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O que Robert Higgs tem a nos ensinar sobre o autoritarismo estatal e a obediência cega ao Estado

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Observando todos os desmandos que nos estão sendo impostos desde o início da pandemia do coronavírus e, simultaneamente, a passividade com que os súditos eleitores reagem às ordens que amputam seus projetos pessoais e empreendedores, lembrei-me de algumas interessantes análises que o economista e historiador Robert Higgs faz a respeito desse comportamento.

Abaixo, faço um breve resumo dessas análises para, depois, fechar com um comentário sobre as ações do Estado neste tempo de pandemia:

O que nos leva a acreditar que políticos são ou serão capazes de nos oferecer as respostas certas para as crises que fazem parte de nossas vidas?

Por que meia dúzia de poderosos se acham capazes de atender aos anseios de pessoas que possuem motivações e desejos distintos e que reagiriam, como consequência, de formas completamente distintas diante de calamidades como a que vivemos nos dias de hoje?

Para Robert Higgs, as respostas para ambas as questões são bastante simples. Não conhecemos um arranjo diferente do mundo em que elites governamentais, mancomunadas com elites empresariais com boas conexões políticas e sustentadas (as primeiras) por um exército de intelectuais que vivem do erário público, não sejam responsáveis pelas decisões que deveriam ser tratadas apenas no nível individual.

Somo vítimas, segundo o autor, de uma hipnose ideológica que nos impede de enxergar como as ações do Estado contrariam as normas de conduta que ele mesmo impõe aos cidadãos que não pertencem ao estamento burocrático. Você, cidadão comum, não tem autorização moral ou legal para roubar, torturar, encarcerar, fraudar e praticar um sem número de atos criminosos que são legalmente praticados pelo Estado, mas hipnotizado pela farsa da participação democrática, seu voto dá ao Estado a capacidade e a legitimidade de praticar todos esses atos em nome da democracia ou do bem estar coletivo. Isso responderia à primeira pergunta.

A segunda parece ser, para o autor, ainda mais simples. Robert Higgs concorda, neste momento, com o pensamento defendido pelo filósofo anarcocapitalista Hans-Hermann Hoppe segundo o qual Políticos são escolhidos em decorrência de sua comprovada eficiência em serem demagogos moralmente desinibidos. Assim, a democracia virtualmente garante que somente os maus e perigosos cheguem ao topo do governo”.

Para Higgs, numa democracia as pessoas mal intencionadas possuem grande vantagem comparativa em relação aos cidadãos honestos e, em decorrência de seu caráter, em vez de optar pelo enriquecimento por meio da produção e troca de bens e serviços (os chamados meios econômicos de enriquecimento, característicos de uma sociedade economicamente livre), fazem uso das vias da coerção e extorsão (os chamados meios políticos) para enriquecimento próprio.

Como escrevi mais cedo em minhas redes sociais, a pandemia do coronavírus, sob essa lente, é uma bênção para o Estado.

Sabe aquela gangue de bairro que lhe promete proteção em troca de fidelidade e silêncio diante de suas práticas criminosas? Então, é exatamente isso o que faz o Estado.

O Estado, nas figuras de congressistas, governadores, prefeitos e magistrados, só possui poder sobre sua vida porque antes lhe introduziu num ambiente de medo para depois lhe prometer proteção.

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Juliano Oliveira

Juliano Oliveira

É administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e mestre em engenharia de produção, é estudioso das teorias sobre liberalismo econômico.

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