigualdades entre os indivíduos, implicando a obrigatoriedade das lideranças – uma perspectiva conservadora, que se opõe ao coletivismo destrutivo e ao “individualismo anárquico”. É amante também da moderação, entendida como a mediação “entre princípios gerais sólidos e as infinitamente variadas e mutantes circunstâncias da vida real”. Seu clamor é pelo surgimento de lideranças capazes de resgatar esses princípios, de recuperar “as verdades da vida interior”, de fazer ouvida “a sabedoria das épocas” em vez de cegamente e tão somente a suposta “sabedoria da época”.” (p. 122)