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Outra visão sobre crimes violentos

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Pedro Vitor Souza*

crimeorganizado

A criminalidade é hoje um dos principais problemas do Brasil. Segundo a ONU, nosso país registrou, em 2012, mais de 10% dos assassinatos ao redor do mundo. Ainda ocupamos a 122ª posição no ranking de segurança pessoal e o de 11° país mais inseguro do mundo, deixando pra trás até mesmo países que sofreram guerras civis e distúrbios revolucionários recentemente. Sem contar que das 30 cidades mais violentas do mundo 11 são Brasileiras.

Segurança é um assunto que sempre esteve em pauta em todos os principais debates políticos nacionais, mas ao que parece, temos ouvido as pessoas erradas. Grande parte dos intelectuais tem afirmado constantemente que a principal causa de crimes violentos e transgressões as leis se devem as desigualdades sociais e as mazelas do capitalismo, consequentemente defendem a social democracia ou o socialismo como meio para sobrepujar os problemas de violência. Bom, ao menos em nosso país tais políticas se mostraram totalmente erradas. Nosso governo a priori propagandeava-se como comprometido com a redistribuição de renda, então criou diversos programas assistencialistas, mas a verdade é que isso não tem melhorado os nossos índices de violência e segurança. Tratar o criminoso como uma vítima do sistema definitivamente não é a solução. Muito pelo contrário, os programas do governo tornaram-se apenas braços eleitoreiros e acabaram, mesmo que comprovadamente ineficientes, se perpetuando.

Outro argumento oriundo do pensamento de esquerda sobre a violência é que parte se revolveria proibindo-se o porte de armas. Ingenuidade, afirmo. É obvio que dificultar o porte de armas as pessoas de bem não vai diminuir os crimes violentos, apenas deixará o bom cidadão, cumpridor das leis, totalmente indefeso contra o criminoso, dando ainda mais poderes de atuação ao bandido, que com a implantação das “políticas desarmamentistas” tem certeza de que terá êxito em seus atos. Para corroborar com tal visão, cito o exemplo da Islândia que é considerado um dos países mais seguros do mundo e estima que haja aproximadamente 90 mil armas no país – cuja população é de cerca de 300 mil pessoas. Leis de desarmamento não alcançam os criminosos, já que estes, por definição, não respeitam lei ou ordem moral.

Outro fator agravante no país é o processo de depreciação das forças policiais. Como foi dito acima, nosso país escolheu o rumo errado a seguir, onde o bandido é tratado como vítima. Consequentemente aqueles que os combatem são tratados como vilões. Principalmente nos últimos anos, cometer crimes não tem sido considerado antiético pela maioria das pessoas. Ai sim eis que surge uma das principais raízes do problema. A Criminalidade hoje é principalmente um problema ético e moral.

Pensamento demasiado relativista é o que tem havido. Uma mistura tosca da revolução cultural de Gramsci com bolivarianismo. Não é segredo pra ninguém que o modelo de socialismo bolivariano é o idealizado por grande parte dos “pensadores” brasileiros. O que possibilitou há 12 anos a chegada de um partido defensor dessas políticas ao poder. Obviamente que para substituir o sistema vigente, ou o que resta dele, antes se tem que acabar também com a ordem moral vigente. Daí advém a idolatria por pessoas que aos nossos olhos são facínoras.

De acordo com a moral revolucionária, que com o tempo vem sendo imposta, roubo é apenas a expropriação de bens, já a invasão de terras chama-se de coletivização. Tudo é válido pelo ideal revolucionário, muitas vezes até mesmo assassinatos. “Pois a tirania que é exercida com o pretexto de ser para o bem das suas vítimas é sem dúvida nenhuma a mais ofensiva”. De fato, um grande passo para diminuir os índices de crimes violentos seria tirar aqueles que o apoiam do poder.

Deve-se destacar também, que toda a responsabilidade sobre as seguranças das pessoas está sendo colocada sob o estado, muito dessa ineficiência deve-se a quase que completa ausência do setor privado no quesito segurança. As agências de segurança privadas ainda são poucas no Brasil, dificultadas por toda a burocracia estatal, e principalmente pelas inúmeras restrições impostas ao porte legal de armas. Sem que o estado retire seus tentáculos das vendas de armas o cidadão não poderá se defender. E como dito acima, empresas privadas provedoras de segurança também terão dificuldade na aquisição de armas, o que consequentemente tem diminuído o número de dispostos a prestar tal serviço e elevado os preços do mesmo. Como sempre, aqueles que dizem prezar pela segurança das pessoas, os estão prejudicando, principalmente os mais pobres, que jamais conseguiram contratar o setor privado com tantos empecilhos estatais ao mercado.

Por ultimo, voltemos nossas atenções aos movimentos desarmamentistas, estes não tem compromisso algum com a diminuição da violência, já que suas ações não possuem efeitos positivos. Além do mais, experiências como as que ocorreram na Rússia durante o regime socialista que ali se instaurou, nos mostram o quão perigoso é termos o estado como monopolista no uso de armas de fogo e como o único provedor de segurança.

*Estudante

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