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Os “crimes” de Moro e Dallagnol

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Fizeram um “baita” escândalo em cima de conversas telefônicas gravadas clandestinamente por  algum “hacker” a serviço do jornalista americano Glenn Greenwald do site “The Intercept ”. As conversas entre o atual Ministro da Justiça Sérgio Moro, que à época era Juiz Federal em Curitiba, e o Coordenador da Operação Lava Jato , Procurador Deltan Dallagnol, são de questionável autenticidade.

Mas seria errôneo supor que o mesmo também não acontece sempre, não só nas conversas entre TODOS os operadores do direito do MUNDO, como também nas conversas entre todas as pessoas, no uso dos seus direitos constitucionais à individualidade, privacidade e intimidade.

Um dos maiores críticos dessas conversas entre Moro e Dallagnol, gravadas  ilegal e clandestinamente, tem sido o Ministro Gilmar Mendes do STF. Então faço uma só indagação para desmanchar a “tese” desse “Supremo” Ministro:  será que ele manteria as mesmas conversações que teve com todas as pessoas do seu relacionamento, dentro ou fora do seu gabinete, inclusive com os  advogados do ex-presidente Lula da Silva – o criminoso mais “queridinho” do Brasil – se soubesse que essas conversas estariam sendo gravadas?

Que “moral” teria então o Ministro Gilmar Mendes, ou qualquer outra pessoa, para censurar o juiz e o procurador pelas conversas privadas que mantiveram? Esse tipo de procedimento não estaria caracterizando pura hipocrisia? O que a Deputada Gleisi Hoffmann, que faz o mesmo, teria a dizer sobre isso?

Prevalecendo a tese dos acusadores de Moro e Dallagnol, a quantos “milhares” de anos de cadeia estariam sujeitos Gilmar Mendes e Gleisi Hoffmann, se TODAS as suas conversas tivessem sido gravadas clandestinamente, e estivessem ao alcance dos seus adversários?

Em prevalecendo a tese ridícula de “parcialidade”, “criminalização”,   “imoralidade”, ou “ausência de ética” funcional nas conversas entre os “acusados”, mesmo  que eventualmente autênticas, e não forjadas, falsificadas, como tudo leva a crer tenham sido, NENHUMA PESSOA NO MUNDO poderia garantir, sem que faltasse com a verdade, que NÃO FAZ O MESMO, nas suas conversas privadas, onde a liberdade sempre é absoluta, ilimitada, protegida pela liberdade do pensamento e sua expressão.

As conversas privadas entre as pessoas, por qualquer meio de comunicação, só poderiam  ser criminalizadas se nelas houvesse alguma ofensa contra a honra de uma dessas pessoas em  relação à outra. No mais, a liberdade sempre é plena.

Relativamente às acusações que estão sendo  feitas contra os “réus”, seria muita hipocrisia, ou idiotice, desconhecer que esses eventuais “ilícitos ” também não estariam ocorrendo, simultaneamente em TODA A HUMANIDADE, em qualquer tempo ou lugar.

Se porventura condenarem Moro e Dallagnol pelas  conversas que tiveram entre si, que tratem de construir ao mesmo tempo celas para prender outras 7,53 bilhões de pessoas.

Sobre o autor: Sérgio Alves de Oliveira é advogado e sociólogo.

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